Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
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domingo, 18 de setembro de 2022
As eleições das nossas vidas...
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
sexta-feira, 29 de julho de 2022
Como explicar os adoradores do “mito”?
Participei em
São Bernardo do Campo um pouquinho antes da pandemia, de uma roda de conversa
com professores e alunos de filosofia, para análise do Livro “A morte da
Verdade”, da escritora americana Michiko Kakutani, sobre as mentiras que
garantiram a vitória de Trump nos Estados Unidos. Para um grande contingente
dos americanos, naquele momento pós eleição, a verdade tal qual como a conhecemos
tinha morrido, golpeada pelas mentiras.
A vitória dessa
criatura genocida e do mal que desgoverna o país, ocorreu da mesma forma. Centrada
em Fake News, onde a palavra de ordem é matar quem se opuser a ele, ou por
falta de vacina, onde milhares de mortes podiam ter sido evitadas com vacina em
tempo. Nessa seara estão as mulheres, pobres, negros e negras, pessoas
homoafetivas, índios, petistas e tantos mais, pois a morte hoje em dia se
confunde com a vida, que continua valendo muito pouco.
Sinceramente o
que me assusta não é o processo eleitoral, pois nós da esquerda brasileira, lutamos
muito para que voltássemos a poder votar e elegermos diretamente quem nos
governa, mesmo contra a velha direita neoliberal que só defende a “Casa
Grande”, deixando a “Senzala” apenas com suas migalhas. Apesar dos pesares, esse
é o caminho natural, mesmo dessa frágil democracia representativa que é surrada
todos os dias pelos fascistas de plantão. Somos e defendemos a democracia
direta. Aquela que a população organizada defende seus direitos.
O que me
assusta de fato é quase um terço do eleitorado do país não conseguir identificar
o que há por trás dessa campanha do ódio e tampouco se sensibilizar com mais de
trinta milhões de pessoas passando fome e mais de sessenta milhões ganhando um
pouco mais de um salário mínimo, ou ainda sessenta mil pessoas morando nas ruas
da capital de São Paulo por não poder mais pagar aluguel, sem contar os preços
nos supermercados, que mudou o hábito de consumo.
Uma versão de
gente complicada e confusa. Odeiam Lula por só ter nove dedos, ser nordestino e
ter tirado o Brasil do mapa da fome da ONU, além de centenas de projetos que muitos
foram dizimados pelo genocida de plantão e endeusam um demônio mal evoluído que
tem a morte como grande aliada. Armar a população é coisa de golpista e de quem
quer desavença.
Onde estão seus
adoradores e adoradoras? Entre nós. Zombando da população pobre, odiando os
petistas e a esquerda e fazendo gestos de arminhas, como se a política fosse
uma grande brincadeira, que não é ou se nutrindo do nada ou das mentiras
contadas pelo seu ídolo.
Quero deixar
claro, que ser da esquerda é um estado de espírito, antes mesmo de ser uma
opção ideológica, pois lutamos até o fim da vida por liberdade plena, por justiça
social e contra todas as formas de opressão e discriminação, onde a cor da
pele, opção sexual, credo religioso e a cultura de cada um e uma é uma ação a
ser respeitada e não para ser atacada, como se Deus fosse propriedade de alguns
segmentos ou se macho significasse apenas ser hétero.
Deixo aqui
expresso minha solidariedade a quem está sendo perseguido ou atacado e atacada.
Somos da esquerda organizada e estou
alinhado a quem enxerga o país de todos e de todas e não de apenas de um
segmento que se acha dono da verdade, baseada na mentira. Para nós a verdade de
vocês é uma grande falácia, pois a nossa, apesar de golpeada todos os dias
sobreviverá das lutas, das trevas e com senso de organização popular e coletiva,
pois é centrada no amor ao próximo e no processo de integração que nos faz fortes
e sem medo de ser feliz.
No dia da
eleição proponho irmos armados de livros para votar, pois enquanto para nós se
trata de obras primas do conhecimento, fascistas os queimam para esconder as
verdades.
Até a vitória e
posse dia Primeiro de Janeiro de 2023, quando estaremos lá!
Antonio
Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
domingo, 12 de junho de 2022
Quem somos diante do que imaginamos ser?
Diante
da existência, existem leis universais, que mesmo sem notarmos, comandam nossa
forma de pensar e agir, o que sentimos, como sentimos e a forma como agimos e
reagimos com quem resolve caminhar ao nosso lado.
Uma delas é a Lei da Vibração, onde nada está em repouso. O próprio universo se move. Nossos pensamentos vivem em ebulição. Somos partículas do cosmo em eterno movimento. Hoje somos ou achamos ser e amanhã poderemos não ser mais. Uma ação contínua que envolve o cumprimento das etapas do que chamamos de vida.
O universo sente nossas vibrações de ódio, raiva, desprezo ou indiferença, mas também de carinho, gratidão e amor. Todas essas sensações estão ligadas às Leis da Ação e da Atração, onde para se atingir, alcançar e atrair o que se quer se deve primeiro agir em conformidade. Muitas vezes queremos tudo ao mesmo tempo, repleto do nada e o nada não existe. É apenas uma ilusão passageira.
A Lei da Causa e Efeito nos remete a que nada acontece por acaso e que para cada ação existe uma reação humana e universal, nos levando a entender que colheremos sempre o que tivemos capacidade de semear, regar e cuidar diariamente. As energias, ou as substâncias pensantes como chamou Wallace Wattles, estão por toda parte do nosso ser. Ao compomos uma vida com alguém, sem cumplicidade e reciprocidade, acaba se tornando apenas sonhos que se perderão pelos caminhos da vida.
