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quarta-feira, 26 de outubro de 2022

A Esperança é logo ali...

Ontem no Dia Nacional da Democracia, completou quarenta e sete anos do assassinato de Vladimir Herzog, torturado e morto nos porões da ditadura militar pelos agentes do DOPS/SP, com uma simulação de suicídio. A data foi escolhida em função de sua morte.

Em 2013, como parte dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade (CNV), a família conseguiu a retificação do atestado de óbito onde consta que a morte do jornalista se deu em função de "lesões e maus tratos sofridos durante os interrogatórios em dependência do II Exército (DOI-CODI)". (Agência Brasil, 25 de outubro de 2010)

Um triste fato entre centenas de outros com centenas de mortos que fizeram parte desses tempos de trevas, sem contar as mil ossadas humanas encontradas no governo de Luiza Erundina no cemitério de Perus, que perambulam até hoje sem identificação. Um tempo comemorado pelo genocida que desgoverna o país, que defende a ditadura de volta e a tortura como instrumento de punição para os presos políticos.

Nós que defendemos uma sociedade livre, justa, fraterna e igual para todos e todas com julgamento e prisão de todas as pessoas que torturaram e mataram em nome de uma “Pátria Livre”, exatamente como o inominável defende, temos na Democracia Direta e Participativa o principal instrumento para uma efetiva mudança nessa sociedade de desiguais. Somos coletivos e participação organizada desde crianças...

Porém, mesmo a Democracia Representativa, que há tempo se encontra na UTI, por pouco representar, vide o Congresso Nacional eleito, é por nos defendida, pois sua ausência é sinal de ditadura e ditadura nunca mais! Vale salientar que isso ocorre devido a falta de formação política, que facilite se saber quem representa o que e a quem.

Nossa antiga luta por mudanças na sociedade, começa pela manutenção da Democracia, tão perseguida, que corre sérios riscos se esse genocida for reeleito. Só há um democrata disputando a Presidência: Luiz Inácio Lula da Silva.

Por isso, é importante ampliarmos a discussão até domingo, mostrando para as pessoas que elas têm dois projetos a escolher. Ser cumplice de um agente do mal que defende a morte e o desprezo humano como aliados ou ser parceiro e parceira de um projeto pautado pela paz, amor e investimento nas causas econômicas, sociais e humanistas.

Hoje pouco temos a comemorar, com a falta de oportunidades, fome, desemprego e tantas outras desgraça e mentiras, onde até o atentado de Paraisópolis com o turista que quer governar São Paulo foi fake e o Bang Bang Tabajra não dando certo. Porém domingo poderá ser um lindo dia da mais louca alegria que se possa imaginar.

Estarei a postos no Domingo e sei que todas as pessoas que tornam a luta por uma nova sociedade de iguais uma missão de vida, também estarão para que tenhamos uma eleição limpa e a noite podermos comemorar juntos e juntas, nas ruas e parças do país o melhor que está por vir: Lula Presidente para o Brasil sorrir novamente.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social


domingo, 16 de outubro de 2022

Vamos falar de candidaturas e mandatos coletivos?

Como explicar que algo tão relevante como as candidaturas coletivas, tenha tido um resultado tão pequeno nessas eleições de 2022? Não é de se estranhar, pois o resultado eleitoral foi o pior possível, compondo uma maioria sinistra, nos fazendo regredir por décadas.

Esse modelo de candidatura e mandato não é algo novo, pois já existe há algum tempo. Em 2018, por exemplo, 28 candidaturas coletivas foram eleitas, mas sem a devida importância e apoio que merecem, principalmente dos partidos, que fazem “vistas grossas”, com raras exceções, além da falta de experiências, boicotes e outras questões internas.

Já em 2022, apesar do grande número, que chegou a 235 grupos inscritos, apenas dois foram eleitos: A Bancada Feminista e o Movimento Pretas, ambas em São Paulo.

Em regras gerais, uma candidatura coletiva significa a pessoa eleita dividir sua parcela de poder e de mandato com um grupo de pessoas e compartilhar a gestão do mandato com instâncias ou órgãos consultivos e/ou deliberativos. A Justiça Eleitoral reconhece através de uma Resolução, mas o registro continua sendo individual. Um dos problemas é que se houver um afastamento da pessoa que cedeu seu CPF, quem assume é o primeiro suplente e não uma pessoa do coletivo. Quem sabe esse seja o principal motivo dos partidos não investirem.

Estamos falando de algo que requer amadurecimento político, compreensão e compromissos coletivos, além de um projeto criado e mantido a várias mãos. Por outro lado, necessita do entendimento também do eleitor e da eleitora, pois é algo novo, porém é um formato que convida quem vota a participar, desde que a pessoa vote por convicção e não por obrigação.

No centro desse debate para essa modalidade de candidatura e de mandato, está como enfrentar o carreirismo na política, os bons de votos, o personalismo e as “estrelas” que se acham maiores do que os partidos. Não é uma tarefa fácil, pois estamos falando de vaidades, altos salários e privilégios, entre outros comportamentos que o “poder” proporciona.

O desafio, é que ainda não existe, um modelo consolidado de mandato coletivo e de formas de compartilhamento. É a visão e o comprometimento político-ideológico do grupo que determina a forma de atuação, interação e participação, que requer pensamento coletivo. O que se observa segundo a pesquisa que desenvolvi, é um experimentalismo difuso, baseado na tentativa e no erro, no aprendizado proveniente de sucessos e insucessos nos vários formatos já adotados, sem um direcionamento e um estudo mais qualificado para a ação.

O que fazer para que não morra? Aprimorarmos cada vez mais o processo de organização, formação e participação, continuando com as lutas específicas de enfretamento, dentro de uma visão coletiva, onde a necessidade de representação nasça para pôr o grupo em evidência e não para promover quem quer que seja, pois as lideranças morrem e o que fica é o que as pessoas organizadas conseguiram abstrair e compartilhar para que a luta continue.

Apoiar as candidaturas coletivas é investir no processo de organização, na democracia direta e noutra forma de fazer política e participação eleitoral, além do que o próprio formato sugere uma verdadeira revolução.  Eu apoio e incentivo, principalmente por se tratar de algo que aponta para um novo horizonte, onde o coletivo fala mais alto do que o individual.

