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segunda-feira, 24 de abril de 2023

Quando o céu é limite...

Diante de um mundo em desalinho, com ausência de amor e picotado pelo ódio pelos habitantes da terra plana, onde a mentira peita a todo instante a verdade, só mesmo os pensamentos e o sonhos estão isentos dessas impurezas. Os pensamentos pelo livre-arbítrio de pensar e os sonhos ao dormir por não termos o menor controle sobre eles.

A partir dessa pequena leitura sobre uma fresta da vida, sobram ainda as viagens mentais e os sonhos em pensamentos que nos movem de um ponto ao outro, trazendo histórias cheias de vida, cheiro de mato molhado da infância e a vontade de que o que nos resta em vida seja leve e nos leve a um belo arco-íris depois de cada tempestade.

Ao ousar desenhar o futuro, me vem à mente que formato deveria ter, pois o que serei, o que será, o que seremos e o que poderemos ser? De quantas retas precisamos? Quantos círculos para se contornar o passado e o presente? Que canção podemos ir cantarolando até o fim do desenho, ou o desenho não finda e vive em movimento? Com que cor o pintaremos? Quem cabe no barquinho de papel que a nossa mente projetou?

De repente uma vista inebriante vai tomando conta da nossa mente e o coração pulsa mais forte. Brisa de mar. Areia branca. Céu de verão e uma chuva fina caindo sobre as árvores que parecem dançar em agradecimento à natureza. Ao longe um pequeno rio que lança suas águas sobre o solo de um antigo piso batido, onde quem sabe lá habitava alguém que amou alguém e que hoje virou apenas lembranças a se contar.

Bem me quer sem mal algum. Uma soma de dias, vidas e sentimentos, onde aprendemos com os erros do passado, vivemos o presente de forma intensa e sonhamos com o futuro que ainda poderemos ter. Realidade ou fantasia, é assim que é, pois da mesma forma que podemos projetar um lindo horizonte, também podemos projetar a escuridão. Só cabe os sonhos de cada um e uma de nós como acabamento final.

Quem sabe sejam os anjos que se apresentam em sequencias numéricas, que de forma sutil vivem a nos dizer que o melhor ainda virá quando o amanhã acordar da noite, pois mesmo que o frio seja intenso, depois de cada inverno virá a Primavera para colorir o tempo, o nosso jardim e as nossas vidas. Por acreditar que existe uma perfeita sintonia entre o ser e a natureza em movimento, vou cuidando com carinho de cada plantinha...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico Pesquisador em Gestão Social




 

sexta-feira, 21 de abril de 2023

Um pequeno giro pela política brasileira...

 

É verdade que existe no Brasil uma verdadeira overdose de partidos políticos. São 31 no total, onde a maioria deles são apenas legendas para negócios eleitorais. Normalmente com donos que compram e vendem partidos como se fossem mercadorias numa prateleira. Apenas poucos partidos mantém o rito de seguirem uma linha ideológica.

Por outro lado, quando não existem partidos é porque o país vive uma ditadura, como já vimos no passado. Aliás o Brasil teve em sua história várias ditaduras e golpes. Em regras gerais, a democracia representativa é ou seria feita para que o sistema eleitoral sobreviva, apesar de viver na UTI pelo descaso e pela falta de politização da população.

No âmbito do processo eleitoral há uma prática intencional, que a meu ver destrói o mundo da política e acaba intervindo diariamente nas decisões mais sérias para todos os setores da sociedade, onde quem perde mais e se torna enganado é justamente quem diz odiar a política e os políticos. Trabalhadores votando no patrão. Ou seja, odeiam algo que nem mesmo sabem caracterizar o que seja por pura ignorância política.

Ignora-se totalmente o legislativo, que é quem faz as leis. Uma prática construída pelo sistema e pela imprensa golpista pregando a desinformação que todos e todas roubam, por isso se vota em qualquer um e uma. Vota-se pela boniteza, porque o pastor mandou, porque fez muitas coisas no passado, enfim, vota-se pelo rótulo e não pelo conteúdo, que seria ver de que lado essa pessoa existe e que projeto ela defende que possa melhorar a qualidade de vida da população, principalmente a que mais precisa.

O que vemos no momento é o retrato fiel desse processo. Um Congresso composto em sua maioria por pessoas ricas, grandes empresários, pastores, militares e até pessoas com passagens pela polícia. Um desastre para a mediação da pobreza e dos conflitos.

Como resultados recentes vimos um golpe militar sangrento que durou 21 anos, Dilma sofrer um golpe articulado por seu vice, Lula ser preso para não ganhar a eleição e um genocida escroto ser eleito, que matou muita gente por descaso. O que estava por trás dessa história? Entre tantas maldades como exterminar os índios e outras, uma reforma trabalhista que tirou praticamente todos os direitos da classe trabalhadora.