A Lei do Retorno apenas nos induz a pensarmos nas consequências de nossas ações e isso nos leva a avaliar e reavaliar nossos pensamentos, estudar nossas emoções e rever principalmente o efeito de cada ação que planejamos ou aquelas que nascem dos nossos desejos não revelados. É um convite para avaliarmos nossas vidas e quem vamos deixando pelo caminho, por não termos mais vontade de irmos mais além.
E o que dizer da Lei da Unidade Divina, que nos sugere que tudo está interligado, o que pensamos, fazemos, dizemos, ou acreditamos como regra de vida. Tudo tem um efeito proporcional correspondente nas pessoas com quem vivemos e no próprio universo.
É uma ilusão pensamos ser seres individuais, que não precisamos de ninguém ou do amor como elemento universal, pois mesmo quando morremos nossa energia passa a ser do todo e o todo envolve vidas que nos ama, num processo contínuo, de vida, morte, existência e sobretudo com que coração e alma fizemos nossas histórias e como chegaremos ao outro lado do rio.
sexta-feira, 1 de abril de 2022
Educar para inspirar
Jivaldo Oliveira
Pedagogo/Uneb
Prof. Rede Municipal e Coordenador Rede Estadual
quarta-feira, 30 de março de 2022
Pingos de Chuva no Telhado
É alta noite. Os pingos de chuva no telhado escorrem telhas afora. Uma ventania completa o cenário. A mente em alerta com os perigos iminentes que nos rodeiam, que muitas vezes moram ao lado da nossa imaginação. O coração às vezes aperta e o sono que não vem.
A madrugada longa se movimenta devagar e com ela as inquietações brincam de roda em nossas cabeças. Procurando disfarçar e sairmos dessa situação, fugimos cavalgando num cavalo de pau imaginário para nos esconder do perigo, como fazíamos quando crianças com medo do bicho papão.
O dia amanhece com o sol dando o ar da graça e convidando os casais apaixonados ou os que ousam e se arriscam em amar, para se envolverem em seu calor e depois escolherem a melhor sombra para repousar.
A vida é isso. Uma busca diária e cotidiana para espantarmos o que nos assombram, disputarmos atenção e sorrisos, sermos incluídos e incluídas nas conversas caseiras ou coletivas, acolhermos com carinho o que nos fizer bem e irmos construindo um ranchinho acolhedor aonde queremos morar e ficar.
Ainda com sono é hora de seguirmos rio afora, remando nas canoas da vida, mesmo sem sabermos nadar, porém com a vontade de curtirmos a paisagem, pararmos no próximo porto para ver o por do sol e deixar a vida nos levar.
Antonio Lopes
Cordeiro (Toni)
Estatístico e
Pesquisador em Gestão Social
quarta-feira, 23 de março de 2022
Senhor dos Ares e dos Mares Rogai por nós!
Senhor da Vida, vivemos tempos complexos jamais vistos. Quem sabe algo criado pela própria humanidade e quiçá com o intuito da busca da regeneração, num mundo individualista, com ausência de amor e sem conexão com todas as divindades, que ora estão sendo negociadas no mercado e nos negócios da fé.
Senhor dos Ares, dai-nos sabedoria e discernimento para que não usemos as pessoas, sob qualquer hipótese, assim como não julguemos para não sermos julgados. Vivemos num mundo que nos avalia e nos exclui, pelas cifras que dispomos, pelo que comemos, pelas marcas que usamos, pela idade que temos, pela etnia, pelo estado que nascemos, pela opção sexual, se bebemos e sabemos o que beber e que tipos de conversa querem de nós, entre tantos outros.
Quem não se encontra no padrão determinado por uma sociedade elitizada e de pensamentos burgueses fica em segundo ou terceiro plano, ou no sinistro mundo do silêncio, onde só falamos com a nossa consciência e quem nada tem vai direto para o fosso da vida, onde a vida vale muito pouco ou nada vale.
Senhor dos Mares, ensina-nos a navegar pelos mares, lagoas e grotões da vida. Vencendo todas as ondas que querem nos levar antes do tempo e nos façam merecedores e merecedoras, de alguém que nos ame e nos eleja como par. Ajude-nos a mergulhar de forma segura nas profundezas das nossas incertezas, incapacidades e falta de merecimento ou ainda quando em êxtase, guiados e guiadas pelo álcool, aonde nossa capacidade de raciocínio vai a zero e nada parece nos abalar ou mexer com as nossas emoções ou com quem estiver conosco.
Senhor Guia do Mundo, toque nossos corações. Cuide das nossas almas. Dai-nos visão para enxergar o que possa nos trair. Una e que for para unir. Ligue o que for pra ligar. Mostre-nos o caminho para o paraíso em vida, que às vezes pode ser traduzido por apenas uma frase, um olhar, um momento de carinho e por um respeito incondicional comandado pelo ato de amar.
Dai-nos
por fim, Senhor da Vida, a leveza quando algo nos contrariar e façam-nos
pessoas sensíveis e sinceras que ame sem limites de amar a quem por opção pousar
em nossas vidas, quando podia estar voando para outros ares.
Amém!!!
Antonio
Lopes Cordeiro (Toni)
Pesquisador em Gestão Social
domingo, 6 de março de 2022
Uma tardezinha ao por do sol...
Uma
tardezinha ao por do sol...
