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sábado, 31 de agosto de 2013

Plano de Governo e Ações para Governar


Participantes do curso em Itararé/SP

O que está por trás das vaias aos médicos cubanos?

Foto: www.tijolaco.com.br


(*)  Antonio Lopes Cordeiro (Toni)

O triste episódio dos médicos brasileiros, vaiando seus colegas cubanos, chamando-os de “escravos” e “incompetentes”, revela apenas o lado cruel e desumano, preconceituoso e racista, dessa turma de jaleco branco, que se formaram, muitos delas com o dinheiro do povo brasileiro e que se recusam a trabalhar nas cidades pequenas e periferias, mostrando claramente a opção elitista, onde pobre não tem vez.

É importante ressaltar que essas atitudes não são ações isoladas e sim fazem parte do pensamento de quem não se conforma de um metalúrgico governar o país, de uma mulher está à frente da nação e da população pobre está conquistando direitos, que os presidentes, representantes desses médicos suprimiram por mais de 500 anos.

Bem disse Marilena Chauí, quando do lançamento do Livro: Lula e Dilma: 10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil, que não repetíssemos que existe uma “nova classe média” no Brasil, que é o que afirma a imprensa golpista e a elite brasileira e sim disséssemos da existência de uma Nova Classe Trabalhadora, que conquistou direitos e que hoje desfruta de pequenas regalias que representavam verdadeiras fantasias nos governos que antecederam Lula e Dilma. Além disso, ela descreve com detalhes, que os maiores preconceitos estão escondidos e apropriados pela classe média, capaz de nutrir com ódio todas as atitudes que mantém parte da violência contida na sociedade.

Porém algo pior que a vaia veio da frase de uma jornalista, descrita a seguir na introdução da matéria da Revista Isto É dessa semana, escrita por Wilson Aquino e Michel Alecrim:

“Atrás da tela de um computador, a jornalista potiguar Micheline Borges não mostrava seu rosto, mas mirava o dos outros. “Essas médicas cubanas tem (sic) uma cara de empregada doméstica”, escreveu ela em uma rede social, auscultando o que, em sua xenófoba opinião, seria um grave problema dos 400 profissionais de saúde cubanos que desembarcam no Brasil para ocupar vagas rejeitadas por brasileiros em municípios sem glamour, mas cheios de gente que ainda morre por diarreia”.

Ah se todos os médicos brasileiros se parecessem com empregados domésticos. Aí sim saberiam cuidar de uma mãe e principalmente de uma criança.

Não importa a origem dos médicos, importa apenas que vieram em missão de solidariedade, coisa que a maioria dos jalecos-brancos jamais saberão seu significado.


(*) Pesquisador em Gestão Pública e Social e do Laboratório de Gestão e Políticas Públicas da Fundação Perseu Abramo do Partido dos Trabalhadores.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Rádios Comunitárias no Brasil: porque a comunicação popular incomoda tanto?


Como a mídia manipula a opinião pública para manter sua ditadura

Postado por: jorbacdc


As Rádios Comunitárias, aquelas criadas a partir de um Conselho Comunitário, sem fins lucrativos e principalmente sem um dono, prestam um grande serviço à população, pois coloca no ar programas e informações voltados ao universo da população mais pobre, ao mesmo tempo que resgatam valores e manifestações culturais, que geralmente não da ibope na mídia convencional.

O combate sistemático pelos órgãos de comunicação a esse veículo popular, deixa claro que, mesmo o espectro não tendo dono, assim como a terra, alguém já se apoderou e persegue todos aqueles que de alguma forma disputa o espaço.

Falta no país uma  Política Nacional de Radiofusão Comunitária, que não só democratizasse o espaço, mas principalmente evitasse a violência e perseguição generalizada que ocorre todos os dias quando a polícia descobre a existência de um desses veículos que ainda se encontra de forma ilegal.

A ABRAÇO - Associação Brasileira de Radiofusão Comunitária, que tive o prazer de participar da primeira diretoria, vem fazendo um trabalho duro de sustentação, defesa e denúncias de tudo que ocorre, na maioria das vezes patrocinado pela mídia dita oficial.

A quem pertence espectro? O vídeo acima traz importantes esclarecimentos a respeito da manipulação da mídia, com informações distorcidas e mentirosas a respeito do assunto.

Mais informações poderão ser obtidas no site da ABRAÇO: www.abraconacional.org

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Um lugar chamado Novo Horizonte


Lembro que era um domingo de manhã, na Rua dos Vianas, próximo ao Paço Municipal de São Bernardo do Campo, final da década de 80, na sede da Associação Comunitária. A casa estava cheia e dentro pessoas das mais diversas origens da cidade, com um sonho em comum: sonhar com o direito de morar. Alguns rostos tristes, olhares distantes e um enorme ponto de interrogação: será?

Eu e a Silvana buscando um porto seguro para se morar, resolvemos entrar naquele projeto, primeiro por fazer parte da luta por moradia, pois também éramos sem-teto e segundo porque jamais ocorreria algo naquela cidade, naquele momento, que de alguma forma eu não fizesse questão de estar junto. 

Foi um começo difícil, pois sabíamos que estávamos sendo usados, por um grupo que estava a criar um novo partido político na cidade e logo após a denominação do grupo, que recebeu o nome de Novo Horizonte, pela grande quantidade de pessoas nascidas em Minas Gerais, resolvemos criar uma carreira solo para o grupo e nos afastar dos organizadores, mesmo sabendo que teríamos alguns problemas

Na época não havia política habitacional nas três esferas de governo e não tínhamos recursos para comprar uma área, mas tínhamos colocado na cabeça, que era possível de forma coletiva e assim íamos nos reunindo todos os domingos, mesmo sem saber se conseguiríamos, se daria certo ou até quando íamos conseguir manter o grupo unido somente com e pelo sonho e ter onde morar. 

O tempo ia se passando e a diretoria criando argumentos, organizando eventos e participando de todos os acontecimentos habitacionais, mesmo a contra gosto de muita gente que se achava usada, porém isso na prática não ocorria, pois monitorávamos todas as possíveis ameaças de falsas aproximações.