Não é atoa que essa galera do mal implantou as escolas militarizadas, sem partido e de quebra votaram para tirar as matérias que fazem o povo pensar. É na escuridão da ignorância política que o fascismo nasce, cresce e toma o juízo de quem não ler.

Qual o remédio para esse mal? Leitura constante, participação política e formação. São ingredientes simples que entram pela mente e vai direto ao coração para os enfrentamentos necessários na construção de um outro mundo e outro tipo de vida.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

 


Cultura da Paz!!!

 

Jivaldo Oliveira*

 

Neste 20 de abril
Queremos muito disseminar
Paz e amor pelo Brasil
E a cultura de paz compartilhar.

Não vamos nos intimidar
Com atos de ódio e violência
Vamos nos solidarizar
Com a prática da benevolência.

É preciso acreditar
Na educação e na ciência
A segurança nos preservar
E avançar na consciência.

A escola é o nosso lugar
Onde produzimos conhecimento
A família a nos apoiar
É conectar engajamento.

O ato de educar
Requer parceria e dedicação
Governantes assegurar
A nossa valorização.

Iremos nessa jornada
Irmanados em gesto de gratidão
Em defesa da vida amada
Pois nossa maior arma é educação.

 

Lamarão-BA, 21 de abril 2023

*Pedagogo/Uneb; Prof. Rede Municipal e Coord. Pedagógico Rede Estadual.




quarta-feira, 19 de abril de 2023

Um livro se faz com histórias e sonhos...

 

O convite e a provocação feita pelo meu amigo-irmão Elder para produzirmos o segundo livro, repetindo o grupo de trabalho que produziu e materializou o primeiro, trouxe em meio à bagagem uma sensação boa de que tudo vale a pena, pois nossas almas não são pequenas, como dizia Fernando Pessoa e o caminho se encontra livre para sonharmos.

Eu gostaria de ser um poeta, mas não sou. Sou apenas alguém que transita no mundo das palavras, que gosta dos arranjos em prosas produzidos e chega de mansinho nos espaços literários como escritor, tendo como única preocupação levar nas minhas viagens ao jardim da alma, quem me presenteia lendo ou se atreve a ler o que escrevo.

A história do meu primeiro livro solo, pois tenho alguns escritos junto com outras pessoas, começa com o Blog em 2013, cria sustança com Elder e Ana e se faz vida com a decisão de fazer. Um dos momentos interessantes na produção, foi a busca para ser ver se o que eu escrevia era um Conto ou uma Prosa e depois de uma aula da Professora Delma do Rio de Janeiro, chegou-se à conclusão que tudo que escrevo vira Prosa.

Hoje depois de lançar o primeiro, creio que escrever se trata de um mundo à parte. Daqueles que se seleciona, ou pela fama ou pelos recursos que se tem ou não para a divulgação, mas também de um mundo apaixonante, onde para todos os efeitos quem escreve vira de alguma forma imortal, pois mesmo quando seguimos viagem a obra fica, nem que seja nas prateleiras da vida e quem sabe seja essa a imortalidade.

Mesmo sem o resultado esperado em vendas que gostaria de ter tido, o livro: Cabe um Mundo no Mundo das Palavras – Prosas no Jardim da Alma, já faz parte de muitos momentos vividos que não seria possível sem sua existência e isso me faz caminhar de forma tranquila rumo ao segundo, onde viajarei junto com as pessoas que seguirão comigo, por Memórias construídas a várias mãos, onde sonhar sempre foi possível.

Dizem que é proseando que se passa a vida, onde a prosa toque almas e os corações atentos. É assim que continuarei a escrever minha história de vida, junto com sonhadoras e sonhadores na construção de um novo mundo, onde o ato de viver seja construído a partir do ato de amar e viver seja melhor que sonhar...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social




domingo, 16 de abril de 2023

Lula e o ódio dos agentes da Casa Grande...

 

Foto:  (Ricardo Stuckert/Divulgação) 

Lula é um deus como os da mitologia? Não mesmo! É do ponto de vista humano um mortal como qualquer um ou uma de nós. Onde está a diferença para a indignação? Na missão, que poucos e poucas conseguem enxergar devido aos preconceitos. Com Lula a Senzala pode entrar sem pedir licença. O mundo da Casa Grande é escroto cheio de recortes e indiferenças. Chamam isso de meritocracia. Eu chamo de falsa ilusão, onde nada é para durar...

O pior é que tem gente da Senzala ou de muito perto dela, que pensa, se comporta e age exatamente como se fosse um ser da Casa Grande humilhando pessoas. Seja pelo que acha ser conhecimento ou por desprezo a todos e todas que sobreviveram ao caos de injustiças.

