Mensagem

Faça seu comentário no link abaixo da matéria publicada.

sábado, 24 de agosto de 2013

Dá pra governar sem corrupção?



Estima-se que a corrupção no Brasil custe aos cofres públicos algo em torno de R$ 84,5 bilhões por ano, onde grande parte dessa quantia vai para os bolsos e contas no exterior e a outra parte é para financiar as campanhas milionárias. Um dos grandes argumentos de quem justifica essa prática, vem do alto custo das campanhas, que para fazê-las competitivas terão que ser investidas altas somas em dinheiro: carro, material, propaganda, apoiadores, etc.

A grande pergunta a ser feita, é se é possível participar de um processo eleitoral, de forma competitiva com baixo custo e o que fazer para combater, após a vitória: a indústria do lobismo, a "caixinha" para campanha e o desvio fácil.

Há quem afirme que não, pois vivemos numa sociedade de múltiplos interesses e portanto para participar do processo tem que entrar no jogo. Talvez eu seja um sonhador, talvez viva em outro mundo, mas aprendi com os clássicos e na militância política, que uma das formas de combater essas práticas e ampliar a força de um mandato e de uma candidatura é a participação popular, o envolvimento das pessoas em todo o processo, desde a campanha e principalmente após a vitória, com a garantia de governar juntos, através de conselhos e fóruns participativos.  Porém, como chamar a população para participar de um mandato, se esse necessita de recursos e as fontes são mercantilistas.

Vejo como um problema menor, embora com reserva, as empresas que doam espontaneamente para as campanhas eleitorais, pois penso logo em qual é o interesse e o preço a ser pago, mas seria de forma clara, com prestação de contas legais, apesar que bem que esse dinheiro poderia servir para a criação de um fundo conta a miséria, em cada município e administrado por om conselho municipal.

É sabido que não haveria corrupção sem o corruptor, ou seja, não haveria propina se as empresas não pagassem, porém como é uma via de mão dupla, todos se calam e ganham com o silêncio.

São por esses e outros fatos que existe a resistência da aprovação da Reforma Política e dentro dessa o financiamento público de campanha, que em regras gerais disciplinaria o processo político e deixaria os corruptos com "uma pulga atrás da orelha". Seria uma boa contribuição para o início de uma mudança radical no processo de escolha dos governantes, como também na reeducação política-popular, visando a apropriação de direitos como o de participação e de controle social.

Como fazer para mudar essa prática? Como envolver a população no processo político? Como moralizar a política e suas instâncias?

A resposta mais simples para essas perguntas está no fato de que só a participação levará à moralização, pois os eleitos sairiam de fato de setores participativos e portanto obrigados a prestarem contas para seus aliadados ou representados. 

Assim, toda vez que for criada uma instância  participativa séria, estará sendo dada uma enorme contribuição à cidadania e principalmente contra a corrupção, pois quem sabe o próximo eleito, seja de que cargo for, não sairá justamente desse agrupamento.

Mãos à obra!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça seu comentário sobre o Post