Uma
leve brisa no rosto e uma areia branca convidando a andar meio sem compromisso
com o amanhã, apenas para molhar os pés em águas cristalinas, que mais parecia
um paraíso escondido da civilização.
Era
tempo de pensar o que havia a colher do que fora plantado, regado dia a dia e disputados
com ervas daninham que insistiam em se por no caminho. Era tempo de pensar também
que tipo de jardim poderia ser produzido com as plantas que sobreviveram ao
último verão.
O
que poderia ser? Quem sabe o encontro das águas de dois rios que caminham em
mundos opostos para o mar, ou um desaguar no oceano das nossas fantasias ou
ilusões. Quem sabe ainda um feixe de luz na escuridão que as noites mal
iluminadas ou sem lua produzem. Seja o que for veio para dizer que a vida é
bela, que a mente viaja pelo infinito dos nossos pensamentos e o coração pulsa
mais forte até quando recebe uma pequena dose de carinho.
O
que poderá ser o amanhã? Quem sabe o encontro dos meus possíveis desejos nada
secretos, com a minha vontade de ser o que gostaria de ser. Aprendi que bom
mesmo é quando podemos dizer ao mundo o que pensamos, pois tudo que é secreto
um dia será revelado e sobrará muito pouco depois da ventania que isso gera...
Quero mesmo é vive-los!
Antonio
Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
quinta-feira, 30 de dezembro de 2021
Um ano que desponta em meio ao caos...
Vejo o ano que se aproxima como uma
longa e complexa equação a ser resolvida, onde os interesses eleitorais estarão
na pauta nacional e nas pautas estaduais, comandadas ora pelo financeiro e ora
pelas emoções à flor da pele que levam o povo a votar pela emoção e não por um
programa ou projeto.
Cada um e uma de nós, que estamos no front das lutas diárias e temos conteúdo, somos capazes de fazer uma análise sobre o cenário político e que expectativa mínima temos para o ano que se inicia, além de desejarmos Lula Presidente novamente, porém não a qualquer custo, pois já sabemos o que ocorreu com a Presidenta Dilma em seu segundo mandato. O golpe foi construído no interior do Planalto.
A política eleitoral é um jogo de
interesses, quase sempre pessoais ou de grupos, que passam longe da base da
sociedade, principalmente das pessoas que mais precisam, além das combinações,
acordos, negociatas e conchavos, confundirem a cabeça de quem vota e isso
mostra o número de abstenções, brancos e nulos. Além disso, nosso ideário
ideológico aponta sempre à esquerda com candidaturas coletivas, participativas
e populares, pautadas por um conselho participativo e deliberativo de mandato.
No seio das disputas, fecharemos o ano
com algumas inquietações e dúvidas, entre elas a consolidação da tal Frente Ampla
como um instrumento criado para agradar gregos e troianos e um afago à direita.
Uma mistura complicada que indica mais problemas à frente como já vimos nesse
filme antes.
Além disso, vem ai a federação
partidária chamada pelo PSB, que agregará o PT e outros partidos incertos. Algo
que a meu ver é uma junção de interesses para salvar alguns partidos e com foco
eleitoral apoiado na visão de que o PT terá um bom resultado e isso, além de
salvar alguns beneficiará todos.
Não dá para endeusar como se fosse uma
Frente de Esquerda, que não é tampouco ir fazendo a defesa apaixonada, sem
esmiunçar o que isso significa na real. Necessita de um amplo debate interno
para que sejamos convencidos ou tenhamos a convicção de que o caminho seria à
esquerda, tanto para as alianças partidárias, como com os setores organizados e
movimentos.
Vale tudo no processo eleitoral? Como nos diferenciar? Qual o custo político disso? Quem pagará essa conta? O que sobraremos? O que dizer de uma aliança com Alckmin, um neoliberal convicto e agressor de professores. Algo que nós de São Paulo ficamos com azia só em pensar. Será esse o caminho? É o que nos resta? Ou é o conjunto do partido quem vai decidir?
Negamos o socialismo por mais de 20
anos. Fizemos alianças das mais inusitadas e chamamos de “companheiros” quem
nos traiu e nos golpeou. O que falta para aprendermos? Caso valha tudo era até
preferível um empresário ou empresaria como vice, pelo menos não teríamos que
convencer vários setores que o que era um demônio ontem, passou a “santo” dos
milagres para a eleição. Algo bem difícil de explicar...
O PT é um partido confiável, para quase
um terço de quem vota e não precisa de determinadas alianças que o exponha,
tampouco levar o companheiro Lula a se juntar com velhas raposas para chegar a
uma vitória. Existem outros caminhos, outras pessoas e outros valores em jogo.
Qualquer tipo de aliança na linha
programática indica que o que é combinado não é caro. O próprio Lula deu o tom.
É o PT quem vai discutir a questão do vice e se assim for entraremos o ano em
debates, lembrando que só teremos até o dia 31 de março.
Quando as crises políticas invadem meu
seu, recorro a Paulo Freire, vejo e revejo sua fantástica palestra, que indico:
“O simbólico e diabólico na política”. É uma viagem para nos alertar das
armadilhas do sistema, dos cantos da sereia e dos caminhos a seguir.
sábado, 18 de dezembro de 2021
Na ciranda do tempo eu plantei esperança...
Como se dá a passagem? O que leva à mudança? Que dança é essa que danças sós? Porque não me leva? Como arrumar mais tarefas se o fogão a lenha ainda não foi aceso? O tempo urge, o tempo voa. O tempo não se mede. O que pode se medir é a falta de tempo...
