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quinta-feira, 6 de junho de 2024

Bem-vinda senhora velhice...!

 

Ontem fui criança, jovem e de meia idade e depois o tempo voou em direção ao futuro, de forma tão veloz que nem vi ele passar. Hoje perto de completar sete décadas de existência me deparo contigo frente a frente e me preparo de todas as formas para que a nossa convivência seja a melhor que eu mereça ter...

Como te definir? Quem sabe como um tempo de descida da escada da vida, onde para muitas pessoas se torna um tempo de puro sofrimento, porém, quando tudo caminha a contento dentro da lógica da vida, tu és um grande presente antes da partida final.

És temida por muita gente, pois geras grandes mudanças na aparência visual, sendo que muita gente só vive disso, além de necessitares de atenção especial com a saúde, o que faz com que os convênios médicos escrotos, nem queiram pessoas com mais de sessenta anos ou cobram um valor fora da realidade, além de pagarem seus representantes gestores ou legisladores para precarizarem cada vez mais a saúde pública.

Vamos combinar? Chegues calma e me faças viver e reviver as coisas que aprendi a gostar, assim como me fortaleças para que eu continue lutando contra todas as formas de discriminação, violência, mentiras e descasos que assolam esse Brasil de meu Deus.

Sentindo a tua presença, passa um longo filme pela minha cabeça, me fazendo lembrar dos diversos erros e acertos, pelos quais passei, num desfile de atos, fatos e lembranças, como se houvesse uma vitrine guardando toda a minha história de vida até aqui.

Depois de tantas perdas de quem não conseguiu conviver contigo, fecho os olhos e agradeço todos os dias por continuar em vida e bem, compartilhando o meu tempo de agora com as pessoas que amo e esperando ansioso para pegar na mão do Heitor e sair em brincadeiras por horas a fio, onde nem veremos o tempo passar...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni Cordeiro)
Estatístico, Escritor e Pesquisador em Gestão Social


Tempo...Tempo...Tempo... Ainda dá tempo?

 

Tempo de que? Tempo para que?

Tempos de criança com brincadeiras que não voltam mais. Sobraram as lembranças que o tempo levou e as crianças de hoje viraram a alma dos negócios. Tempo de se contar histórias, de um tempo que parecia não passar e a dona felicidade nos visitava todo dia.
Tempo de idas e vindas, de amores e de sabores, onde o ato de se comemorar a vida, com tanta gente que já se foi, soa como uma canção de ninar, daquelas que ficam em nossas mentes nos dizendo que o melhor ainda está por vir.
Tempo de maldade, de calamidade e de novas maldades impulsionadas por uma parte dos seres humanos que as criou. Tempos de guerra, tempo da verdade que morre a cada dia, mas tempo também de se andar de mãos dadas, com outras pessoas que vieram para completar as nossas histórias de vida.
Tempo que foi, tempo que é e tempo ainda para se cuidar das flores plantadas no jardim da alma que é preciso regar. Tempo de vida. Tempo de lida. Tempo para se lidar com a vida e tempo para se viver enquanto a vida nos brindar...
Fecho os olhos e me permito viajar a um outro tempo. Tempo no campo, água de rio, fogão a lenha, cheiro de terra molhada em dias de chuva e antes que a chuva se fosse banho num terreiro de terra batida, onde o coração batia mais forte...
O que é mesmo o tempo? Eu o sinto como uma linha imaginária que vai definindo quem somos, o que somos e para que viemos e por mais que tenhamos tempo, o fim é uma radicalidade que transgride a nossa forma de pensar e de agir.
Em plena linha do tempo, eu vivo, tu vives e nós vivemos, pois a vida só tem mesmo graça se tudo que fizermos tiver uma mão amiga que afaga, um coração valente que enfrenta junto e uma alma buscando companhia com jeito de felicidade onde possamos ancorar o nosso barquinho nas viagens aos rios da vida.
Antonio Lopes Cordeiro (Toni Cordeiro)
Estatístico, Escritor e Pesquisador em Gestão Social

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Um toque de divindade no ar...

 

Uma plantinha. Um lugar. Um toque no ar. Uma mensagem. Uma história. Uma pequena conexão sugerindo que dois mundos se uniram para compor um novo cenário, nos avisando que a natureza relata o que sente em pequenos gestos ou em mudanças de cor.

Em seu respiro a natureza vai dando seu tom.O verde é vida. O amarelo é atenção e a cor marrom nas folhas diz que chegou ao fim. Entre uma cor e outra a possibilidade de se mudar, de se cuidar e principalmente de se fazer vida, onde a vida perdure até seu último respiro.

Que mensagem essas plantinhas juntas nos trouxeram se juntando num espaço cuidado há anos? Quem sabe um pequeno aviso de que a paz reina nas vidas que se somaram em flor e que um segundo encontro pode ter ocorrido além das nuvens onde não podemos tocar.

É algo subliminar diante dos nossos conhecimentos, gerando suposições de que algo inusitado aconteceu, porém nos pondo em alerta de que há vida, além da vida, onde os pontos se encontram e nas sublinhas estão as respostas de muitas das nossas dúvidas.

Dizem que por trás dos verdes montes moram as incertezas, mas ao pôr do sol ou quando ele nasce anunciando um novo dia, moram nossos sonhos, onde tudo é permitido, até mesmo achar que somos imortais por um instante e desejarmos que só coisas boas nos aconteçam.

Assim, amanhã quando o dia raiar vou correndo saudar o que não se esperava acontecer, onde o verde dá o tom com um ar de recepção e nossas almas vão vivenciando o que nossas mentes projetam e as nossas crenças as mantém vivas...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni Cordeiro) Estatístico, Escritor e Pesquisador em Gestão Social











sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Que brilho é aquele no céu?