Após visitar diversos outros mutirões e projetos, inclusive uma ida do companheiro Durval Lopes no Uruguai para conhecer os projetos e participar de várias atividades, surgiu uma área inclinada, em frente ao antigo Clube da Volkswagen, com um custo alto para terraplanagem e principalmente sem ajuda de nenhum órgão público. 

Resolvemos comprar a área por 31.600.000 (Tinta e um milhões e seiscentos mil), valor da época, sendo 50 por cento de entrada e 50 por cento divididos em parcelas, corrigidas pela hiper-inflação da época, que merece outra postagem pelas engraçadas particularidades, levando o dinheiro em malas de máquinas de escrever ao banco para depositar em minha conta pessoal. Das 200 famílias que começaram na entidade, apenas 35 chegaram ao final. As que saíram foram substituídas e queriam voltar. Somente depois de dois anos de muita luta conseguirmos fazer a terraplanagem de forma paga, onde a primeira obra foi o Centro Comunitário e também a primeira casa.

Restou de tudo aquilo três coisas: 1. Como é difícil o início, o meio e principalmente o depois, pois muitos acham que é o fim. 2. Quando cremos de verdade, mesmo que alguns desistam, o núcleo central permanece vivo e agindo como numa célula, onde a vida se refaz.3. A alegria e o choro de pura satisfação daquelas pessoas que iniciaram e chegaram até o final. Valeu a pena ter nascido e vivido para contar essa história, mesmo que não tenha saído totalmente de acordo com o projeto original.

Em resumo. Caso encontre alguém com o mesmo problema que o seu, ao invés de se lamentarem para provar quem tem o maior problema, deem as mãos, caminhem juntos e paguem o preço, pois a possibilidade de vitória é praticamente certa.

domingo, 25 de agosto de 2013

A promoção do encontro e do debate superando às vezes o próprio conteúdo


Participantes do Curso em Santo Cristo/RS


(*)  Antonio Lopes Cordeiro (Toni)


A Fundação Perseu Abramo, criada pelo Partido dos Trabalhadores, com mais de 16 anos de vida, conta hoje com pessoas experientes em diversas áreas, com a tarefa de guardar o patrimônio histórico do partido, desenvolver pesquisas e conteúdos e principalmente cuidar da formação técnica e política, dos militantes, dirigentes e gestores das diversas instâncias onde o partido estiver presente.

Além da Escola Nacional de Formação, importante órgão criado há pelo menos quatro anos, que faz a formação política, conta também com dois novos setores: Programa de Capacitação Continuada e o Curso de Especialização, ambos em Gestão e Políticas Públicas. Uma quarta ferramenta está em estudo. Trata-se de um Laboratório de Gestão e Políticas Pública, que poderá ter como objetivos principais: o desenvolvimento de diagnósticos locais, criação de ferramentas de gestão que possibilite uma melhor qualidade dos serviços prestados à população e pesquisas em diversas áreas do conhecimento.

No âmbito do Programa de Qualificação Continuada, estamos trabalhando na capacitação de gestores, técnicos e servidores, voltada à Gestão Pública, nos diversos municípios do Brasil, onde o Partido dos Trabalhadores governa, é vice ou faz parte dos governos. Até o momento fizemos 13 cursos em 5 Estados nas cidades-sedes, levamos 105 municípios e 480 participantes, com mais de 500 presenças. Entre os participantes do curso, vários prefeitos, vices, vereadores e deputados estaduais, além de diversos gestores de quase todas as áreas de governo.

Nesse processo tivemos a oportunidade de receber algumas contribuições e críticas quanto ao conteúdo do Curso, todas muito bem recebidas e centenas de palavas de apoio e elogios ao curso, que foi milimetricamente desenvolvido a partir de várias experiências exitosas de governos, como por exemplo em Osasco no governo do Prefeito Emídio de Souza, com destaque à Sala de Gestão e Planejamento, em Araraquara no governo do Prefeito Edinho, com destaque para o Conselho Político de Governo e em Artur Nogueira no governo do Prefeito Marcelo Capelini, onde criamos o Grupo Gestor de Integração e Planejamento, vários cursos de capacitação, através da Escola de Governo e criamos conteúdo capaz de gerar um Curso de Pós-Graduação em Gestão Pública e Social, vários Curso de Extensão e um Laboratório numa universidade confessional da região.

Porém, se tudo isso não bastasse, a parte mais prazerosa do trabalho, além das mais de 400 avaliações positivas, avaliando o curso como bom e ótimo, vem das observações feitas por vários participantes e entre esses alguns prefeitos e vereadores, de que independente do conteúdo, que avaliam como preciso quanto à situar o papel da gestão e dos gestores, o curso promove o encontro dos diversos setores de governo, militantes e legisladores, promovendo um intenso debate a partir de vários questionamentos e praticamente possibilitando uma revisão na atuação da vida partidária e na atuação das instâncias onde o partido está presente. Como o gestor de um governo petista tem que governar de forma diferente, do que a sociedade está acostumada a ver, é justamente essa diferença que o curso busca situar e os gestores vem buscar, no sentido de construir uma nova forma de governar. 

Assim, a discussão do que denominamos "O Modo Petista de Governar", passa pela esfera tecno-política e chega de forma descompromissada no universo dos sonhos de que sociedade temos e que sociedade queremos. Um encontro humanista, de pessoas, muitas delas carentes por um espaço de discussão, onde os atores têm a oportunidade de compartilhar experiências, valores e sonhos, saindo com motivação suficiente para levar cada vez mais alto a determinação de fortalecer o partido e de construir uma nova sociedade.

O Curso oferece a oportunidade de aprender e reaprender e saímos no final com a sensação, de que a partir daquele encontro, jamais seremos os mesmos.


(*) Pesquisador em Gestão Pública e Social e do Laboratório de Gestão e Políticas Públicas da Fundação Perseu Abramo do Partido dos Trabalhadores.

Curso Plano de Governo e Ações para Governar


Participantes do Curso em Ubatuba

sábado, 24 de agosto de 2013

Que sociedade temos e que sociedade queremos?