Partidário que sou de forma consciente e participativa desde o início do Partido dos Trabalhadores, mesmo no tempo em que tinha que servir ao Sistema Eleitoral, além de ser pesquisador em Gestão Social, venho ao longo dos tempos observando, analisando e tentando entender como agem quem ignora a política ou nem quer entender, em quem votaram e enxergam de forma geral a política e os políticos. Agem no senso comum por ignorância política.

Tornam-se ao longo da vida massa de manobra ou colaboradores e colaboradoras de quem trata o povo assim. Tamanha é a distância da realidade política e o que se produz nas redes no dia a dia, por exemplo, onde qualquer mentira vira uma grande verdade. Só criticam, porém não participam de nada.

Nem estou me referindo em ser de esquerda ou de direita, porque isso requer entendimento, opção política ideológica e principalmente lado, pois toda postura política tem lado. Estou me referindo apenas ao direito de votar e participar em todos os momentos, desde que não sejam de perfil fascista como foi o que ocorreu nos últimos seis anos, desde o golpe em Dilma.

Na verdade, nós militantes de uma causa não fazemos parte do mesmo mundo que essa gente enfeitiçada pelo ódio e pelo descaso com a política e nem queremos fazer. Viemos ao mundo para andarmos de mãos dadas com quem pensa como a gente e tem um propósito para viver além do econômico, que divide as pessoas e o mundo e vira um preconceito poderoso.

Eu diria até que é impossível existir amor a partir desses dois mundos, pois ódio e amor jamais estarão do mesmo lado. Quem não consegue cuidar e curtir uma flor jamais conseguirá ter um jardim físico, quem dirá um Jardim na Alma...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

terça-feira, 11 de abril de 2023

Deu a louca no mundo?

Juntando tudo que ocorreu de sinistro nos últimos anos, desde o golpe à Presidenta Dilma, com as milhares de mortes que podiam ser evitadas, com loucos e loucas armados até os dentes seguindo o “mito” do mal, além do incentivo à violência por quem devia combater, só podia resultar nas loucuras com requinte de barbárie e crueldade que estão ocorrendo no momento.

O que parece é que estamos diante de uma nova versão do filme: “Deu a louca no mundo”. Uma versão tupiniquim iniciada há quatro anos, quando um povo sem noção política e cúmplice resolveu eleger um Anticristo genocida que matou milhares de pessoas com seu deboche e negacionismo, quando já tinha tomado a vacina escondido de seus seguidores e seguidoras.

Fico imaginando o que será do futuro em que os valores e os princípios que defendemos a duras penas moram há anos luz dessa louca realidade. É certo que vencemos as eleições, mesmo diante de todas as fraudes geradas, com gente sendo impedidas de votar e o ódio comento solto por onde passávamos. O “mito” do mal foi derrotado, porém o ódio de quem o segue não.

Famílias se dividiram, amizades foram desfeitas, o luto tomou conta do país e a tristeza andou de passos largos, mas por mais uma vez, o amor venceu o ódio e todos os setores perseguidos estão buscando sintonia com quem prega a harmonia ao invés de desavença com armas na mão.

Somos seguidores e seguidoras de Paulo Freire e de tantos outros pensadores odiados por quem não lê. Lemos sobre história, filosofia, sociologia, antropologia e tantos outros temas que nos fazem pensar e foram banalizadas pelo feitor de desavenças e ainda são por quem o segue. Sabemos que além das tragédias que ocorrem em determinados ciclos, o bem acaba vencendo.

A história da humanidade é assim. O bem e o mal se digladiando. O amor e o ódio medindo forças diariamente e as pessoas tentando se encontrar sobre quem são, quais suas missões, o que vieram fazer em vida e o que deixarão como história. Há quem só deixe rastros e há quem lute todos os dias para construir saídas onde o mal tenta se apoderar. Faço parte desse mundo.

Nós militantes por uma causa somos sobreviventes do caos, pois caminhamos de mãos dadas no front onde os desmandos acontecem, levando esperança onde amor é descartado pelas facilidades expostas e acreditando em nossas utopias alimentadas pelos sonhos diários de uma nova vida, onde o amor e o amar sejam protagonistas para o renascer de um novo mundo.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social


 

sexta-feira, 31 de março de 2023

Política, Religião e Futebol se discute sim...

 


Política, Religião e Futebol se discute sim...

Em respeito a todos e todas que foram torturadas e mortas pela ditadura militar sangrenta, além dos que lutaram até o fim contra o golpe de 64: Hoje é um dia para se lutar e não esquecer. Ditadura nunca mais!

Venho de uma geração católica que teve a Teologia da Libertação como o fundamento religioso de fé e resistência às ditaduras sangrentas militares que exterminaram pessoas na América Latina e teve na igreja progressista um ponto de encontro com a esperança.