É uma estrela? Há rumores que sim. Contam os espíritos de luz que uma linda estrela acabou de chegar no plano superior e juntou-se às estrelas próximas a ela formando uma nova constelação, onde o fim da vida física se mistura com a continuidade de uma nova vida.

De quem se trata? De alguém com luz própria, capaz de iluminar uma vida inteira. Viveu com toda intensidade, uma vida de cores, de sabores e de muita arrumação, onde uma vírgula significava apenas o intervalo entre duas formas de construção do cenário que a agradasse.

Foi vida. Foi carinho. Foi resultado do que cuidou em seus inúmeros detalhes, onde o real misturava-se com as preocupações de tornar belo o que era visível, passando a ser algo que pudéssemos enxergar e aprendêssemos todos os dias e isso a fez mestra em tudo que tocou.

Foi amada por muitas pessoas e amou infinitamente a quem fazia parte de sua vida e a quem dela se aproximou. Ausentou-se do cenário cotidiano por muito tempo e foi cuidar da terra, das plantas, das flores, do espaço de leitura público que servia meninos e meninas do bairro, do espaço infantil que construiu e do jardim da alma, onde tudo floresce quando se trata com amor. Como resultado, um cenário incrível, onde cada detalhe conta um pouco de sua história.

Ações misturadas com inquietudes. Tom firme ao falar de coisas reais e defendia que viemos ao mundo para servir e serviu. Tudo em tempo antes de se tornar mais uma estrela no céu, onde habita o que não temos ainda capacidade de entender de forma plena.

Ao seguir viagem para o outro plano deixou nossos corações batendo em descompasso e em nossas mentes suas várias lembranças e seu bonito legado de vida.

Dizem que a terra treme e o céu se ilumina quando alguém de muita luz parte para o plano superior. Por certo tudo isso aconteceu na manhã de segunda feira e nós nem percebemos, pois estávamos envolvidos com a dor da partida.

Obrigado Verângela Raposo Grazioli por tudo. Foi um grande aprendizado amoroso o que conseguimos viver juntos. Quem sabe essas eram as nossas missões...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni Cordeiro)
Estatístico, Escritor e Pesquisador em Gestão Social

domingo, 31 de dezembro de 2023

O que esperar do novo ano?

Saímos das trevas, sentindo de perto o calor infernal como era e renascemos para uma nova vida nesse ano que está para terminar, vindos de uma terra arrasada, bombardeada por Fake News, com mil descasos e com o luto de mais de 700 mil pessoas que nos deixaram, sendo a maioria por desprezo do infeliz genocida, quem sabe bem antes de suas horas de vida.

Distanciamo-nos de algumas pessoas pelas nossas diferenças políticas e de outras porque já não fazem mais parte do nosso universo diário e juntamos os cacos que sobrou do lamaçal que o país se encontrava. Sacudimos a poeira e seguimos viagem rumo aos nossos sonhos.

Subimos nos melhores pontos das cidades para ver a multidão vermelha passar, lutamos muito para que a nossa conquista pudesse acontecer e ao olhar nos espelhos da vida contando os dias que já se passaram, nos sentimos orgulhosos de nunca termos mudado de lado ou de posição.

O que esperar do novo ano? Continuar em luta contra o ódio, construir novos relacionamentos, degustar todas as conquistas que estamos tendo e saudar todas as manhãs dos dias vindouros, celebrando o encontro entre os sonhos e a realidade, saudando principalmente o ato de viver.

Continuaremos caminhando em direções diferentes de muita gente, pois sonhamos com um novo mundo, onde caibam as nossas esperanças e a igualdade, a solidariedade e a fraternidade sejam de fato o que nos une e não fragmentos do que apenas algumas pessoas desfrutam.

Pintaremos o ano novo com gestos, afetos, amizades sinceras e estaremos envolvidos e envolvidas com todas as mudanças que vierem a ocorrer, representadas nesse momento por um forte abraço, dizendo para quem está à nossa frente de que o melhor que sonhávamos está em curso, vinda numa noite épica, onde o vermelho deu o tom da conversa e dos cenários e o céu azul ficou estrelado apontando para um novo amanhã.

Bem-vindo 2024!

Antonio Lopes Cordeiro
Estatístico, Escritor e Pesquisador em Gestão Social

terça-feira, 28 de novembro de 2023

Era uma tarde de sol...

 

Perto do sol se por. O céu avermelhado, com ondas nas nuvens. Um belo cenário para se viver e absorver tudo que a natureza nos oferecia gratuitamente.

Do lado esquerdo uma bela paisagem, com uma mistura de verde em várias tonalidades. De repente um sagui apressado subiu numa das árvores para se defender e ficou o momento em que bicho e humanos se cruzaram com o olhar, mas a uma distância segura.

Um acorde no violão rascunhando o que poderia ser o som de uma música e como não saia, o jeito foi cantarolar. Algo que fizesse bem aos ouvidos e ao mesmo tempo pudesse levar quem ouvisse a um mundo onde a razão de viver se confundisse com os sonhos contidos.

Um momento, uma voz, um clarão e logo veio a chuva. Uma tempestade lavou o chão, molhou as árvores e lavou junto nossas almas que andam inquietas por não saber o que será o amanhã.

Logo veio a noite e com ela a vontade de se deitar e descansar, mas antes havia um acordo de recitar uma poesia, que acalmasse a mente e fizesse o coração bater mais forte.