Fonte da Imagem: http://sublimeperfumes.blogspot.com.br


Quando olho para trás e vejo os anos passarem, só me dou conta disso quando olho no espelho e vejo as marcas do tempo, pois estou tão envolvido com a vida que nem dá tempo de ver o tempo passar. Sinto um orgulho danado de ter feito parte daquela turma de trabalhadores que desciam a Via Anchieta em São Bernardo do Campo ou ainda que se encontravam em frente à Bratemp para descer em passeata até o Paço Municipal. É como um filme, onde de alguma forma fazemos parte, não só do enredo, mas principalmente do elenco.

Naquele momento, jamais imaginaríamos que trinta e três anos depois, o Partido que ajudamos a criar governaria o país, centenas de cidades e alguns estados. O Partido criado com base nas lutas populares, na Teologia da Libertação e principalmente na luta dos trabalhadores cresceu e como todo processo de crescimento provou e prova de sonhos, mas também de alguns dissabores.

É utopia sonhar com uma sociedade igual para todos? É possível chegar a isso num país capitalista, de condições desiguais, apenas com algumas reformas? Quando se chega aos governos, consegue-se construir valores que seduzem a população? Afinal, que sociedade temos e que sociedade queremos?

Toda vez que tento responder perguntas desse tipo, me pego fazendo uma crítica profunda ao poder e principalmente de como quem chega a ele se comporta e aí, nem que seja por alguns minutos, me considero um discípulo de Bakunin, o pai do anarquismo e quando ouço o Sergio Cortela dizer “que o poder foi feito para servir e que todo poder, que ao invés de servir se serve é um poder que não serve”, fico mais convencido de que se o poder, no partido, nas instituições, na sociedade e principalmente no Estado, como concepção ampla, não tiver uma causa humanista que traga o ser humano como centro e isso possa servir de justificativa, será um poder apenas para servir a quem o está disputando e não para contribuir com mudanças de comportamentos, de valores e com a qualidade de vida das pessoas, principalmente às excluídas da sociedade consumista.

Se for verdade que viemos ao mundo para uma missão, também será verdade que se não a identificamos em tempo: ou viemos ao mundo a passeio ou teremos que voltar numa segunda chance para fazer o que deveríamos e não fizemos quando podíamos.

Como escreveu Paulo Freire no Livro “Essa Escola Chamada Vida”:

“Sonho com uma sociedade reinventando-se de baixo para cima, onde as massas populares tenham, na verdade, o direito de ter voz e não apenas o dever de escutar...uma sociedade, onde a exigência de justiça não signifique nenhuma limitação da liberdade e a plenitude da liberdade não signifique nenhuma restrição do dever de justiça”.

Só faz sentido uma mudança plena da sociedade se, em primeira instância, a solidariedade for o atributo principal na construção de novos valores.

Dá pra governar sem corrupção?



Estima-se que a corrupção no Brasil custe aos cofres públicos algo em torno de R$ 84,5 bilhões por ano, onde grande parte dessa quantia vai para os bolsos e contas no exterior e a outra parte é para financiar as campanhas milionárias. Um dos grandes argumentos de quem justifica essa prática, vem do alto custo das campanhas, que para fazê-las competitivas terão que ser investidas altas somas em dinheiro: carro, material, propaganda, apoiadores, etc.

A grande pergunta a ser feita, é se é possível participar de um processo eleitoral, de forma competitiva com baixo custo e o que fazer para combater, após a vitória: a indústria do lobismo, a "caixinha" para campanha e o desvio fácil.

Há quem afirme que não, pois vivemos numa sociedade de múltiplos interesses e portanto para participar do processo tem que entrar no jogo. Talvez eu seja um sonhador, talvez viva em outro mundo, mas aprendi com os clássicos e na militância política, que uma das formas de combater essas práticas e ampliar a força de um mandato e de uma candidatura é a participação popular, o envolvimento das pessoas em todo o processo, desde a campanha e principalmente após a vitória, com a garantia de governar juntos, através de conselhos e fóruns participativos.  Porém, como chamar a população para participar de um mandato, se esse necessita de recursos e as fontes são mercantilistas.

Vejo como um problema menor, embora com reserva, as empresas que doam espontaneamente para as campanhas eleitorais, pois penso logo em qual é o interesse e o preço a ser pago, mas seria de forma clara, com prestação de contas legais, apesar que bem que esse dinheiro poderia servir para a criação de um fundo conta a miséria, em cada município e administrado por om conselho municipal.

É sabido que não haveria corrupção sem o corruptor, ou seja, não haveria propina se as empresas não pagassem, porém como é uma via de mão dupla, todos se calam e ganham com o silêncio.

São por esses e outros fatos que existe a resistência da aprovação da Reforma Política e dentro dessa o financiamento público de campanha, que em regras gerais disciplinaria o processo político e deixaria os corruptos com "uma pulga atrás da orelha". Seria uma boa contribuição para o início de uma mudança radical no processo de escolha dos governantes, como também na reeducação política-popular, visando a apropriação de direitos como o de participação e de controle social.

Como fazer para mudar essa prática? Como envolver a população no processo político? Como moralizar a política e suas instâncias?

A resposta mais simples para essas perguntas está no fato de que só a participação levará à moralização, pois os eleitos sairiam de fato de setores participativos e portanto obrigados a prestarem contas para seus aliadados ou representados. 

Assim, toda vez que for criada uma instância  participativa séria, estará sendo dada uma enorme contribuição à cidadania e principalmente contra a corrupção, pois quem sabe o próximo eleito, seja de que cargo for, não sairá justamente desse agrupamento.

Mãos à obra!

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Quanto custa para uma prefeitura criar espaços democráticos de participação?


