Há 20 dias da
chegada da Primavera a natureza pede passagem. Foi assim nesse cenário do ano
passado, quando a vida pulsava e queria mais e será outras vezes até que essas
árvores esmoreçam.
Para que se
complete mais um ciclo da vida, aí vai um pedido: “Mãe natureza trazei o sol novamente
para aquecer os nossos corpos e através de sua beleza e esplendor se aquece
também a alma, que segue em vida para que fique novamente em brisa”.
No cenário particular
flores amarelas ao chão formando um lindo tapete e beirando a cerca novas
flores que se abrem, colorindo um passeio imaginário de plena cor.
De manhã gotas
de orvalho nas plantas rasteiras, que nos faziam molhar os pés, que hoje caminham
rumo à imaginação, nos fazendo refletir que a vida pulsa em qualquer canto ou
recanto onde exista um toque sutil de amor pelo ato de viver.
Ao fechar os
olhos, vem à lembrança: “Por onde andam os viajantes que outrora se faziam
presentes?” Quem sabe estejam na caminhada em busca de luzes para se viver, ou
partiram para um novo mundo, onde a luz se faz permanente...
As flores sutilmente
revelam que para se formar um jardim, não basta só plantar. É preciso regar,
adubar e cuidar todos os dias, num processo de simbiose de troca de amorosidade,
pois quem não cuida em detalhes de um jardim físico de casa, ou despreza o que
foi plantado, jamais cuidará ou manterá um Jardim da Alma.
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico, Escritor e Pesquisador em Gestão Social