Uma igreja que assumiu na época a Opção pelos Pobres, a partir dos Encontros de Puebla e Medelim e a igreja templo movida pelo dinheiro resolveu perseguir os mentores intelectuais dessa Teologia e os puniu de várias formas, criando uma vertente da igreja light proibida de falar em política que fica saltitando nas praças em nome de Jesus e de costas para a exploração e a todas as formas de violência que assola o país.

Essa forma de ser da igreja católica conservadora direitosa, aliada principalmente às igrejas pentecostais, odeia o Papa Francisco, odeia política, odeia Lula e o PT e odeia quem pensa, tudo em nome do comunismo que por total ignorância política, nem imaginam o que possa ser. Eu tenho é muita pena dessa gente sem história.

O resultado desastroso disso foi votarem, elegerem e apoiarem um genocida fascista, que não respeita nem mesmo a filha que tem, mas se tornou o mito dessa gente.

Foi no combate às ditaduras, na luta contra todas as formas de discriminação, preconceitos e violências que chegamos até aqui. Ao contrário dessa geração alienada que votou num monstro como herói, lemos Paulo Freire, estudamos muito os clássicos, discutimos muito o melhor da política, participamos ativamente dos principais momentos políticos de enfrentamentos por direitos, justiça e liberdade e caminhamos para a construção de uma nova sociedade justa, fraterna e igual para todos e todas.

Mesmo que nos chamem de utópicos, é a utopia que nos move, alimentada todos os dias pelos sonhos de um novo mundo. Pelo menos quando não mais existirmos, saberão que erramos muito e pedimos desculpas a quem magoamos, mas saberão também que deixamos uma história escrita por várias mãos e sentidas por vários corações.

Creio que viver seja isso. Não ter a vergonha de ser feliz e estar sempre a serviço das causas humanistas e que servirão de flores no caminho das lutas que virão para que os jardins nasçam primeiro nos corações de quem ama a vida e se sensibiliza com milhares de pessoas que são exploradas e se submetem a viver numa subvida...

Um aviso à nação alienada seguidora do monstro sem alma e sem luz: Discutir política, religião e futebol, entre outros assuntos, faz bem à cabeça e principalmente ao que vocês vão deixar de herança cultural para os filhos e as filhas de vocês. Que tal?

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

terça-feira, 21 de março de 2023

De um se fizeram dois...

 

No princípio era só um canto. Uma cantiga para se cantar sob olhos e carinhos de quem carinho quer dar. Algo que desse conta de enfeitar uma noite estrelada com luar e tocasse corações levando o que de mais belo pudesse ser. Desafiando quem sabe cada pessoa presente a contar um pouco dos seus causos de amor e de amar.

Quando a roda se formou emiti um grito no ar: “Canta que te quero canto, algo afinado e repleto de sons que dialoguem com a realidade de cada ser presente. Traga para bem perto dos meus ouvidos, já um tanto deficientes, para que eu possa acompanhar e sentir o tom suave e o pulsar forte que vem de cada coração enamorado pela vida...”.

Não estou só presente nesse estado de espírito. Vou me envolvendo como um menino que perdeu o melhor da festa por suas traquinagens em vida e para pensar no que se foi, mas sabe que a festa mal começou e com ela o melhor ainda está por vir”. O sentimento é que tudo chegará quando a vida der um suspiro e possa devolver em cor a flor que plantamos no nosso jardim ou a imagem de um beija flor que insiste em ficar...

Quem está de vermelho conte-me um conto do que melhor aconteceu na última festa. Caso não saiam as palavras, apenas dedilhe no violão um pequeno acorde que nos faça sonhar. Um tom. Dois tons. Três tons e a história vai tomando forma na mente e coração de quem se atreve a viver intensamente essa trilha de vida que é o ato de amar...

Quem está de verde, puxe uma dança. Desafie os ritmos. Envolva as pessoas. Tire-as para dançar. Não zombe de quem não sabe. Apenas envolva com carinho quem se dispõe a envolver seu corpo no batuque ou na melodia e tudo acaba num ritmo só.

Viver é viajar também em palavras contando o que a mente elabora e o que o coração sente. É assim que a vida se faz presente e de um se fizeram dois. De dois se fizeram quatro e antes que de quatro se façam dezesseis espalharei pelo mundo o doce perfume vindo do Jardim da Alma, pois o melhor da vida acontece quando o verbo é Almar...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social



quarta-feira, 8 de março de 2023

Mulher em sua essência Mulher...

 

Hoje Dia Internacional da Mulher bem que poderia ser um dia só de festas, pela importância que o ser Mulher tem, porém é dia de muita luta por todas que morreram assassinadas e por tantas outras que ainda são tratadas como um produto a ser usado e descartado por uma sociedade machista e ainda com um toque de misoginia, que precisa ser criminalizado.

Do ponto de vista de uma sociedade machista, racista e patriarcal, observa-se que houve pouca evolução do ser mulher ao longo dos tempos, pois ainda figura quase como um objeto por uma grande parte da sociedade, ganha menos que os homens e principalmente no que se refere ao desrespeito, preconceitos e violências de toda ordem se chegando ao feminicídio como uma “lavagem da honra”, que é algo surreal e por conta disso uma mulher é assassinada a cada seis horas.

Porém do ponto de vista de um processo de organização e de lutas coletivas, houve nos últimos anos uma grande evolução. No meu entendimento foi o segmento que mais cresceu em termos de organização, conquistas e ocupação do seu verdadeiro lugar como protagonistas.

Por outro lado, uma grande parte delas não se deram e ainda não se dão ao respeito, apoiando um genocida, pedófilo, racista e fascista, que desdenha do ser mulher e acha que a filha só nasceu com o gênero feminino devido a uma fraquejada sua. Para essas mulheres nossos pêsames, sentimentos, revoltas e a certeza de que serão enfrentadas nas lutas futuras.

Para quem respeita o ser mulher segue junto, construindo junto, driblando inclusive determinados comportamentos machistas de se sair cada dia com uma mulher diferente, que na prática só realça ainda mais o machismo incrustado na sociedade.

Eu continuo torcendo e vibrando a cada conquista das mulheres que lutam e avaliando todas as possibilidades futuras, onde imagino que a próxima revolução será feminina e eu quero estar junto para caminharmos rumo a uma sociedade justa, fraterna e igual para todas e todos...

Salve toda mulher que conseguiu entender e assumir que seu lugar é onde ela quiser...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social


sábado, 18 de fevereiro de 2023

O que é o carnaval?

 

Imagem: 
Acadêmicos do Salgueiro no Carnaval 2023 : samba-enredo “Vermelha paixão salgueirense” - Carnaval no Brasil

Para muitos e muitas apenas uma festa pagã. Para tantas outras pessoas um momento de pura descontração e também de protestos nos enredos de algumas escolas de samba. Uma mistura de sentimentos, fantasias e de ver o povo extravasar suas neuras.

Porém existe algo no ar além dos aviões de carreira, como dizia o Barão de Itararé, quem banca ou quem financia a estrutura das escolas de samba? Esse é um tópico que merece um estudo especial, pois nele está contido dinheiro de toda ordem e origem, sem contar que algumas escolas ainda têm “dono”, como já foi no passado com o jogo do bicho...

Conta a história que o evento das escolas de samba começou na década de 1920 com a popularização do carnaval e do samba e os desfiles oficiais começaram em 1932, idealizado por Saturnino Gonçalves, sambista e primeiro presidente da Escola Estação Primeira de Mangueira.

Quem criou o evento como concurso foi Mário Filho, jornalista e dono de um jornal de esportes o “Mundo Esportivo”. O primeiro concurso teve 19 blocos e teve a Mangueira em primeiro, Vai como Pode e Linha do Estácio em segundo e Unidos da Tijuca em Terceiro. Daí em diante foi criado o universo, com algumas mudanças como vemos hoje.

Voltando ao assunto dos diversos universos que divide esse mundo da alegria, temos alguns eventos de fundamentais importância para que ele ocorra, o papel das comunidades organizadas como conteúdo e os blocos populares, que acaba pondo o povo pobre em contato com o samba e com esse momento de descontração.

A música “Visual" de Beth Carvalho, já em sua primeira parte, conta um pouco do que aconteceu com essa festa popular, onde o dinheiro interveio diretamente:

“Depois que o visual virou quesito. Na concepção desses sambeiros. O samba perdeu sua pujança, ao curvar-se à circunstancia imposta pelo dinheiro. E o samba que nasceu menino pobre, agora se veste de nobre no desfile principal. Onde o mercenarismo impõe sua gana e o sambista que não tem grana, não brinca mais o carnaval...”.

Assim como tudo no universo do capitalismo, foram criados cenários ou faixas de participação, onde na classe especial e primeiro grupo desfila um tipo de gente e nos demais a população pobre, que acaba ou fazendo sacrifício para estar entre a “nobreza do carnaval” ou vai com todo amor e carinho para as escolas menores e para os grupos.

Veja mais sobre "Escolas de Samba" em: https://brasilescola.uol.com.br/carnaval/escolas-de-samba.htm

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social


segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Chegaremos maiores do que éramos...

Quando eu era criança morando no sítio da família, meu único sonho que lembro era do meu pai nos buscando para a vida em São Paulo e isso me fazia prisioneiro do tempo, sem mesmo saber do que se tratava. Na verdade, eu viria a ser um retirante futuro de uma selva de pedra.
Quando chegou o tão esperado dia e uma viagem precária de quase três dias de ônibus, estávamos em São Bernardo do Campo morando em dois cômodos, num bairro com pessoas de origem europeia, tipo classe média baixa e aí em vim a descobrir o que era preconceito, além de outras violências que eu e minha família passávamos. Porém tudo isso me serviu de iniciação na vida política e mais tarde me permitir classificar seus efeitos como a divisão de classe sociais.
É fundamente minha volta ao passado para valorizar ainda mais a vida presente, a vitória de Lula Presidente contra um genocida tacanho de origem fascista, estar alinhado com as pessoas que enfrentaram e enfrentam o mal e lutam por um outro mundo possível e colher alguns frutos plantados desde o tempo de infância, além das vitórias pessoais num mundo dividido e pobre.
Só em eu ter ficado durante todo o meu tempo de vida política ativa, do lado certo da história já valeu a pena ter nascido e ainda poder ir adiante por pequenas conquistas coletivas me deixará cidadão do mundo junto com sonhadores e sonhadoras que de mãos dadas caminhamos ao futuro.
Quem sabe seja esse o legado que deixarei à minha filha, marcado pela revisão diária dos meus erros, busca de conhecimentos para a luta contra a ignorância política e a missão de construção de um mundo justo, fraterno e igual para todos e todas, onde as pessoas consigam viver bem entendendo política a partir de um projeto, mas principalmente que se sintam gente de verdade.
Não tenho dúvidas que chegaremos maiores do outro lado da ponte do que chegamos até aqui, a partir da participação onde requer nossas presenças e se houver tempo, poderemos até compor uma canção que fale de vida, de amor fraterno e de diversas formas de amar.
Como penso meu futuro? Algo simples, como viver em paz até o último instante com pessoas que me amam de verdade e deixar uma história de vida, onde as pessoas se sintam identificadas, sempre plantando, regando e colhendo o que o jardim da alma se dispuser em me compensar.
Meu jardim particular tem à frente Lágrima de Cristo, a planta preferida da minha mãe e junto a ela diversas outras a começar por dez pés de morango e uma Rosa de Pedra completamente florida, que veio em viagem para compor meu jardim, onde a única tarefa é cuidar todos os dias.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni) Estatístico e Pesquisador em Gestão Social


 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

É possível uma desintoxicação em quem só votou no Inominável?

 


Faz-se necessário separar quem só votou no genocida, mesmo sabendo de forma clara de todos os seus atos desumanos e o que ele defendia como projeto, portanto, concordando com eles e as pessoas que se tornaram adeptas, seguidoras e militantes de suas loucuras fascistas-golpistas, mesmo que seja difícil entender mulheres, negros e negras e pobres votando nesse elemento.

Encaro tudo que ocorreu e vem ocorrendo a partir do inominável e seus seguidores e seguidoras, culminando com os atos terroristas do dia 8 de janeiro, do genocídio indígena escancarado ao mundo e de tudo que ocorreu nos quatro anos de desgoverno, como uma grave doença mental, associada ao caráter, alma e espírito, tamanho é o absurdo contido nesse filme de horrores. Com toda certeza não somos do mesmo mundo, como nem mesmo da mesma matéria.

Estamos falando de algo cruel que invadiu as igrejas de todas as fés, arrastando padres e pastores reacionários para um fundamentalismo religioso e tentando criar uma espécie de deus jagunço que aprova a matança de quem se puser contra essa trupe do mal. Algo muito distante do Deus da fé, do amor e da solidariedade, que nos acostumamos a respeitar. Na real esse povo precisa mesmo é estudar história, pois se tornaram ignorantes políticos, como bem descrevia Bertolt Brecht.

Como professor de Gestão Pública, não conhecia duas dessas anomalias como elementos políticos que pudessem decidir uma eleição ou ser elementos diários na vida dessas pessoas que se deixaram seduzir pelo canto do mal desse inominável: A mentira, chamada de Fakenews e o ódio mortal ao que chamam de esquerda e comunismo, que nem mesmo sabem, do que se trata. A ignorância política não os deixa saber, pois sucumbiram e morreram como seres pensantes. São apenas pobres criaturas que transitam pela vida chamuscadas de ódio.

Creio que ainda ser possível resgatar desse mundo de trevas, uma pequena parte dessas criaturas, porém apenas as que votaram e hoje se escondem por vergonha ou mesmo votaram para não votar em Lula, ao qual declaram ser ladrão. Que bom seria se o inominável fosse apenas ladrão. Com a quebra do sigilo vergonhoso de 100 anos descobriremos muito mais sobre ele, além do que já sabemos, que do ponto de vista humano é deplorável.