Tempo para abstrair. Tempo para se viver. Tempo para a troca. Tempo para se plantar. Tempo para a construção. Quando ficará pronta? Que cor a pintamos? Não se esqueça do fogão a lenha. É lá que podemos tomar um café torrado e moído na hora e termos uma boa prosa...
Preparei a terra. Adubei com amor. Separei as mudas e plantei uma a uma, como se planta a esperança no caminho à terra prometida. O que espero desse plantio? Um lindo jardim com flores diversas e um beija flor saudando a vida, o encontro e o néctar de cada flor...
Que venha! Que seja! Que aconteça! Te esperarei ao por do sol...
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
quarta-feira, 13 de outubro de 2021
Bem vindo amanhecer para o encontro com um novo dia...
Vida que te quero vida. Algo tão
doce e frágil ao mesmo tempo. Em tempos de ventanias propositais que tangem tantas
almas ao além, com sol ou com chuva paremos, oremos e miremos no infinito em
agradecimento a mais um dia de vida.
O tempo vai marcando o compasso, o
pulsar, o riso ou o choro e construindo os detalhes que vão compondo a nossa
vida. O que nos alimenta é o que consegue sair da mente e ganhar um cantinho num
coração alheio e a felicidade se completa quando se torna um terreno com duas
moradas. Uma de frente para a outra, com comunicação diária para que não haja
desconexão, nem ruídos. Algo mágico quando acontece.
Somos fragmentos de vidas passadas,
misturados com a vontade de viver essa nova vida e o somatório de momentos que ela
nos proporciona. Vamos deixando ao caminho nossos rastros ou marcas. Nosso amor
para quem dele se nutriu e a vontade que algo de extraordinário aconteça enquanto
tivermos tino para tocar e sentir a vida.
O velho e precioso Tempo que é o senhor
da razão, onde dele dependemos para viver, vai aos poucos moldando o que somos,
o que construímos, quem segue conosco estrada afora e o que deixaremos como
história de vida para as vidas futuras.
Há uma magia solta no ar que não é
a terceira dose que revela, pois dela só saem os impulsos momentâneos e sim um
suave aroma que se sente ao fecharmos os olhos e imaginarmos o melhor dos sons
combinando com o cheiro suave que vem do infinito.
Muitas vezes queremos tudo e nada ao
mesmo tempo e achamos que temos todas as respostas sobre o universo que nos
envolve. De repente vem o tempo e muda todas as perguntas e aí temos que admitir
com humildade que nada sabemos e temos que recomeçar por novos caminhos desconhecidos.
A quem recorremos nessas horas?
Somos vários personagens numa só
pessoa a bulirem com a nossa imaginação. Temos partes bem resolvidas e outras
estamos tão distantes disso. Um contraponto com a atenção para não usarmos quem
por convicção ou por descuido abriu a vida para entrarmos. Quem somos afinal?
Quem gostaríamos de ser? Quem seremos amanhã?
Que sejamos quem quisermos ser,
porém com os cuidados necessários de não pisarmos na semente que plantamos naquele
vaso com tantos desejos e que acabou de brotar se não matamos a plantinha novamente
e assim o jardim não prospera...
A vida é feita de ciclos, momento, ventanias,
tempestades e também calmaria. Sábios e sábias são as pessoas que conseguem entender
o próprio corpo, conterem o prazer excessivo, não usarem outras pessoas por
pura distração e enxergar a própria alma.
Quando tudo parece consumado e
imaginamos que pode se tratar de uma catarse necessária para expelir o que a
alma pede, nos deparamos com novas emoções, comandadas pela solidariedade, humanismo,
um pouco de sorte e todo espécie de amor que plantamos e a vida fez florescer
para nos dar luz. São pessoas em movimentos onde as amizades sinceras e sem
interesse nutrem um novo campo de ação que chamam de amor. Algo que requer apenas
o entendimento de que não se mistura esses sentimentos, pois poderemos ficar reféns
deles para o resto da vida.
Dizem que o Amor por outro ser pegou
uma carruagem encantada e desapareceu na linha do horizonte por falta de sintonia,
dando a vez a outras formas de sentimentos e de prazeres. Custo a acreditar, pois
quando ele chega é algo inconfundível e abala qualquer estrutura, mas se assim for me
nutrirei de cada ação de amor, de cada som, de cada estrela e revigorar-me-ei do sentir, do pulsar do coração em horas de pura beleza e da beleza das flores que plantei e rego todos os dias, com a esperança de virar um Belo Jardim a ser apreciado em par do alto de uma colina.
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
terça-feira, 21 de setembro de 2021
Olá futuro seja bem vindo!
Ainda
dá tempo? Quem vai comigo? Vai por amor? Com que roupa eu vou? Como está o
tempo? Que horas são? Vamos comemorar? Vai me convidar ao samba de quadra ou para aquela
festa regada por lírios e rosas na calada da noite? Vai me levar aos oásis que você conhece? Vai
me apresentar ao grupo seleto de nobres e nobreza? Conto o sonho que tive ontem sobre
o presente e o futuro?
Exerço
um diálogo permanente com a minha natureza, com meu outro eu e com a minha
essência em busca de muitas respostas que ainda não disponho e me inquietam muito a
essa altura da vida, mas com a lúcida convicção de que o melhor ainda está por vir
e isso acaba me deixando com certo conforto...