Após o povo brasileiro provar uma nova forma de governar, primeiro com o governo do ex-Presidente Lula e agora com a Presidenta Dilma, me arrisco a afirmar, que há uma nova onda no ar, pelo menos nos últimos anos, no que se refere a um certo interesse, já por um grande número de pessoas, a respeito da Gestão Pública, tratada anteriormente, quase que de forma geral, como “terra de ninguém”. É como se fosse uma grande inquietude governamental, onde mesmo aqueles gestores, que outrora desprezavam a própria existência da população e suas instituições representativas, tentam esboçar um ar de interesse pelos problemas populares, como se tivessem mudado de atitude em relação à população ou entendido que existem direitos que nunca foram cumpridos. 

Dá para afirmar que há uma mudança em curso? Se isso é verdade, o que mudou? A gestão ou os gestores? E os servidores públicos, como ficam nessa história? Como afirmar isso diante de um processo de desmonte das instituições, pregada diariamente pelo PIG (Partido da Imprensa Golpista), a mando de seus proprietários atrelados à elite conservadora nacional?

A resposta para algumas dessas perguntas, está diretamente ligada a atitude dos gestores, a quem estão atrelados, como se articularam para o processo eleitoral, como foi a escolha para composição do governo e outros fatores, onde alguns imaginam que uma vez eleitos, ganharam o direito de fazer o que querem em nome de seus eleitores e da população ou ainda que são detentores de tamanha sabedoria, capaz de adivinharem o que a população de fato necessita sem uma consulta prévia. Nesse processo, a gestão participativa não faz parte do imaginário desses gestores, pois defendem, com toda convicção, que a participação, com a forte alegação de que o povo não está preparado, ou não haveria participantes ou travaria a máquina pública e, portanto seus interesses.

Ao se falar em custo financeiro, sem se falar em custo social, é possível afirmar que, se por um lado existe um custo, compartilhado, mas considerável na criação, por exemplo, de uma Coordenadoria da Mulher, como deveria ser e como recomenda o Governo Federal, por outro nada custa a criação de um Fórum de Políticas Públicas da Mulher, assim como da juventude, da pessoa idosa, das pessoas com deficiência, da igualdade racial, etc., sem contar no Fórum dos Conselhos Gestores e das Entidades Representativas da sociedade, onde poderá se transformar num espaço democrático para a construção de Políticas Públicas Integradas e Participativas. Esses fóruns, acompanhados de suas conferências, planos municipais, conselhos específicos e fundos, construiriam de fato um referencial representativo e participativo, mesmo sem a observação da origem do público escolhido ou se fato representam seus segmentos, apenas para cumprir o direito constitucional da participação e do controle social.

Vale a pena a leitura de um artigo do Inesc, Ipea e Polis: Arquitetura da Participação no Brasil: uma leitura das representações políticas em espaços participativos nacionais, onde tece uma importante análise sobre o papel dos Conselhos Gestores e das Conferências Nacionais, com o principal objetivo de saber quem são os representantes da sociedade em instrumentos como esses e se de fato representam.   Leia aqui.


É a prática de um governo que define o modelo de gestão e, portanto, como afirma Rousseau: “Não há verdadeira democracia que seja apenas representativa: ou os cidadãos participam diretamente ou não há que se falar em governo democrático”. 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O que há por traz do chamado terceiro setor?




Quanto Vale ou é por Quilo?


Quando li o livro "O Consenso de Washington", de Paulo Nogueira Batista, que relatava entre outros dados importantes, qual era a missão dos ex-presidentes Collor e depois de Fernando Henrique e qual era a estratégia para implantar o projeto neoliberal no Brasil, vi claramente qual era o papel do chamado terceiro setor e quem estava por trás dessa trama. As ONGs serviriam de contexto político para substituir, na prática, o militante pelo voluntário, como se os problemas sociais fosse algo a ser superado com benevolência ou caridade. Nem precisa dizer qual foi o papel do PIG - Partido da Imprensa Golpista, precisa? Durante anos ouvimos, lemos e assistimos que bom mesmo era privatizar tudo. Passados alguns anos, ao ler o livro "A Privataria Tucana" sabemos o que ocorreu e quanto custou. A ordem era privatizar a qualquer custo.

Feito isso, tive um importante contato através de uma amiga de Americana, com o livro "Terceiro e Setor e Questão Social" de Carlos Montaño, que após uma pesquisa de 300 anos na história do Brasil, o autor, que é Professor na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, chega a conclusão que esse termo terceiro setor, tinha origem, destino e principalmente objetivo, ou seja: substituir o Estado em suas funções sociais, com o argumento que o mesmo estava quebrado e para isso era necessário que a sociedade organizada intervisse na situação. Vale ressaltar que tudo isso acontecia com o forte argumento de que tudo que público era do mal e tudo que era privador era do bem. Daí nasce a tese da necessidade da privatização.

Porém, se algo que deve ser divulgado é o filme "Quanto Vale ou é Por Quilo?". Simplesmente um filme polêmico e esclarecedor sobre essa temática, que nada tem a ver com as ONGs que nasceram dos movimentos sociais da década de 80, ou ainda aquelas que foram criadas a partir de um contexto social e com a participação da própria comunidade. Estou me referindo as INGs: Indivíduos-não-Governamentais, que usam as ONGs e o dinheiro público para resolverem seus próprios problemas. Quem não conhece alguém que é dono de uma ONG, de uma OSCIP ou ainda de uma Cooperativa? Caso alguém não conheça me fale que apresento algumas dessas pessoas. Posso garantir que não tenho o menor interesse em ter uma ONG e sim organizar as pessoas em seus espaços para que reivindiquem e conquistem seus direitos.

O filme em questão, foi produzido por Sergio Bianchi em 2005 e postado por Carlos Lima.

Clique no link para assistir:
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Não há ideologia maior que a solidariedade


Ouvi há pouco tempo de uma pessoa de 80 anos, que a maior ideologia é a solidariedade. Uma profunda frase, que jamais passará despercebida., principalmente pelo seu conteúdo.

Nós que sofremos com a ditadura, que lutamos por liberdade e que trabalhamos e defendemos uma sociedade justa, fraterna e igual para todos, temos em nosso DNA algo em comum: a solidariedade como expressão viva de todas as nossas atitudes.

