Postagem: TV Brasil
Postagem: Rallyson Lacet
No ano que completa 51 anos, o Método Paulo Freire, considerado revolucionário por educadores de várias partes do mundo e subversivo pelo detentores do golpe militar, que se apropriou do país, principalmente porque levava ao entendimento que os métodos tradicionais, além de não seduzirem a população analfabeta, principalmente a adulta, não educavam sob o ponto de vista de uma educação libertadora, onde o conhecimento e a experiência de vida possibilitava um caminho para a sabedoria. Segundo ele, as cartilhas tradicionais apenas ensinava, mas não educava, com um grupo de professores sem perspectiva de vida e não educadores.
Para as pessoas mais vividas, quem não se lembra do Mobral, criado em 1967 pelos militares para fazer frente ao Método Paulo Freire. Um método arcaico, com professores monitorados pelos SNI e alunos desanimados. Algo sem vida.
Ao contrário, o Método Paulo Freire, era a própria vida, traduzida de forma compartilhada em pequenos sonhos, onde o saber era a própria luz. Partia da realidade de cada comunidade e a partir da apropriação de palavras comuns aos participantes. O resultado era surpreendente: em tempo recorde, em média 45 horas, homens e mulheres saiam lendo e escrevendo, como num passe de mágica. Era um verdadeiro ato de amor.
Como ele mesmo afirmava é necessário amar as pessoas e a vida para que se possa sonhar com um novo mundo.
“Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade”.
Antonio Lopes Cordeiro
Pesquisador em Gestão Pública e Social
Laboratório de Gestão e Políticas Públicas - Fundação Perseu Abramo
Laboratório de Gestão e Políticas Públicas - Fundação Perseu Abramo
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