Sigo atenciosamente as batidas do relógio da vida, mas sem me preocupar com o tempo futuro de como vou estar daqui a dez ou vinte anos, pois nem mesmo sei se vou estar e se estiver estarei sonhando em viver mais e bem. Como rota sigo uma estrela guia, que nunca a imaginei se apagando ou caindo de forma cadente... Pra mim ela sempre estará viva...
O
que mais sonho hoje é em ajustar as velas do barco da vida e remar rio afora curtindo
a paisagem e sentindo a brisa, com quem não precise de um iate para estar
comigo, pois só tenho uma pequena canoa e dois remos, além de alguém que me
enxergue com o coração e com a alma e não com qualquer outra parte do corpo, pois células
morrem todos os dias e a aparência também vai se modificando...
Vou
deixando em alguns aspectos a vida me levar. Vou analisando caras e bocas e
algumas falas que me levam à reflexão e à introspecção. Muito vezes falo mais do que devia e vou ouvindo atentamente o que por descuido ou por intensão algumas
pessoas revelam o que pensam sobre a minha vida pessoal.
Depois
de dias intensos, mal dormidos e complexos, tive algumas ótimas notícias que me deixaram feliz e com vontade
de tocar em frente rumo ao futuro com quem vier comigo. Uma coisa é certa: Seguirei peitando as coisas tangíveis e
deixando ficar apenas as coisas findas, pois essas, muito mais que lindas são as
que vão compor a minha história de vida, como afirmava Drummond.
Na verdade eu quero
muito pouco, mas de qualidade, perto de quem quer tudo ao mesmo tempo, ou acha que já tem tudo e não precisa de mais nada. Será que o que eu quero é algo tão complexo ou distante da realidade? Vai saber... Porém, enquanto
houver uma luz acesa no caminho e uma fala carinhosa a ser ouvida, jamais me conformarei com a escuridão e com o silêncio imposto.
O
que eu quero? Uma dose de gentileza, acompanhada por duas doses de carinho
sincero e quem sabe ainda, como pretensão maior, sonhar com uma dose dupla de
amor em flor que me faça peitar a ilusão, deixar o coração pulsando mais forte e minha
alma em plena brisa.
Para
completar o cenário uma divina luz. Uma rede e um som suave e agradável para peitar os silêncios que me envolvem, pois irei acariciar as coisas findas e viver o que pode tangenciar minha forma de ser, sempre com a certeza de que habito em coração alheio que me escolheu em par. Aprendi ao
longo da vida que mais vale um tantinho assim especial de um estar real com alguém, do
que um tantão do apenas “ficar” com muita gente, como se fosse um prazer em
série, que acaba quando o fogo acaba.
Quando
tudo isso acontecer, eu conseguir sentir e uma noite estrelada com uma lua nova der o ar da graça, te convido
para uma dança, que mesmo que não saia do jeito que pudesse ser, pela minha
falta de ensaio e traquejo pra coisa, sairá com o sabor da verdade, a cor vermelha do coração e o jeito carinhoso e envolvente de ser que embala as fadas em dias de festa de gala. Que tal? Te espero para o amanhã...
Antonio
Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
terça-feira, 14 de setembro de 2021
SERVIDOR NA RUA É SINAL DE ALERTA À SOCIEDADE
Em tramitação na Câmara
Federal há quase um ano, a Proposta de Emenda à Constituição n° 32/2020, dentro
do projeto de Reforma Administrativa do governo Bolsonaro e do ministro Paulo
Guedes, traz, em seu bojo, a inversão total do verdadeiro papel do Estado,
firmado pelo contrato social do
direito de cidadania assegurado pela Constituição Federal de 1988.
Desde o início da tramitação
desta PEC, os servidores públicos têm alertado a população do perigo que sua aprovação
representa para todo o conjunto da sociedade brasileira. Unidos com a Frente
Parlamentar Mista do serviço público e com as entidades representativas de suas
categorias, os trabalhadores e trabalhadoras se mobilizaram de todas as formas
e, mesmo em período de pandemia, em virtude do perigo que a proposta
representa, estão organizando e participado de atos presenciais em todas as
regiões, em especial no último dia 18 de agosto.
Queremos
mostrar à sociedade que os servidores públicos carregam o compromisso e a
responsabilidade de serem o principal elo entre o Poder Público e o Cidadão,
prestando serviços essenciais nas mais diferentes áreas como saúde, educação,
segurança pública e judiciário, com esforço, dedicação e isenção, graças a
estabilidade adquirida após o período de estágio probatório, pela natureza do
cargo exercido por aprovação e nomeação em virtude de concurso público.
A
PEC nº 32/2020, entre outras mazelas, permitirá que a cada eleição os Poderes
possam demitir e contratar pessoal sem concurso público e sem exigência de
qualificação, por tempo determinado, privilegiando maus políticos, que certamente
contratarão seus apadrinhados, cenário este que contribui para o aumento de
assédio, sobrecarga de trabalho e o famoso esquema de “rachadinhas”;
No
intento de implantar o Estado mínimo, o governo propõe entregar grande parte do
serviço público para quem visa somente o lucro, qual seja, o setor privado, repassando
a este, recursos financeiros do Estado, sem retorno aos cofres públicos,
restando para a sociedade setores sucateados e longa espera em atendimento, o
que já é uma realidade com a terceirização já implantada.