Talvez seja por isso, que temos tanta dificuldade de entendermos a desvalorização das pessoas como forma de não promovê-las, as disputas internas quando sai do campo das ideias e passa a perseguição pessoal e a centralização de poder que alimenta a estrutura vertical, quando lutamos nossa vida inteira por uma forma de poder horizontal, onde as pessoas discutam responsabilidades e principalmente seus direitos.

Como uma forma de brindar a solidariedade, que deve ser a porta de entrada e saída para qualquer mudança na sociedade, posto esse belo vídeo, que mostra entre outras coisas, como uma atitude de solidariedade pode mudar o texto e contexto de qualquer situação. Bom dia a todos e todas.


Postado por Banco Sabadell

terça-feira, 20 de agosto de 2013

A Revolução dos Bichos

Olá pessoal

Finalmente um dos livros mais lidos pela militância política, agora também em filme: "A Revolução dos Bichos" do escritor George Orwel. Um verdadeiro clássico contra qualquer tipo de sociedade totalitária.

Os bichos fazem uma revolução e tomam o poder da fazenda, quando todos os animais de quatro patas eram iguais, porém, os porcos quando chegam ao poder, mudam as regras do jogo e impõem que alguns animais de quatro patas são mais iguais que os outros.

Vale a pena assistir:



Postado por Dtudo1Poco

Governo programático ou mercantilista?



Temos feito um debate interessante e intenso com os participantes do Curso Plano de Governo e Ações para Governar, sobre as principais diferenças entre um governo constituído a partir de bases programáticas e um governo com base mercantilista e o que leva um governante a escolher esse atalho, que Paulo Freire denominava, essa e outras práticas, como sendo o que é diabólico na política.

É bem verdade que numa sociedade capitalista, que ensina, que política, religião e futebol não se discutem, torna-se bem difícil criar uma concepção de poder compartilhada com a população, principalmente pelo fato das pessoas não dominarem os códigos do poder constituído e nem terem conhecimento do poder popular. Elegem seus virtuais representantes, em muitos casos, mesmo sem conhecê-los.

Temos chegado à conclusão de que, em regras gerais, parece óbvio que os governantes ganhariam mais, sob todos os aspectos se constituíssem seus governos com bases programáticas, a partir de um Plano de Governo discutido com a população, já durante a campanha eleitoral, fato esse que facilitaria, inclusive no processo de alianças para composição dos futuros governos. Porém, se parece obvio esse caminho, porque muitos governos se perdem no "toma lá, dá cá"?

A conclusão que se chega é a necessidade de se ganhar, em alguns casos, a qualquer custo, uma eleição e também o valor gasto em uma campanha eleitoral. A justificativa dada é que em regras gerais, torna-se impossível se ganhar uma eleição sem dinheiro. Logo alguns participantes levantam a dúvida: será??? Lembram que se a população fosse estimulada a participar e que se o candidato, a qualquer posto, fosse escolhido a partir de um referencial organizado, como seu legítimo representante, não haveria necessidade de investir tanto dinheiro e em muitos casos, de origem desconhecida ou duvidosa.

O grande questionamento que se faz, nesse e em outros casos é: se esse modelo de disputa eleitoral, consegue dar conta das demandas da sociedade e principalmente se a população se sente de fato representada. A contar pelo grande número de pessoas que estiveram nas ruas protestando, principalmente contra a corrupção e contra esse modelo do "toma lá, dá cá", podemos afirmar que políticos que pensam e agem dessa forma, terão sérios problemas num curto espaço de tempo. Quem viver, verá!

Que venha a Reforma Política e principalmente o financiamento público de campanha, pois se a população irá pagar a conta de qualquer forma, pelo menos saberá seu tamanho.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Curso Plano de Governo e Ações para Governar em Registro


Participantes do Curso em Registro -  SP

Ontem em Registro/SP, terminamos o 13º Curso "Plano de Governo e Ações para Governar", pela Fundação Perseu Abramo, com todo apoio de companheiros da Macro Vale do Ribeira, como a Noeli, o Claudio Garrafão, militante histórico e apaixonado pelo PT e tantos outros, além do companheiro Alexandre da Secretaria Estadual de Formação, que tem sido fundamental para os cursos em São Paulo.

Até agora estivemos em 5 Estados, 13 cidades sedes, 105 cidades presentes e 480 participantes.

O fato mais importante que me chamou a atenção nessa trajetória, além do carinho de companheiros locais, foi a gratidão exposta através nas avaliações, de praticamente todos os participantes, demonstrando, que muito mais importante que o próprio conteúdo, avaliado como de boa qualidade e de dar conta dos principais problemas vividos numa gestão pública, apontando possíveis soluções, é o fato do encontro, do debate e principalmente da integração que se estabelece. Fato esse responsável, inclusive, por um avaliação interna e com o objetivo principal de buscar respostas para o seguinte questionamento: "Que cidade temos e que cidade queremos", que ao meu ver se transforma no debate central do próprio curso.

Vale ressaltar, que apesar de estarmos num momento interessante no Partido, devido a disputa no PED (Processo de Eleições Diretas), que só o PT tem, que ocorrerá no final desse ano, com a participação de diversas Chapas das diversas correntes existentes no partido, o Curso sendo do Partido e da Fundação Perseu Abramo, é e deverá continuar sendo isento de qualquer disputa interna, seguindo como uma junção de valores e perspectivas futuras, a partir da visão de todas as forças que compõem o partido e trabalham para que ele seja cada vez melhor e cada vez mais defensor das causas das pessoas menos favorecidas e em especial de todos os trabalhadores.

Ser petista é antes de tudo, transformar nosso dia a dia numa eterna militância a partir da causa que escolhemos como projeto de vida.


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Porque algumas pessoas viram "monstros" quando chegam a qualquer tipo de poder?


Foram vários anos de pesquisa para entender algo que sempre me intrigava: porque o poder muda tanto a personalidade de algumas pessoas? Há um ditado popular que diz: "quer conhecer uma pessoa dê poder a ela", que talvez justifique para algumas pessoas, mas não explica. O poder é do bem ou do mal? 

