Mensagem

Faça seu comentário no link abaixo da matéria publicada.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Foi justiça ou foi vingança?


Com alguns cuidados me arrisco a tecer alguns comentários sobre a Ação Penal 470, apelidada de mensalão, principalmente pelo efeito que gerou a condenação. Todo esse processo que já duram oito anos, está envolvido em grandes mistérios. A começar pela excessiva demora no julgamento, a intensão de colocar tudo em pauta em pleno processo eleitoral, as prisões no dia da Proclamação da República e tantas outras contradições. Não creio que os envolvidos tenham sido julgados e condenados pelo fato em si, mas sim pelo que a condenação representa.

Quero deixar claro que jamais compactuo, nem compactuarei com qualquer tipo de uso do dinheiro público e sobre as impunidades de quem de fato seja culpado, porém também jamais compactuarei com a tomada de posição parcial, deixando para trás um rastro de posições tendenciosas. Justiça tem que ser para todos e punição também.

O que vimos em todo esse processo foi a exposição midiática, conduzida pelo PIG – Partido da Imprensa Golpista, uma necessidade extrema de expor a proeza do Sr. Joaquim Barbosa, como se o mesmo fosse um agente do bem no combate do mal e por  trás desses fatos a intenção de desviar o foco de quem a ele está aliado, no sentido de projetá-lo para as eleições do ano que vem, como aquele que fez justiça.

José Dirceu, o chefe da quadrilha, como afirma o PIG e seus aliados, segundo um dos maiores juristas do país, Ives Gandra Martins, foi condenado sem provas (http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/09/1345627-dirceu-foi-condenado-sem-provas-diz-ives-gandra.shtml), o que deixa claro que esse processo, além do julgamento dos fatos, havia desde o início a intensão clara de julgar e condenar o Partido dos Trabalhadores e todos seus seguidores. É o ódio explicito destilado dia após dia, pois eles não se conformam que o que ocorreu no país nos últimos dez anos.

Se a justiça fosse à verdadeira intenção, o mesmo STF não teria feito vistas grossas com o chamado mensalão do PSDB de Azeredo e do DEM de Brasília, por exemplo. Assim, todos que com provas fossem culpados, seriam imediatamente julgados e condenados. Especificamente nesse caso, a grande pergunta que fica é a seguinte: Quem julga o STF ou o Sr. Barbosa?

O que farão com o mega escândalo do PSDB em São Paulo que envolve os governos de Covas, Serra e Alckmim, denunciado pela SIEMENS?. Afinal são 40 bilhões e mais de 12 de propinas. Terão a mesma exposição que tiveram os chamados mensaleiros? Irão julgar ou dizer que se trata de uma invenção da SIEMENS?

O combate tem que ser na fonte, contra a corrupção, o “caixa dois” das campanhas, o exorbitante valor gasto numa campanha eleitoral, os lobistas que formam uma verdadeira indústria de desvios de recursos públicos e para todos aqueles que se apoderam do poder para tirarem proveitos, seja pessoais ou mesmo para financiar seja o que for. Espero que esse triste fato sirva para alguma coisa.

No meu entendimento, quem estiver sendo preso e é de fato culpado, tem mais é que pagar sua pena e não reclamar, em nome da dignidade humana, mas quem estiver sendo preso, sem provas concretas, só poderá ser entendido como uma prisão politica. Esses na prática se constituíram nos primeiros presos políticos da democracia.

Feliz daqueles que conseguem transitar pelas alcovas do poder burguês sem sujar as mãos.


Um comentário:

Faça seu comentário sobre o Post