Depois de listar tudo que se conhecia, veio Neruda que dizia: “A vida esconde nos lugares mais simples sua grande beleza, que revela qual o significado de por que persistimos em continuar vivendo”. Neruda passando um importante recado ao ato de viver.

Assim foi e assim será. Um dia, uma noite e logo ali bem perto de nós pode estar o segredo de uma vida simples e confortável, onde o pôr do sol faça parte do fim do dia e o raiar de um novo dia nos leve ao mundo das fantasias, onde viver, brincar, amar se confunda com o tempo de vida e de se viver...           

Antonio Lopes Cordeiro (Toni Cordeiro)
Estatístico, Escritor e Pesquisador em Gestão Social


quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Eu choro por ti Argentina...

A vitória de mais um fascista como presidente, põe o mundo da democracia em alerta e precisamos entender o que levou a extrema direita ressurgir dos sarcófagos, liderar movimentos e governar alguns países. Algo tão absurdo como o canto das sereias.

Uma mistura de nacionalismo, que sequestra os símbolos nacionais, moralismo religioso centrado nas igrejas neopentecostais, setores das igrejas tradicionais e uma parte da igreja católica e uma economia ultraliberal, com a destruição de direitos e a privatização de tudo que é público ou no falso combate à corrupção, como fazia o ladrão de joias.

O que foi preciso para tudo isso acontecer? Bons discursos de “salvadores da pátria”, pastores e padres conservadores enganando seus fiéis e uma imprensa golpista dando todo apoio, mesmo sendo tratada com todo desprezo, como no tempo do genocida.

Assim foi com Trump, que fez com que parte dos americanos achasse que a verdade tinha morrido, com o inominável brasileiro, que matou milhares de pessoas por falta de vacina, com a Bolívia depois da renúncia de Evo Morales com sua vice e o crescimento dos ultraconservadores na Espanha, Suécia, Alemanha, Chile e em outros países.

O ocorrido na Argentina, não foi diferente de São Paulo com o carioca eleito Governador. Um povo movido a ódio e sem noção política, refém de seus falsos líderes.

Segundo Aldo Fornazieri, doutor em Ciência Política, a extrema direita cresce no vácuo da incapacidade dos liberais e dos partidos de centro esquerda de resolver problemas básicos das sociedades, que foi o ocorreu na Argentina. Além disso, a esquerda historicamente, não consegue se unir em torno de uma frente e de pautas comuns.

Para nós que pensamos, agimos, lemos Paulo Freire, gostamos de sociologia, filosofia e história, além de lutarmos por uma sociedade justa, fraterna e igual para todos e todas, embora hoje achando ser uma longe utopia, vemos o fascismo como uma doença social e política, nascida da ignorância política, alienação e o fundamentalismo religioso.

O povo sofrido é enganado com falsas promessas e abduzido para um mundo paralelo, onde só seus algozes ganham e eles os mantém com seus pobres salários.

Fico feliz de ter escolhido um lado da história onde não tenho receio de me envergonhar e junto com sonhadores e sonhadoras vamos escrevendo uma nova história de vida.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni Cordeiro)
Estatístico, escritor e pesquisador em Gestão Social

 

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Vida e morte na corte do mal

Que mundo é esse que não se abala pelo extermínio diário, num diário que registra apenas enquanto há vida?

Inocentes dizimados como praga, em nome de uma raça pura. Por pura ganância de quem quer seus bens.
Senhores da morte, por Covid, por bala ou por explosões. Agentes do mal. O Céu aberto recebendo almas inocentes e o inferno à espera de seus algozes, enquanto quem os seguem apenas vagam na vida em nome de um deus, bem distante do Deus Maior.
Que seja, que veja, que esteja onde estiver. Vou seguindo a intuição e sempre na luta por um mundo melhor, onde a razão de viver seja maior que o medo da morte antes do tempo previsto para cada ser...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni Cordeiro) Estatístico, Escritor e Pesquisador em Gestão Social

domingo, 29 de outubro de 2023

Vamos Prosear?



Um dia me disseram que eu podia ser um escritor e eu acreditando nisso me pus a escrever. No início sem muitos critérios, apenas com o prazer de expor o que penso e mexer com a imaginação de quem se atreve a me ler.

Com o passar do tempo, aprendi a escrever como leitor e convidar as pessoas a caminharem comigo no Mundo das Palavras pelo Jardim da Alma. Uma viagem ao infinito das minhas emoções.
Críticas e elogios. Pessoas acreditando ser possível e outras fazendo caras de paisagens. Assim se passaram dez anos. Alguns livros em parceira, centenas de textos escritos para o Blog e esse como primeiro livro solo, com incentivo e coordenação dos meus amigos jornalistas Ana Valim e Elder Cruz, pela Editora Coopacesso, além do Editorial de Pedro Tierra, Contracapas de Verângela Grazioli e Ana Valim e depoimentos de vários companheiros e companheiras dos recantos do Brasil.
Hoje, quem sabe para completar esse sonho da escrita, além da obra física, que está sendo lançada em Feiras Literárias e Saraus, ela também está em e-book na Amazon, com fácil acesso e baixo custo.
Quem quiser me ver mais feliz do que já estou, me ajude a divulgar.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni) Estatístico, Escritor e Pesquisador em Gestão Social

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

O que viemos fazer no planeta terra?