Fazendo um recorte para o mundo da política e buscando um referencial que se aproxime do aceitável, no sentido de buscar respostas com mais propriedade, seria necessário uma profunda reflexão sobre a própria concepção de poder e provavelmente, um dos caminhos seria chegar à conclusão de que se o poder não estiver a serviço de uma causa coletiva,  humanista e de profunda transformação, inclusive no papel dos atores envolvidos no processo e ainda se o gestor também não tiver uma causa que justifique a ocupação do espaço para que foi eleito ou nomeado, é provável que haverá uma mudança de personalidade, como se fosse uma entidade a lhe possuir, pois sai do campo da obrigação ou da missão e passa para o universo da vaidade, onde o ter se sobrepõe ao ser.

Trata-se de um tema complexo a ser discutido, que envolve um mundo abstrato para quem dele usufrui se contrapondo ao mundo real, culturalmente educado para não participar, onde os cidadãos, apenas por obrigação, elegem seus pretensos representantes, na esperança de uma vida melhor.

Criei uma frase quando trabalhava numa prefeitura, no sentido de deixar claro para uma pessoa que estava apaixonada pelo poder, que tudo não passava de uma fantasia passageira: "O poder é como um saquinho de algodão doce".
É impossível alguém eleito ou nomeado saber o que a população pensa ou necessita, governando em gabinetes? Necessita portanto profundas mudanças de comportamento dos gestores e das pessoas, para que se entenda, que mesmo os representantes legais, para terem legitimidade, deveriam ser escolhidos a partir de referenciais participativos e prestarem constas periodicamente.

Um dos caminhos em busca da primeira pergunta, poderá ser encontrada no livro de Michel Foucault "Microfísica do Poder", onde o autor nos leva à compreensão, através de seus estudos, que o poder está à margem da loucura e assim, se o indivíduo não dominá-lo, é o poder que o incorpora.

Alem do livro, que vale a pena ler, achei um artigo do Ailton José da Silva, da Universidade Federal de São José del-Rei: "A ideia de poder em Foucault: o Estado e arte de governar", com uma interessante reflexão.

Lei o texto aqui. 


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Curso Plano de Governo e Ações para Governar


Participantes do curso em Manaus

A Bandeira do Meu Partido

Postado por Norian Segatto


A primeira vez que ouvi Jorge Mautner cantar essa canção foi no último comício do Lula, candidato a governador por São Paulo em 1982, na Praça Charles Miller no Pacaembu. Foi um momento mágico, onde um mar de gente, sentados ao chão, ouvia silenciosamente a projeção dos nossos sonhos através de uma música.


A bandeira do meu partido
é vermelha de um sonho antigo
cor da hora que se levanta
levanta agora, levanta aurora!

Leva esperança, minha bandeira
tu és criança a vida inteira
toda vermelha, sem uma listra
minha bandeira que é socialista!

Estandarte puro, da nova era
que todo mundo espera, espera
coração lindo, no céu flutuando
te amo sorrindo, te amo cantando!

Mas a bandeira do meu partido
vem entrelaçada com outra bandeira
a mais bela, a primeira
verde-amarela, a bandeira brasileira!

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Três Episódios da História Política Brasileira



Censura das Músicas na Ditadura Militar (Postado por John Valente)




Resposta da Ministra Dilma para o Senador Agripino Maia (Postado por Thiago Silva)





Henfil - Cartas da Mãe (Postado por Julian Acosta)

Tucanos mentem quando dizem que não sabiam do escândalo do metrô

Postado por jorbacdc

O vídeo a seguir mostra o Jornalista Ricardo Feltrin da Folha de São Paulo, fazendo uma denúncia do cartel na licitação de uma das linhas do metrô de São Paulo. O jornal já sabia quem seriam os vencedores, mesmo antes dos envelopes serem abertos.

Data da Denúncia: : 20 de abril de 2010 às 12h25min

O caso foi abafado na época e só veio à tona após a denúncia da Siemens.


Assista o vídeo no link:




Fundação Perseu Abramo lança análise com base no IDHM sobre o comportamento dos municípios administrados pelo PT




A análise da Fundação Perseu Abramo faz parte da quarta edição da FPA Comunica e dessa vez mostrando o comportamento e evolução do IDHM - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (mede o desenvolvimento humano com base em três componentes: expectativa de vida ao nascer, educação e renda per capta), nos municípios administrados pelo Partido dos Trabalhadores em relação aos demais, desde o ano 2000.

A pesquisa revela que o Modo Petista de Governar faz uma grande diferença na qualidade de vida da população, principalmente para as pessoas que mais precisam.

Lei a apresentação da pesquisa aqui e depois baixe em pdf aqui esse importante documento.

Curso Plano de Governo e Ações para Governar


Participantes do curso em Anagé-BA

Paulo Freire - O Simbólico e o Diabólico na Política


Paulo Freire conseguiu nessa palestra expressar, com sábias palavras, o enigma do bem e do mal no universo da política e do poder.

Para ele, o diabólico transita diariamente nos bastidores do poder, disfarçado em disputas, invejas e apropriação do imaginário das pessoas, através da teoria da conspiração, porém por outro lado, a boa política atua através do simbólico, envolvendo pessoas comprometidas com uma mudança efetiva da sociedade e melhorando a qualidade de vida das pessoas.

Um grande desafio no universo da política será a transformação do velho discurso em práticas exitosas que sejam capazes de seduzir a população, diminuindo a distância entre a teoria e a prática e fazer com que essa sedução contribua para mudanças culturais, onde todos os atores sociais atuem na construção e fiscalização das políticas públicas.

O vídeo a seguir é a palestra proferida, na íntegra, na PUC São Paulo.


Assista o vídeo e faça seu comentário.




terça-feira, 13 de agosto de 2013

A quem pertence os mandatos?



Pertencem aos políticos eleitos ou aos partidos? E a população como fica?