Para quem me conhece a partir das minhas prosas, no momento, ainda abalado com tudo que vivemos, ando fazendo pequenas análises, principalmente para por para fora o que a mente transborda, mas num futuro próximo, baseado em tudo de bom que venho acompanhando de mudanças, voltarei às minhas prosas, onde coração e alma darão conta de um novo enredo.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social


domingo, 22 de janeiro de 2023

O sonho de um mundo possível...

 

Como pesquisador e sonhador, busco sempre um insight que aponte para a criação de um novo mundo. Um mundo justo, fraterno e igual para todos e todas. Uma estrutura de vivência, onde o direito de existir com dignidade seja maior do que o resultado da conta bancária, de que carro possuímos ou de que tipo de casa e bairro moramos. Porém, longe disso acontecer, para uma parte da sociedade é assim que somos julgados e que acaba determinando qual é o nosso lugar na sociedade de desiguais.

É a tal da meritocracia, como se afortunada não fosse, a culpa seria só da pessoa que não se esforçou ou não se adaptou ao sistema e merece ser tratado ou tratada como cidadão e cidadã de segunda ou terceira categoria. São os efeitos do capitalismo, que do ponto de vista humanitário, vem provando ao longo dos tempos que não deu certo.

Assumir uma postura política defendendo de forma clara contra o golpismo e a favor da democracia não é fácil, pois as punições chegam, ora via mensagens e ora em atitudes, como aconteceu recentemente, na recusa de um trabalho que sempre faço anualmente para uma empresa de São Paulo, com a desculpa que não fará o serviço esse ano.

É bom que se diga que sempre foi assim, apenas o momento que vivemos está mais claro e direto, pois estamos divididos em dois mundos, desde as eleições de 2018 e por certo continuaremos, pois o fascismo entra nas entranhas de quem se deixa levar e só sai se a pessoa acordar e quiser, ou pior viverá achando ser esse o mundo ideal.

Do outro lado da ponte mora um monstro chamado “mercado”, que para que fique bem tranquilo e saudável, qualquer governo deve desprezar as pessoas pobres, pois representam apenas gastos e fazer todas as suas vontades, caso contrário o dólar sobe e a bolsa de valores fica em queda. Ou seja, menos lucros para os capitalistas selvagens.

Assim é a vida na real. Há quem tenha vindo ao mundo à passeio e há quem veio ao mundo à trabalho, no sentido de deixar sua contribuição a um mundo possível, onde a solidariedade seja pauta e o amor fraterno o caminho para todas as formas de amar.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

O poder destruidor de uma mente doentia...

 

Um pouco antes da pandemia, eu participei de uma conversa filosófica com base no livro da escritora americana Michiko Kakutani: “A morte da verdade”, onde ela desenha com palavras, o mundo sombrio dos bastidores da eleição do Trump, pois a partir de então, com tantas manobras, mentiras (Fakenews) e depois golpismo na invasão do Capitólio, para uma grande parte dos americanos a verdade como a conhecemos tinha morrido.

Mal sabíamos nós que iriamos passar pela mesma situação. A eleição do inominável Senhor das Trevas, seguindo esse mesmo roteiro de Trump, nos deixou órfãos de atitudes, vendo parte da população submissa a um ser sem nenhum escrúpulo, nos dando a entender que ou seria um processo de alienação em massa ou ainda pior, estamos diante de uma nova geração incapaz de pensar, comandada por um genocida, fascista que cultua a morte, principalmente de índios, negros e negras e petistas. No mínimo é de se lamentar e torcer para a história no futuro contar a verdade.

O que existe na real por trás disso é um ódio mortal, misturado com preconceitos e muita discriminação, encarnado na figura de Lula, um nordestino de origem pobre, com nove dedos e que teve a coragem de governar o país e sair com mais de 80 por cento de aprovação, sob a tutela de ser ladrão. Alguém que ficou 580 dias preso, sem provas e os petistas não mataram ninguém, tampouco tentaram um golpe como essa trupe do mal.

Com muita tranquilidade eu hoje tenho muito claro que votaria mil vezes num ladrão, que até hoje não acharam o que ele roubou em nenhuma parte do mundo e jamais votaria em alguém genocida, fascista, pedófilo e principalmente golpista que desclassificou e adulterou a verdadeira política. Assim caminhamos por dois mundos.

O bom de tudo isso é que acabamos descobrindo num processo eleitoral, quem é quem no mundo das ideias e atitudes. Eles e elas acham que somos o joio, mas nós achamos mesmo que somos pessoas normais que sempre lutamos por um mundo justo, fraterno e igual para todos e todas, onde o ato de amar o próximo não é uma mera ilusão disfarçada no fanatismo religioso e sim uma prática saudável de amor fraterno.