Portanto,
se a proposta em questão passar, sem dúvida, os
servidores públicos serão prejudicados, porém o prejuízo maior será sentido
pelo cidadão brasileiro, especialmente a parcela mais pobre, que depende dos
postos de saúde, creches, escolas, judiciário, segurança pública, pois, uma vez
extintas as políticas e os programas
sociais devido ao corte de verbas, terceirização e/ou privatização dos órgãos
públicos, restará a precarização, o desemprego, a fome e aumento no número de
pessoas em situação de rua.
A
pandemia da Covid-19 escancarou a importância e a necessidade dos serviços
públicos: em teletrabalho ou presencialmente, os servidores públicos garantiram
o atendimento à população, sendo que milhares de vidas foram salvas pelo
conhecimento e experiência dos profissionais da saúde pública e pesquisadores
da ciência, o que não foi garantido pela iniciativa privada, que chegou a
fechar as portas, em determinados momentos, para o atendimento à população;
Ante
o anúncio da votação da PEC 32 pela Comissão Especial e, se aprovada, pelo
plenário, o servidor público volta às ruas nesta semana que se inicia,
promovendo o “ocupa Brasília” no dia 14, mais uma vez expressando à sociedade
seu compromisso de luta pelo serviço público, exigindo dos parlamentares a
rejeição da proposta, e a promoção de políticas que garantam a valorização dos
servidores públicos e respeito ao direito de acesso do cidadão ao Estado,
conforme preconiza a nossa Carta Magna.
Diretora
Executiva do Sindijus-Pr e Coordenadora-Geral da Fenajud
sexta-feira, 3 de setembro de 2021
A Cultura pede passagem...
Vivemos
um momento na história de muita tristeza e introspecção, com alterações significativas
em nossos comportamentos pessoais e a incerteza do que nos espera no amanhã. O encontro
com o doce mundo da Cultura vem de leve e nos encorajam a seguir em frente aonde
nossos pensamentos nos levar.
O lançamento
do Setorial de Cultura do Partido dos Trabalhadores de São Berardo do Campo, que
tive a honra de ser convidado a compor, representou um momento épico, daqueles
que temos que guardar num cantinho do peito, mas entendendo os grandes desafios à frente...
Diante
de artistas consagrados, poetas e gente vivida no universo da cultura, tenho
muito pouco a acrescentar, mas muito a viver e aprender. Meu universo cultural
veio de uma vivência à procura de músicos e compositores pelo ABC, alguns anos
de teatro amador, canto no Coral Municipal da cidade, alguns anos de escrita e
um namoro recente com a prosa, que tomara que dê casamento.
A
Cultura pede passagem nesse momento para dizer que ela é, em muitos casos, uma
expressão individual, porém em busca de uma identidade coletiva e de ser movimento
social, pois cria, renova, revoluciona e principalmente reacende a chama em
suas diversas formas de expressão. O que se busca como movimento é uma
Cidadania Cultural, peitando todos os impasses para a criação de uma Cultura
Política de igualdade e com igualdades.
Nenhuma
expressão cultural acontece sem plateia, que é parte integrante e essencial
para sua existência e essa simbiose só ocorre quando um movimento cultural se
faz mais forte que alguns governantes da hora, onde a cultura em pauta é o
escambo de almas em busca da permanência no poder.
No
campo particular, todas as vezes que me chamam de poeta eu me assusto, pois
isso me traz uma responsabilidade muito forte, sabendo que as pessoas embarcam
nas nossas emoções, ditas em versos e prosas, em gestos e em suaves expressões.
O artista, poeta e poetisa estão para um povo desprovido de momentos de beleza, como uma
divindade que leva o povo a sonhar.
Diante
de uma sociedade preconceituosa com as pessoas de mais idade, que as segregam
num puxadinho do mundo, ainda bem que a Cultura não tem idade para exercê-la,
muito menos para nascer, que o diga Cora Coralina. Nasce de uma composição de
dom, criação, exercício para que se movimente e oportunidade para acontecer. A
cultura é vida em movimento que gira em torno de suas emoções.
A
proposta é dançarmos os diversos sons, gingarmos ao som da capoeira, cantarmos
e interpretarmos a vida através das escritas recitadas em versos e compormos e
sentirmos os momentos de pura beleza, que afugentem a solidão e deem asas às
nossas imaginações que voam pela imensidão em busca de par.
Que
a cultura popular viva e sobreviva, como expressão e movimento e como porta de entrada para os diversos
caminhos que se abrem como Resistência, nos fortalecendo na luta contínua por uma
sociedade justa, fraterna e igual para todos e todas.
Salve
Mamberti. Um artista. Um ser político e alguém que tive o prazer de me
encontrar em alguns momentos na Fundação Perseu Abramo. A ele que se fará sempre
presente, minhas homenagens e boas lembranças com seu ar sempre de alegria.
Salve
a Cultura. Salve companheiros e companheiras em luta, em celebração e em
momentos onde possamos alegrar corações alheios que ainda acreditam no amor e no
amar...
Antonio
Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
segunda-feira, 23 de agosto de 2021
Qual é o seu mundo diante de tantos mundos?
De repente um mundo à minha frente,
frágil pelo momento, líquido, se desfazendo e se diluindo a cada segundo, onde nada é feito
para durar, como dizia Balman. Em crise permanente de identidade e de valores,
com uma grande parte da humanidade em desencontros e mais da metade do planeta
em fome ou em grandes necessidades diárias. Há um descompasso nas vivências
humanas fatiadas em classes sociais nas diversas sociedades, que estão longe de
serem comunidades.