Antes de abordar esse assunto, se faz necessário entender que há uma necessidade por parte da direita e da elite dominante, de descaracterizar as instituições, principalmente as representativas dos trabalhadores, como os sindicatos e entidades de moradores, por exemplo e principalmente os partidos políticos, numa alusão clara de desconstruir o interesse da população em participar de qualquer processo de poder, remetendo as insatisfações dos cidadãos, ou para a caracterização de que todo político é igual, ou apenas para o processo representativo, provocando na população um desconforto que votaram errado ou ainda que não sabem votar. Essa desconstrução do processo democrático é propagandeado todos os dias, através dos grandes veículos de comunicação, que têm dono, lado e cumpre o papel de enganar a população, passando a impressão de serem mediadores dos principais assuntos ou ainda de serem donos da verdade.

O que está por trás dessa atitude? Uma das evidências é o fato da necessidade de esconder os códigos do poder,com a justificativa de que política não se discute, justamente para que a população passe a acreditar que tudo o que é ligado à política é ruim e que a existência dos políticos da política, não se trata de algo necessário e sim obrigatório, justificando a tese de que como todos os políticos são iguais, vota-se em qualquer um. Porém, o que seria isso se não um golpe? Como se constrói um processo democrático sem a participação da sociedade? Como fazer com que a população entenda a necessidade de participar, justamente para separar o "joio" do "trigo"? Com esse cenário, a população aprende muito cedo que política é para políticos e não para gente de bem.

Diante dessa análise, qual é então o papel dos políticos? Porque a maioria deles ao se eleger esquece completamente seus eleitores e ainda, porque muitos deles não governa ou legisla com seu partido de origem?

Trata-se de uma discussão cultural, antes de ser de ordem política, justamente pelo fato do distanciamento da população de algo que não dominam, afastando qualquer possibilidade de participação, restando apenas as cobranças ou ainda a teoria da conspiração. Com isso, facilita e muito o papel de falsos políticos, que ao invés de representarem os anseios da população, representam apenas seus interesses particulares ou do seu grupo de  apoio, sem contar que alguns partidos são formados e vendidos no processo eleitoral. apenas para sediar um grupo na disputa eleitoral, sem nenhuma convicção a não ser o interesse de se dar bem, que na verdade se constitui no principal fator de corrupção.

O que fazer diante de tudo isso? Fomentar o direito de participação e de controle social, fazendo com que esses direitos constitucionais, saiam do papel e se constituam em direitos fundamentais no processo de transparência e mudanças efetivas na qualidade de vida da população, principalmente aos cidadãos que mais precisam.

Defendo a ideia de que não há outra forma, num país capitalista, a não ser da existência de partidos e instituições representativas, porém defendo também a ideia de que qualquer mandato, pertence ao seu partido, mas sobretudo à população que elegeu seu pretenso representante.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Curso Plano de Governo e Ações para Governar


Participantes do Curso em Ibicaraí - BA

Economia Solidária

Num país capitalista, onde a lógica de crescimento é individual e não coletiva, surge uma nova forma de economia. Trata-se de negócios solidários, conhecida popularmente por Economia Solidária, onde duas ou mais pessoas se juntam para produzir trabalho e renda. 

Estima-se que existam na atualidade mais de 12 milhões de pessoas vivendo da Economia Solidária, com vários tipos de ações e produtos, desconstruindo passo a passo a lógica perversa do individualismo.

O Governo Federal criou a SENAES - Secretaria Nacional de Economia Solidária, com todas as informações a apoio para esse importante setor da sociedade, onde por muito tempo foram marginalizados e ainda hoje são em alguns estados e municípios, como o Estado de São Paulo, por exemplo, onde o Governo ignora a existência desse setor na economia.

Conheça mais sobre o assunto assistindo o vídeo a seguir:


domingo, 11 de agosto de 2013

sábado, 10 de agosto de 2013

Encontro das Macros do Interior de São Paulo em Bauru



Mais de 2000 militantes estiveram presentes na abertura, onde o Ex-Presidente Lula fez uma ampla reflexão do momento do país, além das tarefas que o Partido dos Trabalhadores, seus dirigente e militantes tem para garantir a continuidade do modo petista de governar e da necessidade de mudanças em São Paulo, onde o governo está "atolado" em megas denúncias.

No dia de hoje, 500 delegados de todas as Macros, discutiram e aprovaram um Plano de Ação para o interior do Estado de São Paulo.

Leia a matéria completa aqui e aqui

Um passeio pelos escândalos do Governo de São Paulo


Curso Plano de Governo e Ações para Governar


Participantes do Curso em Teixeira de Freitas - BA

Participação

O Analfabeto Político

Nossas cidades são bombas sociológicas



A afirmação é da urbanista da universidade de São Paulo - USP, Ermínia Maricato. Segundo ela a maioria das cidades brasileiras estão entregues ao caos. Infelizmente os interesses das corporações e do mercado imobiliário, se sobressai sobre a necessidade de milhares de pessoas, que antes de qualquer coisa, moram mal. É necessário uma ampla Reforma Urbana e participativa, com a implantação de instrumentos do Estatuto da Cidades e do Plano Nacional de Mobilidade Urbana, entre outros.

Clique aqui para ler na íntegra a entrevista da urbanista para a Revista Teoria e Debate.


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Rádio Comunitária Repesa FM em São Bernardo do Campo




A Rádio Comunitária Jardim Represa 87.5 de São Bernardo do Campo é uma parceria entre os moradores do bairro e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. O objetivo é contar com participação da comunidade na programação.

A Rádio foi criada em 2011.

Curso Plano de Governo e Ações para Governar


Participantes do Curso em Ribeirão Preto



Próxima etapa:

  • Dias 16 e 17 de agosto em Registro - Macro Vale do Ribeira

História do Folclore Brasileiro

Folclore Brasileiro em Animação

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Pesquisa Nacional sobre Perfil e Opinião da Juventude Brasileira



O que pensa a juventude brasileira

Segundo a SNJ _ Secretaria Nacional de Juventude, a pesquisa tem por objetivo conhecer os interesses e o comportamento da juventude. Aplicada entre abril e maio de 201 foram ouvidos  3,3 mil jovens, com idade entre 15 e 29 anos, distribuídos em 187 municípios, incluindo capitais, interior, áreas urbanas e rurais, nos 27 estados brasileiros. 