 


Vejo pela janela da vida muita gente perdida, engolidas pelo ódio ou pela ignorância política. Vão e vem sem saberem para onde ir. Abrem a boca para falar o que escutam. Votam por ódio ou por paixão, mas nem sabem em quem votaram. Onde pensam chegar? Vivem de Fake News sem checarem as informações. Tola humanidade se imaginar imortal ou até imorrível, como disse o genocida. Para esse segmento a verdade morreu, pois vivem num mundo paralelo.
Vimos há pouco cenas que nunca imaginaríamos ver. Quem imaginava ver um negro defendendo ideias nazistas, pessoas clamando pela volta da ditadura, mulheres aceitarem ser desrespeitadas, milhares sendo comandados e comandadas por pastores e padres inescrupulosos e os seguirem cegamente? Quem imagina ver alguém seguir quem deixou milhares à morte e ainda zombou quando agonizavam, matou índios para roubar suas terras...?
Do ponto de vista humanitário, religioso, existencial e outros, além de estarmos observando o que acontece em várias partes do planeta, as perguntas que não querem calar são: A humanidade deu certo ou estamos falando de um outro tipo de raça? O que virá a seguir?
É possível e provável que se perguntarmos para 100 pessoas se a humanidade deu certo, a maioria deverá responder que sim, principalmente por enxergar apenas o umbigo próprio, mas o que está em pauta é a desumanidade ou a negação ao que se chama de humanismo. Algo composto por violências de toda ordem, discriminações envolvendo a cor, sexo, etnia, idade, a situação econômica e a falta de amor que embrutece cada vez as relações humanas.
Quem sabe nós sejamos a sobra do passado, misturada com os valores e princípios que não se usam mais? Ou ainda sejamos um tipo de gente em extinção? Seja o que sejamos ser, continuaremos de mãos dadas e lutando contra tudo que nos deprime, exclui, ausenta, violenta, discrimina e zomba da idade, opção sexual, etnia, cor da pele ou valor da conta bancária.
Quantos somos? Somos milhares espalhados pelo mundo. Defendemos o bem comum e achamos que outro mundo é possível. Um mundo onde o amor sempre vença o medo e o ódio e nos motive a irmos plantando flores, tanto nos jardins físicos como no Jardim da Alma. Esse mundo existe. Quem sabe seja a terra prometida e é para lá que caminhamos...

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

O que é mesmo a classe média?

Quero começar dizendo que é uma turma que, apesar de pobres ao se comparar com os ricos e ricas, se acham ricos e ricas, se pautando por imitá-los em várias situações e recorrendo a esdruxula meritocracia, para afirmar que o que são agora são por méritos próprios, como se a vida e as oportunidades fossem iguais para todos e todas num país de desiguais.
São racistas, homo fóbicos e homo fóbicas e discriminam: índios, pretos e pretas, além das pessoas pobres, entre tantas outras. Não é atoa que a extrema maioria da tal classe média votou em Bolsonaro, como se fosse seu justiceiro e podia se livrar de qualquer espécie que estivesse atrapalhando em seu caminho. Vivem em pequenos negócios e mesmo assim odeiam sindicatos, gente da esquerda e qualquer política pública que não seja pautada por seus representantes. Como Lula falou: Como falar em Reforma Agrária, se foram eleitos 300 latifundiários e apenas 2 sem-terra...
Segundo a filósofa reconhecida em várias partes do mundo e professora Marilena Chauí, a classe média é uma abominação política porque é fascista. É uma abominação ética porque é violenta e uma abominação cognitiva porque é ignorante. Ainda segundo Chauí, só existem duas classes no capitalismo, a burguesia e o proletariado/classe trabalhadora. Para ela a classe média não teria função econômica e sim ideológica.
A mesma classe média que vibrou quando Dilma sofreu o golpe e quando Lula foi preso, hoje se põe como um setor necessitado do olhar do governo federal sob a égide de Lula. Uma verdadeira farsa, pois estão aptos e aptas às críticas, indignados e indignadas por Lula está no governo. O chamam de “nine”, pelo fato dele ter um dedo a menos, ignorante, bêbado, ladrão e presidiário.
Creio que a classe média nem é classe, no sentido antropológico da situação, pois odeiam política e políticos e nunca vi eles e elas organizados para uma situação qualquer, a não ser no apoio ao impeachment da Dilma, ao genocida e para o golpe que estava em curso.
Por fim, como respeitar um setor que sempre votou na direita e na extrema direita, que defende a redução da maioridade penal e pena de morte como solução da violência?
Creio que o governo federal de Lula, como governa para todos e todas, com foco bem definido pelo social, vai acabar pelo resultado, também beneficiando esse setor, pois os pobres estão comendo mais, viajando mais e vivendo melhor e maioria do que consome é vinda da classe média. A mesma classe que odeia o MST e ama o Agro, embora quem forneceu milhares de marmitex para os desabrigados do sul foi o MST e o Agro virou as costas, sem contar que 80% do que consumimos vem do pequeno agricultor e não do Agro que exporta praticamente tudo.
Enfim, o que mesmo é essa tal de classe média?
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico, Escritor e Pesquisador em Gestão Social


 

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Um revolução na forma de governar...