Caso você tenha interesse em saber um pouco mais sobre o assunto, segue o link da apresentação da pesquisa que realizei.

https://drive.google.com/file/d/1rtNhnGu1epzEfqosEIXKshjzfYOxrD_x/view?usp=sharing

Saudações Socialistas!

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

 




sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Que país é esse que surgiu das urnas?


 

Como fiscal do partido, pude visitar os locais de votação e observar o comportamento desse estranho povo vestido de verde e amarelo votando saltitante no inominável e seus representantes. Votando para alguém que trabalhou o tempo todo à serviço da morte, armou seus asseclas para uma guerra e seduziu eleitores e eleitoras, a partir do ódio, com falsas promessas e sobretudo desejando o pior para Lula e para petistas.

Como é fácil enganar o povo sem formação política. Basta um bom argumento religioso, demonizar o principal opositor e contar lero-lero o tempo todo. Uma mamadeira de piroca aqui, um Kit-Gay acolá, ou um Lula é ladrão a toda hora e a todo instante e de quebra dizer que ele é o chefe da quadrilha. Pronto! O principal argumento está pronto.

Com isso, vão livrando a cara de um construtor de desavenças, genocida, que desrespeita mulheres, crianças, negros e negras, jornalistas e quem o desafiar, além de ser maçom e se esconder atrás das igrejas evangélicas. Como explicar uma família que compra 105 imóveis, sendo algumas mansões e pagar 51 com dinheiro vivo? Quem sabe guardados nos colchões ou nas cuecas de diversos “laranjas”. Um ser tão desprezível e repugnante e canibal, que até declarou ter sentido vontade de comer carne de índio.

Essas eleições revelaram um Congresso Nacional e as Assembleias Estaduais, compostos pela maioria da direita e da extrema direita, com mais militares eleitos, mais de 700 milionários, poucas mulheres, como sempre foi, vários empresários, principalmente do agronegócio e com poucos representantes da classe trabalhadora, das políticas sociais, da agricultura familiar e de quem ainda se sensibiliza com a miséria do povo.

O que podemos esperar é o avanço do caos, com o fim dos poucos direitos trabalhistas ainda existentes, do SUS e dos direitos de servidores e servidoras; o privilégio das empresas de saúde podendo escolher que doença faz parte do convênio, sucateamento total da saúde, educação, meio ambiente e o fim de tantas outras políticas públicas, além do aprofundamento da fome, do desemprego e da miséria. Um país em trevas...

Na contramão de tudo isso e na defesa dos direitos, da cidadania e da democracia, nos cabe eleger Lula Presidente, mesmo sabendo que terá muitas dificuldades com um Congresso Nacional dessa magnitude, porém com apoio popular das ruas e das instâncias sérias em nível nacional, além dos nossos representantes eleitos e eleitas.

Sua maior tarefa será derrubar o tal do orçamento secreto, as coisas secretas por cem anos da família do “mito”, o teto de gastos         que precariza a educação, saúde, meio ambiente e o resgate de todas as políticas sociais. Ou faz isso ou não conseguirá avançar nesse cenário de trevas que Temer e o genocida deixaram até o momento.

O impressionante é que essa trupe verde e amarela, é composta majoritariamente por pobres e fazem vistas grossas para 33 milhões de famintos e famintas, além de 60 milhões de pessoas ganhando até 1200 reais, trabalhando por dia até nos grandes magazines, ou ainda as milhares de pessoas que moram nas ruas pedindo esmolas.

Esse não é o país que lutamos para construir, contra as desigualdades, discriminações, violências e todas as formas de preconceitos. É o país deles e delas que se pintam de verde e amarelo para disfarçar as cores sem vida que se tornaram. Nosso país é feito de amor, sem ódio, apenas com os enfrentamentos necessários da luta de classes, mas com a convicção de que poderemos ser um país para todos e todas que lutam por seus direitos e juntos rumaremos para a construção de um novo mundo possível.

Quero deixar muito claro que sou de esquerda, que sempre tive lado e meu lado é o lado das pessoas discriminadas, que sofrem preconceitos, sem tetos, sem terra e sem perspectivas para o amanhã. Meu lado é o de quem continua em luta para construção de uma sociedade justa, fraterna e igual para todos e todas. Caso seja essa sua opção seguimos juntos e caso não seja nos encontraremos como adversários nas lutas futuras.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

terça-feira, 20 de setembro de 2022

♥️🇧🇷 Brasil mostra a sua independência 🇧🇷♥️


Jivaldo Oliveira*

O Brasil em seu bicentenário
Completando 200 anos de independência
E passando por um difícil cenário.

Teu povo não fugiu à luta
A exemplo de Joana Angélica,
E Maria Quitéria que nos deu orgulho
Pois a verdadeira independência
Foi aqui na Bahia, no 2 de julho.

Nosso Brasil tem a maior riqueza
Seu povo de paz, tolerância e beleza
Que batalhou na rua pra conquistar democracia
Jamais aceitará retrocesso em sua cidadania.

Nosso Brasil é do Carnaval
Seja de rua ou da manifestação de sambar
É do futebol, é da alegria é da cultura popular
O forró nos aproxima no seu jeito de dançar.

A poesia com sua rima e o cordel a recitar
São marcas do nosso povo
Que enaltece a grandeza do lugar
Esta é a nossa identidade do sertão ao mar.

O Brasil tem a maior riqueza oriunda da natureza
Que devemos preservar
Aqui produzimos ciência
Buscamos a paz e jamais a violência.

Gritamos em uma só voz varonil
Viva nossa diversidade
Do povo branco, indígena e negro do Brasil
E que nossa independência e democracia
Seja sempre fortalecida na conquista da plena cidadania.


Serrinha, 30 de agosto de 2022.

* Pedagogo/Uneb;
Prof. Rede Municipal e
Coordenador Pedagógico Rede Estadual.✍🏿🌻

domingo, 18 de setembro de 2022

As eleições das nossas vidas...

Existe algo no ar além dos aviões de carreira, como dizia o Barão de Itararé. Ou se tira o genocida vindo das trevas, ou daqui a quatro anos poderá ser ampliado ainda mais o genocídio da população e em especial dos índios, negros das periferias e a população pobre, que sem remédios, comida e assistência o caminho mais certo é a morte. Além disso, não podemos esquecer que ele armou seus seguidores, para se preciso for, reagir a bala à derrota que sofrerá nas urnas. Derrotar o fascismo é a nossa luta do momento. 

No centro desse cenário, comandado pelo ódio e pelas Fake News (mentiras produzidas em série) e seguido por uma grande parte da nação que o tem como “mito”, além de seus algozes cães de guarda, onde a violência predomina, está que tipo de sociedade essa trupe conseguiu produzir. Uma sociedade de desiguais, onde a fome, o desemprego e os preços altos nos mercados predominam. Algo tão cruel que levou 33 milhões de pessoas à miséria e mais de 60 milhões a ganhar menos que 1200 reais mensais.

A palavra de ordem do genocida é tomar as terras dos índios e quilombolas, conquistadas com muita luta, além do fim do SUS, Farmácia Popular e o corte da merenda escolar, com duas crianças dividindo o mesmo ovo, quando ainda se tem. 

O objetivo político principal é estreitar cada vez mais o topo da pirâmide econômica e alargar com pobres e miseráveis sua base, onde a supressão dos direitos trabalhistas e da aposentadoria, além de tantos direitos roubados, dão conta do recado. Hoje as pessoas trabalham por contrato de dias ou meses, sem nenhum direito trabalhista.

No mundo capitalista e neoliberal sempre foi assim. Quem não estiver dentro dos padrões do deus mercado, da elite exploradora e da hedionda classe média que tenta imitar a classe rica, com suas gordas contas bancárias, será discriminado(a) e posto à parte como algo descartável, até mesmo nas relações pessoais de toda ordem. 

Precisamos dar uma basta nessa situação. Continuarmos teimando em organizar a população desvalida ou quem foi saqueado em seus direitos, através de organismos confiáveis, incentivando e lutando junto e votando para a presidência, governos dos estados, senadores, deputados federais e estaduais, apenas em pessoas comprometidas com a causa maior, que é dar vida ao povo e empoderar os setores perseguidos e discriminados, além do combate a todas as formas de desigualdades, preconceitos e violências, onde a nação negra e as mulheres estão sendo dizimadas. 

Como fazer isso? Participando, lendo, estudando a situação local, regional, estadual e nacional, se informando sobre os projetos de quem se candidata para saber se é algo individual ou um projeto coletivo, deixando de votar no indivíduo e sim no projeto que essa pessoa defende, além de ter claro se ela faz parte da “Casa Grande” ou vai estar conosco na defesa das Senzalas da nação, quando o morro descer ao asfalto. 

O importante é saber, que é a base da pirâmide social e econômica que dá sustentação à pirâmide, porém se as pessoas se unirem em busca do que é de direito o topo da pirâmide ruirá. Portanto, temos a grande oportunidade de dar o primeiro passo, votando dia dois de outubro em “NÂO” ao fascismo, à fome e a bandalheira que o país se encontra. Seu voto será o registro histórico na sua história de vida. 

Eles se armaram à bala para votar ou para evitar que votemos e reagir a uma derrota e nós vamos armados de livros. Já que vamos ter que deixar o celular com o pessoal da mesa para votarmos, que tal deixarmos junto um livro para mostrarmos quem somos, o que defendemos e o que queremos para essa nação tão delapidada, desde Cabral? 

Sozinhos e sozinhas nada somos, mas juntos e juntas seremos a esperança unida que ruma à sociedade que desejamos: Justa, Fraterna e Igual para todos e todas. 

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

sexta-feira, 29 de julho de 2022

Como explicar os adoradores do “mito”?

Participei em São Bernardo do Campo um pouquinho antes da pandemia, de uma roda de conversa com professores e alunos de filosofia, para análise do Livro “A morte da Verdade”, da escritora americana Michiko Kakutani, sobre as mentiras que garantiram a vitória de Trump nos Estados Unidos. Para um grande contingente dos americanos, naquele momento pós eleição, a verdade tal qual como a conhecemos tinha morrido, golpeada pelas mentiras.

A vitória dessa criatura genocida e do mal que desgoverna o país, ocorreu da mesma forma. Centrada em Fake News, onde a palavra de ordem é matar quem se opuser a ele, ou por falta de vacina, onde milhares de mortes podiam ter sido evitadas com vacina em tempo. Nessa seara estão as mulheres, pobres, negros e negras, pessoas homoafetivas, índios, petistas e tantos mais, pois a morte hoje em dia se confunde com a vida, que continua valendo muito pouco.

Sinceramente o que me assusta não é o processo eleitoral, pois nós da esquerda brasileira, lutamos muito para que voltássemos a poder votar e elegermos diretamente quem nos governa, mesmo contra a velha direita neoliberal que só defende a “Casa Grande”, deixando a “Senzala” apenas com suas migalhas. Apesar dos pesares, esse é o caminho natural, mesmo dessa frágil democracia representativa que é surrada todos os dias pelos fascistas de plantão. Somos e defendemos a democracia direta. Aquela que a população organizada defende seus direitos.

O que me assusta de fato é quase um terço do eleitorado do país não conseguir identificar o que há por trás dessa campanha do ódio e tampouco se sensibilizar com mais de trinta milhões de pessoas passando fome e mais de sessenta milhões ganhando um pouco mais de um salário mínimo, ou ainda sessenta mil pessoas morando nas ruas da capital de São Paulo por não poder mais pagar aluguel, sem contar os preços nos supermercados, que mudou o hábito de consumo.

Uma versão de gente complicada e confusa. Odeiam Lula por só ter nove dedos, ser nordestino e ter tirado o Brasil do mapa da fome da ONU, além de centenas de projetos que muitos foram dizimados pelo genocida de plantão e endeusam um demônio mal evoluído que tem a morte como grande aliada. Armar a população é coisa de golpista e de quem quer desavença.

Onde estão seus adoradores e adoradoras? Entre nós. Zombando da população pobre, odiando os petistas e a esquerda e fazendo gestos de arminhas, como se a política fosse uma grande brincadeira, que não é ou se nutrindo do nada ou das mentiras contadas pelo seu ídolo.

Quero deixar claro, que ser da esquerda é um estado de espírito, antes mesmo de ser uma opção ideológica, pois lutamos até o fim da vida por liberdade plena, por justiça social e contra todas as formas de opressão e discriminação, onde a cor da pele, opção sexual, credo religioso e a cultura de cada um e uma é uma ação a ser respeitada e não para ser atacada, como se Deus fosse propriedade de alguns segmentos ou se macho significasse apenas ser hétero.

Deixo aqui expresso minha solidariedade a quem está sendo perseguido ou atacado e atacada.  Somos da esquerda organizada e estou alinhado a quem enxerga o país de todos e de todas e não de apenas de um segmento que se acha dono da verdade, baseada na mentira. Para nós a verdade de vocês é uma grande falácia, pois a nossa, apesar de golpeada todos os dias sobreviverá das lutas, das trevas e com senso de organização popular e coletiva, pois é centrada no amor ao próximo e no processo de integração que nos faz fortes e sem medo de ser feliz.

No dia da eleição proponho irmos armados de livros para votar, pois enquanto para nós se trata de obras primas do conhecimento, fascistas os queimam para esconder as verdades.

Até a vitória e posse dia Primeiro de Janeiro de 2023, quando estaremos lá!

 

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

domingo, 12 de junho de 2022

Quem somos diante do que imaginamos ser?

 

Diante da existência, existem leis universais, que mesmo sem notarmos, comandam nossa forma de pensar e agir, o que sentimos, como sentimos e a forma como agimos e reagimos com quem resolve caminhar ao nosso lado.

Uma delas é a Lei da Vibração, onde nada está em repouso. O próprio universo se move. Nossos pensamentos vivem em ebulição. Somos partículas do cosmo em eterno movimento. Hoje somos ou achamos ser e amanhã poderemos não ser mais. Uma ação contínua que envolve o cumprimento das etapas do que chamamos de vida.

O universo sente nossas vibrações de ódio, raiva, desprezo ou indiferença, mas também de carinho, gratidão e amor. Todas essas sensações estão ligadas às Leis da Ação e da Atração, onde para se atingir, alcançar e atrair o que se quer se deve primeiro agir em conformidade. Muitas vezes queremos tudo ao mesmo tempo, repleto do nada e o nada não existe. É apenas uma ilusão passageira.

A Lei da Causa e Efeito nos remete a que nada acontece por acaso e que para cada ação existe uma reação humana e universal, nos levando a entender que colheremos sempre o que tivemos capacidade de semear, regar e cuidar diariamente. As energias, ou as substâncias pensantes como chamou Wallace Wattles, estão por toda parte do nosso ser. Ao compomos uma vida com alguém, sem cumplicidade e reciprocidade, acaba se tornando apenas sonhos que se perderão pelos caminhos da vida.

A Lei do Retorno apenas nos induz a pensarmos nas consequências de nossas ações e isso nos leva a avaliar e reavaliar nossos pensamentos, estudar nossas emoções e rever principalmente o efeito de cada ação que planejamos ou aquelas que nascem dos nossos desejos não revelados. É um convite para avaliarmos nossas vidas e quem vamos deixando pelo caminho, por não termos mais vontade de irmos mais além.

E o que dizer da Lei da Unidade Divina, que nos sugere que tudo está interligado, o que pensamos, fazemos, dizemos, ou acreditamos como regra de vida. Tudo tem um efeito proporcional correspondente nas pessoas com quem vivemos e no próprio universo.

É uma ilusão pensamos ser seres individuais, que não precisamos de ninguém ou do amor como elemento universal, pois mesmo quando morremos nossa energia passa a ser do todo e o todo envolve vidas que nos ama, num processo contínuo, de vida, morte, existência e sobretudo com que coração e alma fizemos nossas histórias e como chegaremos ao outro lado do rio.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social


sexta-feira, 1 de abril de 2022

Educar para inspirar

 

Educar para inspirar
É um mote em minha vida
Pois coisas que aprendi
Em minha terra querida.

Sou filho do campo
Do mato do interior
Em minha vida humilde
Sempre busquei dar valor
Ao papel inspirante
Do sonhador professor.

Educar é um ato de coragem
Mas também de amor
Por isso grito e digo
Sou fruto regado e colhido
Das mãos do educador.

Na vida que trajetamos
Com sabença e ardor
Enfrentei dificuldades
Quase desistir de verdade
Mas retomei com valor.

Pois sonhar pra mim é verbo
Do pretérito ao presente
Do futuro que almejamos
Da transição tão premente
Só quero erguer a cabeça
Com um riso inteligente.

Nunca pare de seguir em frente
Mesmo que a parada seja obrigatória
Ponha o pé na estrada
Recomponha a sua história
Pois na vida, há dias de luta 
Mas também, há dias de glória.

Mostre a sua fé
Com resistência e de pé
Mesmo com os tombos da caminhada
O caminho se faz caminhando
Pois a vitória, será conquistada.

Jivaldo Oliveira
Pedagogo/Uneb
Prof. Rede Municipal e Coordenador Rede Estadual

quarta-feira, 30 de março de 2022

Pingos de Chuva no Telhado


 

Imagem: https://br.pinterest.com/pin/560698222363399039/

É alta noite. Os pingos de chuva no telhado escorrem telhas afora. Uma ventania completa o cenário. A mente em alerta com os perigos iminentes que nos rodeiam, que muitas vezes moram ao lado da nossa imaginação. O coração às vezes aperta e o sono que não vem. 

A madrugada longa se movimenta devagar e com ela as inquietações brincam de roda em nossas cabeças. Procurando disfarçar e sairmos dessa situação, fugimos cavalgando num cavalo de pau imaginário para nos esconder do perigo, como fazíamos quando crianças com medo do bicho papão. 

O dia amanhece com o sol dando o ar da graça e convidando os casais apaixonados ou os que ousam e se arriscam em amar, para se envolverem em seu calor e depois escolherem a melhor sombra para repousar. 

A vida é isso. Uma busca diária e cotidiana para espantarmos o que nos assombram, disputarmos atenção e sorrisos, sermos incluídos e incluídas nas conversas caseiras ou coletivas, acolhermos com carinho o que nos fizer bem e irmos construindo um ranchinho acolhedor aonde queremos morar e ficar. 

Ainda com sono é hora de seguirmos rio afora, remando nas canoas da vida, mesmo sem sabermos nadar, porém com a vontade de curtirmos a paisagem, pararmos no próximo porto para ver o por do sol e deixar a vida nos levar. 

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

quarta-feira, 23 de março de 2022

Senhor dos Ares e dos Mares Rogai por nós!

 

Senhor da Vida, vivemos tempos complexos jamais vistos. Quem sabe algo criado pela própria humanidade e quiçá com o intuito da busca da regeneração, num mundo individualista, com ausência de amor e sem conexão com todas as divindades, que ora estão sendo negociadas no mercado e nos negócios da fé. 

Senhor dos Ares, dai-nos sabedoria e discernimento para que não usemos as pessoas, sob qualquer hipótese, assim como não julguemos para não sermos julgados. Vivemos num mundo que nos avalia e nos exclui, pelas cifras que dispomos, pelo que comemos, pelas marcas que usamos, pela idade que temos, pela etnia, pelo estado que nascemos, pela opção sexual, se bebemos e sabemos o que beber e que tipos de conversa querem de nós, entre tantos outros. 

Quem não se encontra no padrão determinado por uma sociedade elitizada e de pensamentos burgueses fica em segundo ou terceiro plano, ou no sinistro mundo do silêncio, onde só falamos com a nossa consciência e quem nada tem vai direto para o fosso da vida, onde a vida vale muito pouco ou nada vale. 

Senhor dos Mares, ensina-nos a navegar pelos mares, lagoas e grotões da vida. Vencendo todas as ondas que querem nos levar antes do tempo e nos façam merecedores e merecedoras, de alguém que nos ame e nos eleja como par. Ajude-nos a mergulhar de forma segura nas profundezas das nossas incertezas, incapacidades e falta de merecimento ou ainda quando em êxtase, guiados e guiadas pelo álcool, aonde nossa capacidade de raciocínio vai a zero e nada parece nos abalar ou mexer com as nossas emoções ou com quem estiver conosco. 

Senhor Guia do Mundo, toque nossos corações. Cuide das nossas almas. Dai-nos visão para enxergar o que possa nos trair. Una e que for para unir. Ligue o que for pra ligar. Mostre-nos o caminho para o paraíso em vida, que às vezes pode ser traduzido por apenas uma frase, um olhar, um momento de carinho e por um respeito incondicional comandado pelo ato de amar. 

Dai-nos por fim, Senhor da Vida, a leveza quando algo nos contrariar e façam-nos pessoas sensíveis e sinceras que ame sem limites de amar a quem por opção pousar em nossas vidas, quando podia estar voando para outros ares.

Amém!!!

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Pesquisador em Gestão Social


domingo, 6 de março de 2022

Uma tardezinha ao por do sol...

 

Uma tardezinha ao por do sol...

Uma leve brisa no rosto e uma areia branca convidando a andar meio sem compromisso com o amanhã, apenas para molhar os pés em águas cristalinas, que mais parecia um paraíso escondido da civilização.

Era tempo de pensar o que havia a colher do que fora plantado, regado dia a dia e disputados com ervas daninham que insistiam em se por no caminho. Era tempo de pensar também que tipo de jardim poderia ser produzido com as plantas que sobreviveram ao último verão.

O que poderia ser? Quem sabe o encontro das águas de dois rios que caminham em mundos opostos para o mar, ou um desaguar no oceano das nossas fantasias ou ilusões. Quem sabe ainda um feixe de luz na escuridão que as noites mal iluminadas ou sem lua produzem. Seja o que for veio para dizer que a vida é bela, que a mente viaja pelo infinito dos nossos pensamentos e o coração pulsa mais forte até quando recebe uma pequena dose de carinho.

O que poderá ser o amanhã? Quem sabe o encontro dos meus possíveis desejos nada secretos, com a minha vontade de ser o que gostaria de ser. Aprendi que bom mesmo é quando podemos dizer ao mundo o que pensamos, pois tudo que é secreto um dia será revelado e sobrará muito pouco depois da ventania que isso gera... Quero mesmo é vive-los!

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social


quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Um ano que desponta em meio ao caos...

 

Vejo o ano que se aproxima como uma longa e complexa equação a ser resolvida, onde os interesses eleitorais estarão na pauta nacional e nas pautas estaduais, comandadas ora pelo financeiro e ora pelas emoções à flor da pele que levam o povo a votar pela emoção e não por um programa ou projeto.

Cada um e uma de nós, que estamos no front das lutas diárias e temos conteúdo, somos capazes de fazer uma análise sobre o cenário político e que expectativa mínima temos para o ano que se inicia, além de desejarmos Lula Presidente novamente, porém não a qualquer custo, pois já sabemos o que ocorreu com a Presidenta Dilma em seu segundo mandato. O golpe foi construído no interior do Planalto.

A política eleitoral é um jogo de interesses, quase sempre pessoais ou de grupos, que passam longe da base da sociedade, principalmente das pessoas que mais precisam, além das combinações, acordos, negociatas e conchavos, confundirem a cabeça de quem vota e isso mostra o número de abstenções, brancos e nulos. Além disso, nosso ideário ideológico aponta sempre à esquerda com candidaturas coletivas, participativas e populares, pautadas por um conselho participativo e deliberativo de mandato.

No seio das disputas, fecharemos o ano com algumas inquietações e dúvidas, entre elas a consolidação da tal Frente Ampla como um instrumento criado para agradar gregos e troianos e um afago à direita. Uma mistura complicada que indica mais problemas à frente como já vimos nesse filme antes.

Além disso, vem ai a federação partidária chamada pelo PSB, que agregará o PT e outros partidos incertos. Algo que a meu ver é uma junção de interesses para salvar alguns partidos e com foco eleitoral apoiado na visão de que o PT terá um bom resultado e isso, além de salvar alguns beneficiará todos.

Não dá para endeusar como se fosse uma Frente de Esquerda, que não é tampouco ir fazendo a defesa apaixonada, sem esmiunçar o que isso significa na real. Necessita de um amplo debate interno para que sejamos convencidos ou tenhamos a convicção de que o caminho seria à esquerda, tanto para as alianças partidárias, como com os setores organizados e movimentos.

Vale tudo no processo eleitoral? Como nos diferenciar? Qual o custo político disso? Quem pagará essa conta? O que sobraremos? O que dizer de uma aliança com Alckmin, um neoliberal convicto e agressor de professores. Algo que nós de São Paulo ficamos com azia só em pensar. Será esse o caminho? É o que nos resta? Ou é o conjunto do partido quem vai decidir?

Negamos o socialismo por mais de 20 anos. Fizemos alianças das mais inusitadas e chamamos de “companheiros” quem nos traiu e nos golpeou. O que falta para aprendermos? Caso valha tudo era até preferível um empresário ou empresaria como vice, pelo menos não teríamos que convencer vários setores que o que era um demônio ontem, passou a “santo” dos milagres para a eleição. Algo bem difícil de explicar...

O PT é um partido confiável, para quase um terço de quem vota e não precisa de determinadas alianças que o exponha, tampouco levar o companheiro Lula a se juntar com velhas raposas para chegar a uma vitória. Existem outros caminhos, outras pessoas e outros valores em jogo.

Qualquer tipo de aliança na linha programática indica que o que é combinado não é caro. O próprio Lula deu o tom. É o PT quem vai discutir a questão do vice e se assim for entraremos o ano em debates, lembrando que só teremos até o dia 31 de março.

Quando as crises políticas invadem meu seu, recorro a Paulo Freire, vejo e revejo sua fantástica palestra, que indico: “O simbólico e diabólico na política”. É uma viagem para nos alertar das armadilhas do sistema, dos cantos da sereia e dos caminhos a seguir.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social


sábado, 18 de dezembro de 2021

Na ciranda do tempo eu plantei esperança...

 

A vida é um fio tênue que ao menor descuido podemos cair dela. Cair nas tentações, nas ilusões, nas emboscadas e principalmente no fim da estrada, quando o bom mesmo é chegar de pé. De pé com a vida e de pé com os sonhos repletos de fantasias e desejos realizáveis, daqueles que podemos realizar ao por do sol, ao cair da noite ou em pleno dia, pois não temos o que esconder. Quem se esconde e esconde um dia a vida jogará ao vento e nada sobrará...

Como se dá a passagem? O que leva à mudança? Que dança é essa que danças sós? Porque não me leva? Como arrumar mais tarefas se o fogão a lenha ainda não foi aceso? O tempo urge, o tempo voa. O tempo não se mede. O que pode se medir é a falta de tempo...

Tempo para abstrair. Tempo para se viver. Tempo para a troca. Tempo para se plantar. Tempo para a construção. Quando ficará pronta? Que cor a pintamos? Não se esqueça do fogão a lenha. É lá que podemos tomar um café torrado e moído na hora e termos uma boa prosa...

Preparei a terra. Adubei com amor. Separei as mudas e plantei uma a uma, como se planta a esperança no caminho à terra prometida. O que espero desse plantio? Um lindo jardim com flores diversas e um beija flor saudando a vida, o encontro e o néctar de cada flor...

Que venha! Que seja! Que aconteça! Te esperarei ao por do sol...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni) Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

 


 

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Bem vindo amanhecer para o encontro com um novo dia...

Vida que te quero vida. Algo tão doce e frágil ao mesmo tempo. Em tempos de ventanias propositais que tangem tantas almas ao além, com sol ou com chuva paremos, oremos e miremos no infinito em agradecimento a mais um dia de vida.

O tempo vai marcando o compasso, o pulsar, o riso ou o choro e construindo os detalhes que vão compondo a nossa vida. O que nos alimenta é o que consegue sair da mente e ganhar um cantinho num coração alheio e a felicidade se completa quando se torna um terreno com duas moradas. Uma de frente para a outra, com comunicação diária para que não haja desconexão, nem ruídos. Algo mágico quando acontece.

Somos fragmentos de vidas passadas, misturados com a vontade de viver essa nova vida e o somatório de momentos que ela nos proporciona. Vamos deixando ao caminho nossos rastros ou marcas. Nosso amor para quem dele se nutriu e a vontade que algo de extraordinário aconteça enquanto tivermos tino para tocar e sentir a vida.

O velho e precioso Tempo que é o senhor da razão, onde dele dependemos para viver, vai aos poucos moldando o que somos, o que construímos, quem segue conosco estrada afora e o que deixaremos como história de vida para as vidas futuras.  

Há uma magia solta no ar que não é a terceira dose que revela, pois dela só saem os impulsos momentâneos e sim um suave aroma que se sente ao fecharmos os olhos e imaginarmos o melhor dos sons combinando com o cheiro suave que vem do infinito.

Muitas vezes queremos tudo e nada ao mesmo tempo e achamos que temos todas as respostas sobre o universo que nos envolve. De repente vem o tempo e muda todas as perguntas e aí temos que admitir com humildade que nada sabemos e temos que recomeçar por novos caminhos desconhecidos. A quem recorremos nessas horas?

Somos vários personagens numa só pessoa a bulirem com a nossa imaginação. Temos partes bem resolvidas e outras estamos tão distantes disso. Um contraponto com a atenção para não usarmos quem por convicção ou por descuido abriu a vida para entrarmos. Quem somos afinal? Quem gostaríamos de ser? Quem seremos amanhã?

Que sejamos quem quisermos ser, porém com os cuidados necessários de não pisarmos na semente que plantamos naquele vaso com tantos desejos e que acabou de brotar se não matamos a plantinha novamente e assim o jardim não prospera...