Acesse a pesquisa completa clicando aqui

Um bom governo deixa um Capital Social capaz de suprir uma sucessão ruim?



Após o trabalho que fizemos na cidade de Artur Nogueira, como Secretário de Planejamento Estratégico e com o Grupo Gestor de Integração e Planejamento, que pode ser entendido como uma nova forma de governar, onde mais de 100 funcionários públicos se envolveram, realizamos 71 eventos, além de resultados expressivos na formulação de Políticas Públicas, fico me perguntando o que restou no imaginário dos participantes que permaneceram no governo e da população envolvida no processo de gestão, que sirva de elemento de mudança de comportamento e interesse na continuidade do processo participativo.

Será que um trabalho nesse porte, consegue influenciar na tomada de decisões, mesmo diante de uma gestão totalmente contrária a que estava no comando? Será que é capaz de mudar a visão de alguns servidores de carreira, que ainda enxergam a máquina pública como uma "terra de ninguém"? Os cidadãos que participaram dos eventos e outras ações cobrarão dos atuais gestores participação nas Políticas Públicas ou não entenderam o processo e apenas ficarão esperando por seus novos representantes? Será que o governo como todo tinha de fato uma identidade com a população que justificasse a continuidade do modelo de gestão adotado?

São respostas que talvez nem o tempo dirá, mas o que importa nessa reflexão é procurarmos entender porque um governo bem avaliado não é reeleito ou não faz a sucessão e muito mais ainda se a população agirá ou reagirá para que o que foi bom permaneça e haja melhoria contínua na qualidade dos serviços prestados por seus representantes.

Algumas hipóteses a serem estudadas:
  1. A falta de comunicação e a linguagem estabelecida pelo governo impediram que servidores públicos e a população se aproximassem do núcleo central de poder e da formulação das Políticas Públicas;
  2. A gestão participativa foi tímida, com governo centralizado no gabinete e sem envolvimento direto com a população ou ainda sem encaminhamentos concretos nas decisões aprovadas;
  3. Os representantes da sociedade, quando nas instâncias de poder, governam e legislam para si, distantes dos partidos e principalmente da população;
  4. A cultura da representatividade afasta a possibilidade de participação, com medo de competitividade.
Seja quais forem as respostas obtidas a partir de uma pesquisa elaborada com os atores envolvidos, nunca saberemos ao certo o que impera na hora do voto, principalmente pelo fato da cultura da cobrança ou o pior, da cultura da conivência com a promiscuidade, em troca de pequenos favores, que no fundo não passam de um estágio inicial de corrupção, por ação ou por omissão.

No meu entendimento só será possível avaliar o capital social gerado a partir de um governo, se houver transparência no governo, se os servidores públicos forem tratados como profissionais e entenderem a missão e principalmente se população for preparada para a participação e para o controle social e elegerem seus representantes a partir de referenciais participativos. 

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Adoniran Barbosa e Elis Regina



Gestão Pública também é cultura

Uma palhinha nesse vídeo raro, disponibilizado no Youtube, de um descontraído encontro entre essas duas belíssimas figuras.

Curso Plano de Governo e Ações para Governar


Participantes do Curso em Charqueada/SP

Estatuto da Juventude é sancionado pela Presidenta Dilma



A juventude brasileira, protagonista de um dos maiores levantes populares da história recente do país, agora tem um Estatuto, que lhe garante direitos e principalmente novas oportunidades.

Para que esse Estatuto tenha vida, se faz necessário que Estados e Municípios criem Políticas Públicas de Juventude, de forma participativa, capazes de envolver o segmento e criar perspectivas de vida.


Algumas Ações de Governo que poderão ser criadas e implantadas:


  • Fórum da Juventude
  • Conselho e Fundo de Políticas de Juventude
  • Ações Integradas com as demais áreas de governo


Seguem abaixo links com as principais informações:

Blog Brasil.gov
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-08-05/dilma-sanciona-estatuto-da-juventude

Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-08-05/dilma-sanciona-estatuto-da-juventude

Secretaria Nacional de Juventude
http://www.juventude.gov.br/

Conselho Nacional da Juventude
http://www.juventude.gov.br/conjuve/noticias/2013/04/26-04-2013-conheca-o-texto-do-estatuto-da-juventude-aprovado-no-senado-federal-1

Programa Estação Juventude para Estados e Municípios
http://www.juventude.gov.br/estacao-juventude

Guia de Políticas Públicas de Juventude
http://www.juventude.gov.br/guia

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Curso Plano de Governo e Ações para Governar



Participantes do Curso em Cuiabá

O Orçamento Participativo como parte da Arquitetura da Participação



Durante os cursos que tenho realizado pela Fundação Perseu Abramo nas prefeituras que o Partido dos Trabalhadores governa, é vice ou faz parte, costumo abrir discussão sobre o fato do porque de alguns prefeitos fazerem o Orçamento Participativo nos primeiros quatro anos e não mais no segundo mandato, quando reeleitos.

Observo que o Orçamento Participativo, popularmente chamado de "OP", por fazer parte do processo de uma gestão participativa, necessita de outras ferramentas participativas como base de apoio, onde a população discuta as questões específicas nesse fóruns e quando da participação do OP, a discussão tenha como elemento principal a situação financeira da prefeitura e a aplicação de recursos, a partir das demandas apresentadas nas plenárias.

Tenho defendido também que no meu entendimento, facilitaria o entendimento da população se o processo de gestão financeira participativa tivesse início pelo PPA  e não pelo OP, com a visão de que como o PPA se caracteriza como um planejamento financeiro de Governo, teria mais mobilidade de remanejamento.

De qualquer modo, imagino que só é possível realizar uma gestão financeira participativa com mais tranquilidade, primeiro se for feita uma discussão interna, com técnicos, gestores e servidores, principalmente para que se passe a ideia da necessidade da integração de governo e segundo criando novos instrumentos que possibilite diluir as resistências existentes e realizar ou justificar nas plenárias as ações prioritárias na visão da população.

Instrumentos da Arquitetura da Participação: