Mensagem

Faça seu comentário no link abaixo da matéria publicada.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Governo programático ou mercantilista?



Temos feito um debate interessante e intenso com os participantes do Curso Plano de Governo e Ações para Governar, sobre as principais diferenças entre um governo constituído a partir de bases programáticas e um governo com base mercantilista e o que leva um governante a escolher esse atalho, que Paulo Freire denominava, essa e outras práticas, como sendo o que é diabólico na política.

É bem verdade que numa sociedade capitalista, que ensina, que política, religião e futebol não se discutem, torna-se bem difícil criar uma concepção de poder compartilhada com a população, principalmente pelo fato das pessoas não dominarem os códigos do poder constituído e nem terem conhecimento do poder popular. Elegem seus virtuais representantes, em muitos casos, mesmo sem conhecê-los.

Temos chegado à conclusão de que, em regras gerais, parece óbvio que os governantes ganhariam mais, sob todos os aspectos se constituíssem seus governos com bases programáticas, a partir de um Plano de Governo discutido com a população, já durante a campanha eleitoral, fato esse que facilitaria, inclusive no processo de alianças para composição dos futuros governos. Porém, se parece obvio esse caminho, porque muitos governos se perdem no "toma lá, dá cá"?

A conclusão que se chega é a necessidade de se ganhar, em alguns casos, a qualquer custo, uma eleição e também o valor gasto em uma campanha eleitoral. A justificativa dada é que em regras gerais, torna-se impossível se ganhar uma eleição sem dinheiro. Logo alguns participantes levantam a dúvida: será??? Lembram que se a população fosse estimulada a participar e que se o candidato, a qualquer posto, fosse escolhido a partir de um referencial organizado, como seu legítimo representante, não haveria necessidade de investir tanto dinheiro e em muitos casos, de origem desconhecida ou duvidosa.

O grande questionamento que se faz, nesse e em outros casos é: se esse modelo de disputa eleitoral, consegue dar conta das demandas da sociedade e principalmente se a população se sente de fato representada. A contar pelo grande número de pessoas que estiveram nas ruas protestando, principalmente contra a corrupção e contra esse modelo do "toma lá, dá cá", podemos afirmar que políticos que pensam e agem dessa forma, terão sérios problemas num curto espaço de tempo. Quem viver, verá!

Que venha a Reforma Política e principalmente o financiamento público de campanha, pois se a população irá pagar a conta de qualquer forma, pelo menos saberá seu tamanho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça seu comentário sobre o Post