Enquanto isso nos castelos de concreto
ou nos de areia criados pela imaginação, nas ricas festas regadas a muitas
bebidas, nos guetos burgueses ou numa casinha qualquer no sertão ou nas
periferias, a vida rola. A vida leva e muitas vezes também é levada, sem que se
perceba, como se nada valesse. Uma vida que segue independente do que se tem hoje ou do que se sonha
para o amanhã. É hoje no calor das emoções, além dos corações, que a coisa
acontece a toda hora.
Com isso, para isso e, além disso, uma
pergunta se tornaria fundamental para início de uma conversa: “Como você está”?
Algo simples. Algo reto, mas que seria uma oportunidade de ouvir quem está à
nossa frente, ou à nossa escuta, que muitas vezes anda perdida no silêncio e
gostaria muito de falar o que sente ou o que se passa com ela, até mesmo em horas não
comuns. Porém como dar a atenção merecida se andamos tão ocupad@s com nossos afazeres diários? Em vários momentos não lembramos, ou não temos tempo, nem mesmo para um Bom Dia a quem nos espera de coração. A meu ver uma grande parte da humanidade se encontra
perdida nas particularidades de seus mundos e acha que isso é vida e nem percebe que ao lado a vida real pede passagem.
Às vezes eu penso que somos apenas
retratos da vida moderna expostos em prateleiras. Ora consumindo e ora sendo
consumid@s. Estamos em pleno julgamento pelo que temos ou deixamos de ter e não
pelo que somos, ou ainda pela idade, pelo porte físico, pela aparência e pelo
que imaginamos ser. Quem gira à esquerda da Matrix tem um julgamento a mais
pelos servos do poder, mas em compensação só pela utopia da criação de um novo mundo, justo fraterno e igual para todos e todas vale a pena ter nascido. Quando
a luta vira causa e a causa vira sonho, a utopia manda avisar que isso se chama
vida...
Que mundo você procura para viver? Eu
procuro um pequeno mundo onde eu viva as minhas emoções em sua intensidade, de forma autêntica, e
isso possa virar uma poesia, a ser recitada em tardes ao por do sol, nutrida em
noites de estrelas e em passeios numa floresta encantada chamada esperança.
Sonho ou realidade? Ainda
não sei. Sei apenas que quem sonha acaba sendo a expressão viva do amor que se
tem e do amor que se tem coragem de dar. O que sobrará? O que sobraremos? O que
os nossos corações resistirem e as nossas lutas interiores nos levarem, não esquecendo que alguém nos espera.
Somos uma mistura de resistência e
sapiência misturadas com humaneidade em busca das nossas essências, rumo a um
novo mundo criado pelas nossas utopias, onde o amor e o amar falem mais alto. O bom mesmo
é que ainda somos vida e somos par quando se alma juntos.
Em nosso mundo
particular, se a alma pede um pingo, que tal chover? Diz uma lenda que para se
construir um belo lago, as chuvas contínuas são fundamentais, mas são as
pequenas gotas que fazem a natureza vibrar. Sereno, brisa, orvalho... Verde que
te quero verde!... Ontem eu sonhei pipando à beira do lago da minha imaginação
diante de um novo mundo.
Que eu Chova... Que
tu Chovas... Que nós Chovamos... Chover nunca é demais quando o verbo a ser conjugado é A l m a
r...
Antonio Lopes
Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
quarta-feira, 11 de agosto de 2021
Quando partes de vários momentos completam um texto...
Começo essa nova conversa no meu cantinho predileto perguntando: Qual é
o teu desejo? Ele é secreto ou pode ser compartilhado com quem Alma contigo? Até
onde os teus desejos te levam? Até que ponto os desejos interferem diretamente
numa relação se não puderem ser compartilhados?
Do outro lado do nosso mundo imaginário, uma sociedade pálida, sem cor,
sem brilho e principalmente sem amor ou em completo desamor, onde os guetos
tecnológicos substituem as brincadeiras de rodas, de pião, de bolas de gude, de
pipas no ar e a construção de pequenos sonhos que se criavam num leve pensar do
que seríamos quando crescesse.
Já dizia
Bauman: “Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar”. Quem sabe seja isso que
faz com que muitas relações se construam e se desfaçam da forma mais natural possível,
como se nunca tivessem acontecido, pois não existem mais para durar... Em
outro trecho de sua obra ele afirma que escolheu chamar de “modernidade
líquida”, a crescente convicção de que a mudança é a única coisa permanente e a
incerteza a única certeza.
Porém, do outro lado do universo há um céu azul nos convidando a pipar.
É preciso que ocupemos sem licença o mundo que ajudamos a criar, enfrentando a
discriminação e os preconceitos, cantando para alguém que nos queira ouvir,
lutando de mãos dadas pelos nossos direitos e, sobretudo lembrando que vida e
morte são irmãs gêmeas de acordo com as nossas crenças e mesmo o dinheiro ou a
aparência corporal não evita a morte, mas enquanto o coração pulsar há
esperanças de uma vida melhor e uma história única ou exclusiva a se contar.
Diante das nossas emoções, dizem as fadas e os duendes de plantão, que
podemos ser o que quisermos ser, no micro universo que idealizamos ao sonhar
com duas almas se encontrando para vadiar, seja em noites estreladas ou numa
estradinha qualquer de uma floresta encantada, que pintamos em nossas
imaginações. Chamam isso de amor. Eu prefiro me metamorfosear sempre a ser
aquela velha opinião formada sobre tudo... Por isso continuo embalando meus sonhos na estrada da vida...