A vida é feita de ciclos, momento, ventanias, tempestades e também calmaria. Sábios e sábias são as pessoas que conseguem entender o próprio corpo, conterem o prazer excessivo, não usarem outras pessoas por pura distração e enxergar a própria alma.

Quando tudo parece consumado e imaginamos que pode se tratar de uma catarse necessária para expelir o que a alma pede, nos deparamos com novas emoções, comandadas pela solidariedade, humanismo, um pouco de sorte e todo espécie de amor que plantamos e a vida fez florescer para nos dar luz. São pessoas em movimentos onde as amizades sinceras e sem interesse nutrem um novo campo de ação que chamam de amor. Algo que requer apenas o entendimento de que não se mistura esses sentimentos, pois poderemos ficar reféns deles para o resto da vida.

Dizem que o Amor por outro ser pegou uma carruagem encantada e desapareceu na linha do horizonte por falta de sintonia, dando a vez a outras formas de sentimentos e de prazeres. Custo a acreditar, pois quando ele chega é algo inconfundível e abala qualquer estrutura, mas se assim for me nutrirei de cada ação de amor, de cada som, de cada estrela e revigorar-me-ei do sentir, do pulsar do coração em horas de pura beleza e da beleza das flores que plantei e rego todos os dias, com a esperança de virar um Belo Jardim a ser apreciado em par do alto de uma colina.

 Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Olá futuro seja bem vindo!

 

Imagem: https://www.publicdomainpictures.net/pt/view-image.php?image=296283&picture=fadas-e-duendes-dancando

Ainda dá tempo? Quem vai comigo? Vai por amor? Com que roupa eu vou? Como está o tempo? Que horas são? Vamos comemorar? Vai me convidar ao samba de quadra ou para aquela festa regada por lírios e rosas na calada da noite? Vai me levar aos oásis que você conhece? Vai me apresentar ao grupo seleto de nobres e nobreza? Conto o sonho que tive ontem sobre o presente e o futuro?

Exerço um diálogo permanente com a minha natureza, com meu outro eu e com a minha essência em busca de muitas respostas que ainda não disponho e me inquietam muito a essa altura da vida, mas com a lúcida convicção de que o melhor ainda está por vir e isso acaba me deixando com certo conforto...

Sigo atenciosamente as batidas do relógio da vida, mas sem me preocupar com o tempo futuro de como vou estar daqui a dez ou vinte anos, pois nem mesmo sei se vou estar e se estiver estarei sonhando em viver mais e bem. Como rota sigo uma estrela guia, que nunca a imaginei se apagando ou caindo de forma cadente... Pra mim ela sempre estará viva... 

O que mais sonho hoje é em ajustar as velas do barco da vida e remar rio afora curtindo a paisagem e sentindo a brisa, com quem não precise de um iate para estar comigo, pois só tenho uma pequena canoa e dois remos, além de alguém que me enxergue com o coração e com a alma e não com qualquer outra parte do corpo, pois células morrem todos os dias e a aparência também vai se modificando...

Vou deixando em alguns aspectos a vida me levar. Vou analisando caras e bocas e algumas falas que me levam à reflexão e à introspecção. Muito vezes falo mais do que devia e vou ouvindo atentamente o que por descuido ou por intensão algumas pessoas revelam o que pensam sobre a minha vida pessoal.

Depois de dias intensos, mal dormidos e complexos, tive algumas ótimas notícias que me deixaram feliz e com vontade de tocar em frente rumo ao futuro com quem vier comigo. Uma coisa é certa: Seguirei peitando as coisas tangíveis e deixando ficar apenas as coisas findas, pois essas, muito mais que lindas são as que vão compor a minha história de vida, como afirmava Drummond.

Na verdade eu quero muito pouco, mas de qualidade, perto de quem quer tudo ao mesmo tempo, ou acha que já tem tudo e não precisa de mais nada. Será que o que eu quero é algo tão complexo ou distante da realidade? Vai saber... Porém, enquanto houver uma luz acesa no caminho e uma fala carinhosa a ser ouvida, jamais me conformarei com a escuridão e com o silêncio imposto.

O que eu quero? Uma dose de gentileza, acompanhada por duas doses de carinho sincero e quem sabe ainda, como pretensão maior, sonhar com uma dose dupla de amor em flor que me faça peitar a ilusão, deixar o coração pulsando mais forte e minha alma em plena brisa.

Para completar o cenário uma divina luz. Uma rede e um som suave e agradável para peitar os silêncios que me envolvem, pois irei acariciar as coisas findas e viver o que pode tangenciar minha forma de ser, sempre com a certeza de que habito em coração alheio que me escolheu em par. Aprendi ao longo da vida que mais vale um tantinho assim especial de um estar real com alguém, do que um tantão do apenas “ficar” com muita gente, como se fosse um prazer em série, que acaba quando o fogo acaba.

Quando tudo isso acontecer, eu conseguir sentir e uma noite estrelada com uma lua nova der o ar da graça, te convido para uma dança, que mesmo que não saia do jeito que pudesse ser, pela minha falta de ensaio e traquejo pra coisa, sairá com o sabor da verdade, a cor vermelha do coração e o jeito carinhoso e envolvente de ser que embala as fadas em dias de festa de gala. Que tal? Te espero para o amanhã...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

terça-feira, 14 de setembro de 2021

SERVIDOR NA RUA É SINAL DE ALERTA À SOCIEDADE

 

Em tramitação na Câmara Federal há quase um ano, a Proposta de Emenda à Constituição n° 32/2020, dentro do projeto de Reforma Administrativa do governo Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes, traz, em seu bojo, a inversão total do verdadeiro papel do Estado, firmado pelo contrato social do direito de cidadania assegurado pela Constituição Federal de 1988.

Desde o início da tramitação desta PEC, os servidores públicos têm alertado a população do perigo que sua aprovação representa para todo o conjunto da sociedade brasileira. Unidos com a Frente Parlamentar Mista do serviço público e com as entidades representativas de suas categorias, os trabalhadores e trabalhadoras se mobilizaram de todas as formas e, mesmo em período de pandemia, em virtude do perigo que a proposta representa, estão organizando e participado de atos presenciais em todas as regiões, em especial no último dia 18 de agosto.

Queremos mostrar à sociedade que os servidores públicos carregam o compromisso e a responsabilidade de serem o principal elo entre o Poder Público e o Cidadão, prestando serviços essenciais nas mais diferentes áreas como saúde, educação, segurança pública e judiciário, com esforço, dedicação e isenção, graças a estabilidade adquirida após o período de estágio probatório, pela natureza do cargo exercido por aprovação e nomeação em virtude de concurso público.

A PEC nº 32/2020, entre outras mazelas, permitirá que a cada eleição os Poderes possam demitir e contratar pessoal sem concurso público e sem exigência de qualificação, por tempo determinado, privilegiando maus políticos, que certamente contratarão seus apadrinhados, cenário este que contribui para o aumento de assédio, sobrecarga de trabalho e o famoso esquema de “rachadinhas”;

No intento de implantar o Estado mínimo, o governo propõe entregar grande parte do serviço público para quem visa somente o lucro, qual seja, o setor privado, repassando a este, recursos financeiros do Estado, sem retorno aos cofres públicos, restando para a sociedade setores sucateados e longa espera em atendimento, o que já é uma realidade com a terceirização já implantada.

Portanto, se a proposta em questão passar, sem dúvida, os servidores públicos serão prejudicados, porém o prejuízo maior será sentido pelo cidadão brasileiro, especialmente a parcela mais pobre, que depende dos postos de saúde, creches, escolas, judiciário, segurança pública, pois, uma vez extintas as políticas e os programas sociais devido ao corte de verbas, terceirização e/ou privatização dos órgãos públicos, restará a precarização, o desemprego, a fome e aumento no número de pessoas em situação de rua.

A pandemia da Covid-19 escancarou a importância e a necessidade dos serviços públicos: em teletrabalho ou presencialmente, os servidores públicos garantiram o atendimento à população, sendo que milhares de vidas foram salvas pelo conhecimento e experiência dos profissionais da saúde pública e pesquisadores da ciência, o que não foi garantido pela iniciativa privada, que chegou a fechar as portas, em determinados momentos, para o atendimento à população;

Ante o anúncio da votação da PEC 32 pela Comissão Especial e, se aprovada, pelo plenário, o servidor público volta às ruas nesta semana que se inicia, promovendo o “ocupa Brasília” no dia 14, mais uma vez expressando à sociedade seu compromisso de luta pelo serviço público, exigindo dos parlamentares a rejeição da proposta, e a promoção de políticas que garantam a valorização dos servidores públicos e respeito ao direito de acesso do cidadão ao Estado, conforme preconiza a nossa Carta Magna.


Arlete Rogoginski
Diretora Executiva do Sindijus-Pr e Coordenadora-Geral da Fenajud


sexta-feira, 3 de setembro de 2021

A Cultura pede passagem...

 

Imagem Disponível em: https://www.facebook.com/culturaemmovimentodf/

Vivemos um momento na história de muita tristeza e introspecção, com alterações significativas em nossos comportamentos pessoais e a incerteza do que nos espera no amanhã. O encontro com o doce mundo da Cultura vem de leve e nos encorajam a seguir em frente aonde nossos pensamentos nos levar.

O lançamento do Setorial de Cultura do Partido dos Trabalhadores de São Berardo do Campo, que tive a honra de ser convidado a compor, representou um momento épico, daqueles que temos que guardar num cantinho do peito, mas entendendo os grandes desafios à frente...

Diante de artistas consagrados, poetas e gente vivida no universo da cultura, tenho muito pouco a acrescentar, mas muito a viver e aprender. Meu universo cultural veio de uma vivência à procura de músicos e compositores pelo ABC, alguns anos de teatro amador, canto no Coral Municipal da cidade, alguns anos de escrita e um namoro recente com a prosa, que tomara que dê casamento.

A Cultura pede passagem nesse momento para dizer que ela é, em muitos casos, uma expressão individual, porém em busca de uma identidade coletiva e de ser movimento social, pois cria, renova, revoluciona e principalmente reacende a chama em suas diversas formas de expressão. O que se busca como movimento é uma Cidadania Cultural, peitando todos os impasses para a criação de uma Cultura Política de igualdade e com igualdades.

Nenhuma expressão cultural acontece sem plateia, que é parte integrante e essencial para sua existência e essa simbiose só ocorre quando um movimento cultural se faz mais forte que alguns governantes da hora, onde a cultura em pauta é o escambo de almas em busca da permanência no poder.

No campo particular, todas as vezes que me chamam de poeta eu me assusto, pois isso me traz uma responsabilidade muito forte, sabendo que as pessoas embarcam nas nossas emoções, ditas em versos e prosas, em gestos e em suaves expressões. O artista, poeta e poetisa estão para um povo desprovido de momentos de beleza, como uma divindade que leva o povo a sonhar.

Diante de uma sociedade preconceituosa com as pessoas de mais idade, que as segregam num puxadinho do mundo, ainda bem que a Cultura não tem idade para exercê-la, muito menos para nascer, que o diga Cora Coralina. Nasce de uma composição de dom, criação, exercício para que se movimente e oportunidade para acontecer. A cultura é vida em movimento que gira em torno de suas emoções.

A proposta é dançarmos os diversos sons, gingarmos ao som da capoeira, cantarmos e interpretarmos a vida através das escritas recitadas em versos e compormos e sentirmos os momentos de pura beleza, que afugentem a solidão e deem asas às nossas imaginações que voam pela imensidão em busca de par.

Que a cultura popular viva e sobreviva, como expressão e movimento e como porta de entrada para os diversos caminhos que se abrem como Resistência, nos fortalecendo na luta contínua por uma sociedade justa, fraterna e igual para todos e todas.

Salve Mamberti. Um artista. Um ser político e alguém que tive o prazer de me encontrar em alguns momentos na Fundação Perseu Abramo. A ele que se fará sempre presente, minhas homenagens e boas lembranças com seu ar sempre de alegria.

Salve a Cultura. Salve companheiros e companheiras em luta, em celebração e em momentos onde possamos alegrar corações alheios que ainda acreditam no amor e no amar...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social