 

Depois de quatro anos em trevas, com o país comandado por um fascista-genocida-ladrão-de-joias e que se encontrava fechado ao mundo, vemos Lula agir como um estadista novamente e pôr o Brasil outra vez na pauta mundial. Não é à toa que pelo menos 50 presidentes de países tentaram marcar agenda com ele no evento da ONU.
Em apenas oito meses de mandato, já dá para sentir no bolso dos brasileiros uma nova política econômica e com o que foi destruído pelo genocida sendo refeito, inclusive com o retorno de direitos que tinham sido suprimidos. Além disso, no âmbito internacional, Lula se torna alguém para ser ouvido em qualquer parte do planeta e como resultado, põe Dilma na presidência do banco mais poderoso do planeta, vira presidente do G20 e faz um discurso irretocável e de aplausos na abertura da Conferência da ONU.
Enquanto isso, o setor alienado refém do fundamentalismo religioso e de seus falsos pastores e padres, além do ódio ao PT que elegeu o genocida como um justiceiro, continua inconformado por seu “mito” não poder estar nas próximas eleições, mas por certo encontrarão outro demônio do time dele para apoiar e votarão apenas por ódio.
É importante que se diga que o Consenso de Washington ocorrido em 1989, trouxe em sua gênese a implantação do neoliberalismo na América Latina e no Caribe e tem como estrutura dorsal a tese do estado mínimo. Ou seja, quanto menos Estado, mais mercado. É por isso essa tara dos neoliberais de vender tudo que é estatal, com a desculpa esfarrapada que gera gastos ao Estado, quando sabemos que a história é outra. Nada que foi privatizado ficou melhor e mais barato. Empresa quer é lucrar muito.
Por conta dessa alienação, desinformação e o ódio à política, ao PT e à esquerda, a maioria do Congresso Nacional é composta por gente que defende os ricos, apesar de terem sido eleitos e eleitas pelos pobres sem noção. Algo como disse Lula: Como falar em Reforma Agrária se foram eleitos trezentos latifundiários e apenas dois sem-terra?
Como fazemos parte de outro mundo, continuaremos unidos e unidas na construção de uma nova sociedade, onde o ódio seja substituído pelo amor que se tem para que ninguém passe fome ou sofra qualquer tipo de discriminação, violência ou abandono.
Um mundo onde a noção de comunidade se sobreponha ao que se chama de sociedade. Uma sociedade injusta e desigual, onde o ter vale mais que o ser e o acúmulo de bens e dinheiro significa poder. Viver em comunidade é compartilhar sempre e dividir o que vai se conquistando como resultado das lutas diárias contínuas e dos sonhos que se tem.
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico, Escritor e Pesquisador em Gestão Social


quinta-feira, 21 de setembro de 2023

A extrema direita ressuscitou?

Há indícios de que sempre esteve viva, alimentada pelos ditadores de plantão, permitida pela direita, propagandeada pela imprensa golpista e agora ressurge em várias partes do mundo, se alimentando das desavenças políticas e do sangue dos inocentes.

Qualquer análise de conjuntura nacional ou internacional, feita do ponto de vista de uma perspectiva de esquerda, há de passar pelos fatores que geraram o crescimento da extrema direita, tanto no Brasil como em várias partes do planeta.

Trata-se politicamente de um processo complexo em busca de uma raça pura, como uma onda, ocupando o lugar que deveria ter sido construído, organizado, preservado e ocupado pela esquerda e pelos movimentos organizados de todas as matrizes.

Aqui no Brasil está evidente que foi o genocida que criou essa convulsão social e política, com seu descaso, declarações de ódio e armando a população. Uma população violenta e desinformada, que não só votou, como também o tornou seu “mito”. Algo inspirado pelo que foi o governo Trump nos EUA, onde a mentira determinou quem governava.

Esses fatores provocaram uma ruptura cultural e de valores, onde a boa política foi banalizada, tendo início com o golpe contra a Presidenta Dilma, com as famigeradas reformas e o desgoverno do genocida. Famílias se dividiram, amigos e amigas se distanciaram e o mundo da politicalha virou o grande império com base em Fake News.

Sempre tivemos conhecimento de que esse tipo de gente, gerado principalmente pela mente doentia de Hitler e seus aliados sempre existiram, porém numa escala de valores bem pequena, sem uma interferência direta e maior na vida política e pessoal de uma grande parte da população que se deixou levar pelo fundamentalismo religioso e pelos falsos líderes que ainda ocupam um grande lugar de destaque no mundo da política.

É necessário reforçar a ideia de que algo desse tipo só acontece devido à falta de formação política e de organização dos setores em luta por seus direitos, além de uma imprensa golpista e uma Justiça em boa parte parcial.

Há um vácuo deixado pela esquerda, que não consegue organizar uma frente política visando uma nova forma de governar e uma sociedade sem exploradores, nem explorados. O que há de fato é uma certa ilusão com o que chamam de poder, mas se esquecem do que disse Marx – “Num país capitalista quem determina é o econômico...”.

O que fazer? Seguir em luta de mãos dadas com sonhadores e sonhadoras, que nunca desistiram de lutar contra todas as formas de violência, preconceitos e por um mundo justo, fraterno e igualitário para todos e todas. Um mundo onde a justiça prevaleça diante de todas as anormalidades que cometem uma parte considerável da sociedade.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico, Escritor e Pesquisador em Gestão Social


 

terça-feira, 22 de agosto de 2023

Quando as folhas caem...

 

Mais uma flor que cai formando um caminho colorido. Um pássaro que se atreve desafiando o momento. Uma luz que surge entre as árvores, anunciando mais um dia para se viver.

Há um processo natural na convivência com a natureza, que vai muito além da sua beleza. Suas cores, suas flores e toda a contribuição ao meio em que vivemos, nos fazendo acreditar que a natureza é essencial para as nossas vidas e age e reage de acordo com o tratamento que recebe.

Ao observar alguns ipês amarelos, plantados com amor, formando um corredor natural na entrada da casa, a impressão que se tem é que as flores caem para colorir o caminho por onde se passa, nos dando a sensação de que as flores e todo seu colorido fazem parte da nossa caminhada em vida, como se fosse uma generosa retribuição pelas suas existências...

Ao juntarmos a esse terreiro colorido de flores amarelas, um beija flor que venceu o medo e veio se banhar quando se regava uma orquídea num dos pés de ipê, como se fosse sua chuva particular, temos como resultado um espetáculo à parte, numa composição de encher os olhos. Um momento lindo para se apreciar e guardar na lembrança essa mistura natural de vida.

Indo mais além, quem sabe se possa afirmar a existência de uma simbiose, entre a vida existente na natureza e a nossa, que vai passando lentamente, onde todos os dias nascem e morrem tudo o que dela faz parte, assim como acontecem com as nossas células que se modificam diariamente, fazendo com que tenhamos em vida um processo de mudança radical do nascimento à velhice.

Creio que falta uma infinidade para que tenhamos a simplicidade das plantas e tudo que elas representam, da semente ao fruto, passando pelas flores, que a cada momento se descobre, que quem não consegue cultivar nem que seja uma planta, jamais cultivará um jardim em sua alma.

Bom mesmo é saber que se do pó viemos e ao pó voltaremos, de alguma forma faremos parte desse universo encantado que se chama natureza, que nos presenteia diariamente com o que produz de forma sutil, nos devolvendo em beleza o que fomos capazes de plantar e cuidar.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social


quarta-feira, 2 de agosto de 2023

A importância da Formação para a militância política...


 

O que é formação? Vejo a Formação como um estudo contínuo dos clássicos de História e dos instrumentos da organização que viermos a participar ou mesmo simpatizar, assim como uma possibilidade de aprofundar na essência do que seja a militância política por uma causa, com quem caminhamos e aonde queremos chegar. É desse processo de conscientização que nasce a vida partidária, sindical ou de alguma organização que vise de forma organizada a melhoria de vida da população que mais precisa.

O tempo, a experiência de vida e a formação política nos mostram que a vida pulsa e se inquieta a partir das decisões políticas-ideológicas e só a participação de forma efetiva, às vezes de forma orgânica, é capaz de nos mostrar a dinâmica e a essência de um partido, sindicato ou de qualquer organismo que estivermos próximos, além de adquirirmos novos conhecimentos e principalmente autoridade para as nossas críticas.

Ao se falar em PT, foram inúmeros cursos de formação em seus 43 anos de vida e em vários deles atuei como formador. Hoje passados mais de quatro décadas, o partido cria um Sistema Nacional de Formação, com cursos em diversas modalidades, o que caracteriza seu crescimento e maturidade. É o único partido na América Latina a dispor desse processo formativo e dessa forma de organização.

Que saudade do Núcleo do PT da Associação Novo Horizonte, o nosso Mutirão. Tínhamos a formação construída a partir da discussão de filmes e das semanas culturais. Era uma forma leve de se trabalhar os conteúdos e de mostrar a quem participasse que a nossa luta não era apenas por uma casa e sim por melhores condições de vida da população pobre, discriminada e esquecida por grande parte das autoridades públicas.

A Formação não é e não pode ser um processo de doutrinação, pois visa libertar as pessoas de suas amarras pessoais e adequar sua essência cultural ao seu caminho ideológico. A formação para quem opta por continuar em luta por um novo mundo, trata-se de um aprimoramento sobre nossa forma de pensar e agir, em busca de novos conhecimentos rumo a uma sociedade justa, fraterna e igual para todos e todas.

Quem escolheu o enfrentamento à luta de classe capitalista, pensa na formação como uma forma de revolucionar o momento. Formar para contribuir na evolução política e cultural da militância e o mais importante, formar a partir do lema: Aprender – Crescer e Mudar, pois não há ninguém que saiba tudo, mas juntos somos conhecimentos que pulsam e nos leva a continuarmos de mãos dada em luta por uma nova sociedade.

É construindo novas estradas na vida junto com sonhadores e sonhadoras que vamos também escrevendo mais um capítulo de nossas histórias, que é o que fica quando sairmos dessa vida física e virarmos estrelas no horizonte na junção de terra, mar e céu.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social








 

quarta-feira, 26 de julho de 2023

Por onde anda quem votou no genocida?

 

A intensão desse texto não é promover essa criatura do mal, pois disso nascemos vacinados e sim não esquecer que ele está inelegível, mas promoverá alguém para continuar sua missão sinistra, além de seus seguidores e seguidoras, que pensam da mesma forma e estão na ativa.

Fazendo uma pequena reflexão da conjuntura e da penúltima eleição, pois estamos perto de uma nova para prefeitas e prefeitos, assim como vereadoras e vereadores, onde esse povo de verde e amarelo que sequestrou a Bandeira Nacional se intitulando “patriotas”, darão o ar da graça e infelizmente estão entre nós. Muitos e muitas bem próximo, conspirando contra o Governo Lula, ouvindo e assistindo a Jovem Pan e fazendo intrigas e Fake News nas redes sociais.

Estão divididos em quatro grupos: 1. Os que votaram nele, se arrependeram e estão com vergonha de terem votado em alguém tão desprezível. 2. Os que votariam novamente, caso ele não estivesse inelegível e um dia estará atrás das grades. 3.  Os militantes dessa causa do mal defendido por ele e seus agentes, que não se conformam com a vitória de Lula e continuam pregando a desavença, o ódio e a morte a petistas, a esquerda e aos progressistas. 4. O grupo da burguesia que tem recursos ou imita quem tem. Nada falam, mas votarão contra o PT e qualquer outro candidato ou candidata que defenda os direitos humanos e a promoção social.

Esquecendo essa gente que não enxergarão e negarão o que Lula já fez e ainda fará, pois fazem parte de outro mundo, vivemos um cenário de plena alegria, com a volta dos direitos para quem precisa, intervenção nas coisas sinistras que o Capetão criou, com gente podendo novamente se alimentar três vezes ao dia, podendo morar com o Minha Casa Minha Vida, com a contratação de médicos para cuidar da população, com os índios sendo protegidos, entre tantas outras coisas e um ar de felicidade no ar. Continuaremos a defender a justiça, os Direitos Humanos, os índios, negros e negras, pessoas LGBTQIA+ e a organização popular para os enfrentamentos futuros.

Quem apoia esse tipo de política centrada apenas no econômico? O tal mercado, ou o povo da Faria Lima, os banqueiros, o agronegócio, o PIG – Partido da Imprensa Golpista, o fascismo e o povo sem noção ou com opção pelo mal. Esse é o retrato ou o cenário, do sinistro acontecimento da eleição que elegeu o genocida como presidente, onde tudo começou com o golpe de estado sofrido pela Presidenta Dilma, encabeçado pelo traidor Temer.

O que sobrará dessa seara e qual o nosso papel? Sobrará o que o governo Lula está construindo, a militância organizada que defende Paulo Freire como Patrono Nacional da Educação e seu modelo de aprendizado, a organização dos setores discriminados da sociedade, a luta contra o fascismo e todas as formas de violência e discriminação, além do compromisso de se continuar lutando por uma nova sociedade: Justa, Fraterna e Igualitária, para todos e todas, onde o Amor sempre vença o ódio e o senso de justiça prevaleça.

É desse lado que sempre estive e sempre estarei junto com sonhadores e sonhadoras que dedicam as suas vidas pela opção de um novo mundo, onde caiba quem é do bem.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

quarta-feira, 5 de julho de 2023

As pequenas vitórias que valem por uma vida...

 

Sonhar com um novo amanhã, acordar e estar de bem com a vida, sorrir sem motivo, rever amigos e amigas, ver pessoas do mal sendo punidas, amar e ser amado e amada e ver sorrindo quem sacia a fome e a sede. Isso não tem preço. Vale por uma vida...

Vivemos num mundo em competição, onde o TER vale muito mais do que o SER, pois quem possui muitos bens é visto como alguém de sucesso, independentemente de onde e como vieram os recursos e quem tem apenas um carrinho velho e uma casinha modesta é definido como alguém que não se esforçou na vida e merece ter o que tem.

O que sobra desse mundo louco competitivo, onde muitas pessoas se matam para TER? Sobra quem vive a vida sob outra realidade, agradecendo por cada minuto de vida e vivendo um dia de cada vez. Quem vive assim, sente a vida de uma outra forma. Entristece-se ao ver pessoas que a única felicidade é contar dinheiro em sua conta bancária e se alegra quando o SER se torna um verbo a se conjugar de forma coletiva.

No mundo da politicalha, desejaram que morrêssemos como pessoas e como seres políticos por sermos de esquerda e termos Lula como uma grande liderança, mas ressurgimos das cinzas para governarmos por mais quatro anos e voltarmos a ver as pessoas pobres se alimentando três vezes ao dia e conquistando seus direitos.

Comemoramos muito a derrota do CAPETÃO e sua inelegibilidade, sendo o primeiro presidente da história do Brasil a não se reeleger e ficar inelegível por oito anos, porém só estaremos satisfeitos e satisfeitas quando essa criatura do mal for presa para pagar os seus crimes. Lula foi preso para que não ganhasse a eleição, com 580 dias no cativeiro. Queremos ver o genocida que matou milhares de pessoas atrás das grades.

Fazemos parte de um outro mundo, desejando sempre o bem. Vivemos em grupos e sonhamos no coletivo por uma nova sociedade. Ao invés de ficarmos amoitados xingando o CAPETÃO e seus seguidores, lutamos juntos e juntas por uma nova sociedade Justa, Fraterna e Igualitária para todos e todas. Isso ao nosso ver é uma forma de amar a vida e amar de forma incondicional a quem nos rodeia e a quem nos ama também.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social


terça-feira, 13 de junho de 2023

O desafio de governar com a opção pelos pobres...

Já vimos esse filme antes, quando a Igreja Católica Latino-Americana, há 55 anos adotou a Opção Preferencial pelos Pobres e teve a Teologia da Libertação como grande eixo para os trabalhos sociais das Comunidades Eclesiais de Base, que prestou um grande serviço de formação e organização popular ao mundo progressista da fé.

Como reação, o mundo conservador da fé manteve e mantém até hoje, um implacável caminho de perseguição e punições. Isso resultou no surgimento e articulação de setores sombrios da igreja católica e a importação das igrejas pentecostais dos EUA, tendo a Teologia da Prosperidade como grande eixo em contraposição à Teologia da Libertação. Vende-se a ideia que quanto mais você reza ou ora e investe na fé, mais fica próximo de ser rico ou rica. Um viés de exploração pelos falsos profetas, que acaba desaguando na tal da meritocracia, que transfere às pessoas o ato de ser ou não bem-sucedida.

O país sempre viveu de absurdos. A ditadura militar substituiu o revolucionário Método de Alfabetização Paulo Freire que alfabetizava em 40 dias, pelo ridículo Mobral, além de trocar OSPB por EMC (Educação Moral e Cívica). Tratava as pessoas analfabetas como se fossem emburrecidas e sem valor algum. O Mobral não alfabetizava ninguém.

Porém, o agente político mais perigoso em curso é o PIG (Partido da Imprensa Golpista), que atua como uma ferramenta do sistema contra os movimentos sociais, instâncias de luta e os partidos de esquerda, mas seguiram de cabeças baixas no tempo do genocida.

Já com Lula é muito diferente. Existe um comando de ódio articulado pelas seis famílias abastadas que comandam o mundo da imprensa escrita, falada e televisionada, além das redes sociais que o buraco é bem abaixo, pois se trata de um comando internacional.

Para a trupe fascista e seus aliados Lula é o ladrão eleito, que merece um golpe ou o impeachment para não governar e o “mito” racista, fascista, assassino de índios, paquerador de meninas de 15 anos, genocida que matou milhares e que está envolvido em dezenas de escândalos e desvios de verbas um “santo”, que merece ser inocentado de seus vários crimes. Defendemos sua condenação e prisão já sem anistia.

Apesar dessa gente enlouquecida, amanhã será um novo dia. Por quatro anos comeremos melhor, teremos mais direitos, ouviremos quem nunca teve voz e veremos Lula ser recebido em qualquer lugar aonde for, pois fala a língua dos humanos em nome da paz e não a língua das trevas, que prega a desavença e o ódio permanente.

De algo eu sempre vou me orgulhar. Sempre estive do lado certo da história, junto com sonhadores e sonhadoras que sonham e lutam por um mundo justo sem explorados e sem exploradores, onde o direito de justiça e liberdade venha antes do que o que se acumula nas contas bancárias e onde o ato de viver bem seja melhor que sonhar...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social 


segunda-feira, 29 de maio de 2023

Um reencontro com a luz do sol...

 

Um momento inesperado. Uma pausa na vida para enxergar a própria vida, que pulsa e pede mais atenção. Quem sabe seja para rever prioridades. Um acalento ou acalanto para a vida que segue com toda sua pujança rumo a dias melhores e um reencontro emocionante com a luz do sol, que entre nuvens vem dar o ar da graça e aquecer o corpo e a alma que pedem mais.

Vida que te quero vida, tu andas corrida e de repente o espelho da vida nos põe em contato com os detalhes, esquecidos quando achamos que a vida é eterna e nem temos tempos de enxergar.

O tempo passa numa dualidade de transição. Ora de forma bem lenta e ora numa velocidade que assusta, pois quando descobrimos já vivemos décadas. O que foi já foi, mas é com base no que ainda possa vir, que estão contidos os sonhos e toda grandeza das nossas utopias. Dizendo que o mais importante é que temos vida e ainda tem o hoje, o amanhã e o depois de amanhã...

Tudo passa, como dizia minha mãe, como se isso justificasse tudo que passou. De repente a vida vai fazendo uma seleção natural e vai ficando apenas o que nos dá motivos para viver, nos lembrando que ainda é tempo de novos luares, fogueira de São João, um drink com amigos e amigas e de reescrever novos capítulos para a história de vida que é o que deixaremos.

Imperfeito que sou ainda tenho medo da solidão, da escuridão e dos medos dos tempos de criança, onde um barulho mais forte no canavial escuro enchia minha mente de fantasmas, existentes apenas em minha imaginação. Quando abria os olhos era o dia seguinte, onde por muitas vezes os planos escapavam pelos vãos dos dedos por tudo que ainda viria a acontecer.

Um toque com perfume leve no ar de uma flor que nasce. Um jardim que cresce em plena alma em homenagem à vida e uma canção ainda a ser cantada quando uma nova amanhã de sol chegar com seus raios dourados completando a natureza.

Pensando bem viver é melhor que sonhar, como bem dizia a canção cantada com a alma por Elis Regina, pois viver nos põe em xeque constante e em contato com o ato de sonhar e é ele que nos faz vencer a escuridão, peitar os medos e encher os pulmões de ar esperando um novo reencontro com o sol.

Bem-vindo sol!... Você enche de cores e luzes o desenho de vida que acabei de pintar...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social


domingo, 28 de maio de 2023

Acidente de trabalho não é culpa da vítima...

 

Toninha  Carrara (PO)

 

Quando acontece um acidente
O patrão, incoerente
Tem coragem de afirmar,
que a culpa é do trabalhador
Ora, culpa de quê, meu senhor?

Culpado pela sua própria dor,
Culpado por descuidar do amor
Culpado por ficar doente, de tanto trabalhar...
Culpado pelo acidente... por se machucar

No acidente de trabalho, o operário se martiriza,
a saúde se fragiliza, a vida se esvai.
Na insegurança, se queima, se corta, se envenena e cai

Não saiu de casa pra isto.
Saiu para ganhar a vida e não para tê-la roubada
O sistema de ganância do patrão,
que não investe em segurança e proteção
Quer provar que ele teve ação descuidada
E que é culpado pela própria vida tirada.

Mentira, calúnia, infâmia. Passa fora, patrão desavisado
Não vês que ninguém se machuca ou morre de caso pensado?
Mentira, calúnia, infâmia. Passa fora, maldoso patrão
Bem sabes que a culpa é tua, que economizas com proteção
Bem sabes que tirar a vida, para ti é cotidiano
Mal sabes que os trabalhadores pouco a pouco vão te desmascarar
Pois já começam a compreender e muitos a denunciar

A boa nova se espalha e tem que se espalhar
Que pelos acidentes, cabe às empresas se responsabilizar
Que elas cuidem direito de seus funcionários
para não morrer e não se machucar
Que morte em trabalho não é morte morrida.
É morte matada porque poderia, de todas as formas, ter sido evitada.

Corre patrão ......... Corre patrão!
Que operário cristão entende que a história não para na Cruz
A história da classe, assim como Jesus,
tem sua glória e vitória no Reino de Deus e na ressurreição!!!

 

Antônia Carrara (Toninha)
É mãe de duas filhas. 
Jornalista e professora aposentada. 
Escritora e compositora popular.
Atua na Pastoral Operária desde os anos 1980.
É trabalhadora voluntária junto aos grupos de Economia Solidária.