Como um recado ao futuro, vou plantando as flores do amanhã, com a esperança de vê-las crescer,
florir e dar frutos, com o compromisso de regar todos os dias, adubar a terra e
cuidar para que as ervas daminhas não tome conta, com o desejo de quando o
verão chegar encontrar um quintal florido como um brinde da primavera, com
borboletas e até alguns pássaros dando vida ao jardim da alma.
Quando o sol novamente reaparecer e a lua der o ar da graça,
aproveitaremos que estão brincando no cosmo e poderemos até sair às ruas saudando a
liberdade de andarmos sem medo e agradeceremos o dia, à noite, à madrugada e
principalmente ao raiar de um novo dia, com a esperança de realizarmos todos os nossos desejos com quem nossas naturezas e os nossos corações pedirem. Quem viver verá!
O amanhã é sonho. É fantasia. É a ponte para os
nossos desejos. É a busca incontida de qualidade de vida. É um caminho a ser
trilhado por amor e por amar e também uma aposta nos encontros humanos. Por
isso requer sonhos, vontades, lealdade, transparências nas etapas, carinhos e
planos discutidos passo a passo, que contenham nossas expectativas, mesmo que
não aconteçam. O amanhã é uma mistura de brincadeira de roda em noite
enluarada, com outras formas de brincar de vida na ciranda do tempo.
O que mantém as pipas no ar? É a magia do momento. É um clima bom e um
vento favorável. É o amor pelo ato de pipar, além da disposição e vontade de
quem pipa, de querer continuar com essa gostosa brincadeira, pulando os
obstáculos, vencendo os desafios e enfrentando as adversidades que possam
ocorrer, principalmente a partir da crença de que o melhor clima e horizonte
para as pipas continuarem no ar, ainda estão por vir.
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
sexta-feira, 6 de agosto de 2021
O que existe além do Destino ou Acaso?
Destino e Acaso existem? Onde encontram morada? Qual será a importância de ambos para
quem ainda acredita ou para quem não acredita mais no Amor? Sobreviverão ao tempo e ao vento?
Quem
sabe que em mentes ferteis e em horinhas de descuido existam também as caminhadas
pelas areias das praias da nossa imaginação ou numa estradinha deserta arborizada
num final de tarde qualquer, que veio ao pensamento, aonde vamos
desfiando nossas lembranças e experiências e tentando alinhar o que ainda vale a pena lembrar. O que não vale entregamos ao vento antes de ontem.
Destino
ou Acaso. Duas situações distintas e diferenciadas, que andam acompanhadas, ora
da emoção e ora da razão, dependendo de que corações e mentes acolham. Um
cenário não planejado ou tampouco programado, bastando um descuido do que nos rodeiam ou uma pura acontecência e o mapa futuro pode estar sendo desenhado.
Uma viagem ao mundo das emoções, vivendo o presente sem medo do amanhã, ou o que seremos nos próximos dez anos, pois dependemos da sorte para chegarmos lá. Uma busca a partir do que somos e do que ainda gostaríamos de ser. Porem, quem somos ou imaginamos ser?
Somos
seres únicos sem cópias. Nascemos muitas vezes do amor, noutras por acidentes e
em alguns casos nem nascemos. Crescemos nos sonhos. Brincamos
de ser felizes quando criança e desejamos ser tudo quando crescer. Porém acabamos sendo o resultado das nossas escolhas e do “meio”, que vivemos. Nem sempre como sonhamos ser, mas com a possibilidade de ainda mexermos em nossa incompletude.
Buscamos liberdade nos corpos em busca do prazer, por acharmos que nos completam ou nos saciam, mas esquecemos de perguntar à vida por quanto tempo seremos só desejos. Brincamos de encontros casuais e acabamos produzindo fantasmas a outras vidas assustando voltar. Definimos como "família-margarina", quem se junta de forma convencional, sem ao menos avaliarmos que tipo de felicidade há.
Às vezes brincamos de ignorar o amor ou fugimos dele. Noutras brincamos de achar que todo amor é igual e misuturamos tudo. Aí não sabemos mais o que é ou o que poderá ser. Muitas vezes nos perdemos nas ansiedades e passamos a impressão de sonharmos com velhos padrões de amar, quando na verdade o que sonhamos mesmo é de brincar de vivências, daquelas que se brinca todos os dias.
Quase sempre julgamos só o verbo viver, quando devíamos julgar junto o verbo conviver em tempo presente sem medo do futuro, desde que não matemos o amanhã antes do tempo, que tanto pode ser só uma fantasia, como um conto de encontros e vidas em noites estreladas e dias de sol ou em todos os dias.
Somos
vida que pulsa para quem nos leva diariamente em mente e coração ou apenas silêncio quando somos esquecid@s ou ignorad@s. Na essência da vida o que desejamos mesmo é sermos lembrad@s, notad@s, desejad@s e
principalmente amad@s. Uma conjunção de verbos e predicados, com os sonhos de
sermos sujeitos da história de vida de alguém e da nossa própria história de amor e de
amar.
Basta
uma pausa. Um pequeno notar. Um momento de puro estar e de nos permitir,
que tudo pode acontecer. Destino ou Acaso não é algo para o dia seguinte e sim um desafio para os anos seguintes, ou mesmo para toda uma vida, desde que sejam regados
todos os dias, até virarem flores nos jardins de almas amorosas que buscam companhia nas
caminhadas diárias da vida. Que sejamos vidas que se somam a quem Alma conosco e que possamos ser o que corações e mentes juntos desejarem ser.
O
que existe além do Destino e do Acaso? Uma vida pulsando os convidando a entrar...