Caso eu pudesse dar um conselho a esse povo, diria que se tratem, pois estão com  uma grave doença, onde o ódio invadiu seus corações e mentes e levaram todos vocês para um submundo das trevas, onde a felicidade não existe, pois ela é um estado de espírito para uma alma em brisa que jamais combina com quem vive de ódio.

Deus me livre das pessoas de bem. Aquelas que se enrolam na Bandeira do Brasil e se acham “patriotas”, que vão às igrejas todos os domingos e desejam a morte de Lula e de petistas. Prefiro como Raul, ser essa metamorfose ambulante que se cria e se recria sempre a partir de novos valores, do que aquela velha opinião formada sobre tudo.

Como gente doente de ódio não gosta nem mesmo de poesia, quem sabe o antídoto para tudo isso seja a prática de continuarmos amando como se não houvesse amanhã e irmos escrevendo nossos contos, prosas e relatos de forma poética, porque viver bem e amar de verdade já é a poesia em si. Ousar amar como princípio, meio e fim... 

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social


segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

O que se enxerga pelas frestas da história...

 

Estamos tão tomados ainda pelos últimos acontecimentos, que acaba nos levando a comentar de forma angustiada ou tentar entender como tudo isso caminhará daqui para frente. Além disso se faz necessário entendermos qual poderia ser a nossa contribuição no trato com o golpismo, que continua vivo lardeado por gente bem próxima de cada de um e uma de nós.

Como início de conversa, precisamos entender que o fato de Lula ter virado Presidente não significa que ele chegou ao poder, até porque segundo Marx, num país capitalista quem determina o tom da conjuntura diária é o econômico, que o diga Josué Alencar presidente da FIESP, que pode ser destituído do cargo apenas porque defende a Democracia. É a Bolsa de Valores e o Dólar que media o clima político, apoiados por setores da imprensa golpista.

Porém o fato do fascismo ter governado por quatro anos e o fanatismo planejado ter chegado ao terrorismo do dia 8 último, pôs nas pautas diárias a partir de então, a necessidade da defesa intransigente da Democracia, mesmo que seja a burguesa baseada apenas numa representação falida, onde as pessoas votam por paixão ou por indicação e não por entendimento político em quem está votando. Um fenômeno de “massa” a ser usada.

Um alerta que precisa ser vigiado, vem dos corredores do Congresso, por parte da oposição ao Governo Lula com um discurso por anistia. Aquela mesma oposição que foi conivente o tempo todo com o golpismo, negacionismo e toda sacanagem do genocida fascista. Sem anistia a essa trupe do mal. Lula ficou 580 dias preso, mesmo sem provas do que poderia ter feito.

Claro que não é atoa que os tubarões do golpe voaram para os EUA para se encontrarem com o capetão, sabemos que estão tramando algo, quem sabe o próximo golpe. A Flórida é governada por um direitoso o que lhes garante ficarem ilesos, nem que seja por enquanto.

A prisão de parte do rebanho, a desmontagem das concentrações golpistas e o cerco aos financiadores, por certo enfraquece por ora o movimento golpista, porém tem que se chegar aos mentores intelectuais do golpe, que vai desde os militares omissos até o capetão. Vê-lo preso não é revanchismo e sim um ato de justiça para que pague pelos crimes cometidos contra a humanidade, como mortes, descaso e fome, além do rombo aos cofres públicos.

Estaremos vigilantes no acompanhamento e sabemos que ações estão sendo tomadas, porém não se pode vacilar. O momento é agora de desfazer os planos até então e punir severamente quem atentou contra a Democracia e contra o destino popular do resultado das eleições.

Viva a Democracia Participativa!                             

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social


sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Uma breve análise possível...

 

Acredito que mesmo o mais sábio ou sábia analista não conseguirá fazer uma análise com precisão do que poderá ocorrer, nem mesmo até o final do dia, tamanha é a velocidade com que os fatos políticos estão ocorrendo. Apenas traçar um pequeno cenário das ações e ir alimentando as redes com tudo que está ocorrendo. 

A percepção que tenho é que o Presidente Lula sairá politicamente mais forte desse processo, porém pisando em campo minado. O fato de as três casas terem sido destruídas pelos fascistas acabou unindo os poderes por pura necessidade e a repercussão e apoio internacional deram o tom político da necessidade de medidas emergenciais que deverão ser tomadas urgentes.

Algo que pôs o governo brasileiro no centro das atenções mundiais e o escroto genocida fujão como uma persona non grata em vários países. Segundo a ONU e a OEA, depois da invasão do Capitólio, tentativa recente de golpe na Alemanha, o fascismo chegou ao Brasil e poderá estar presente em qualquer país do contexto mundial. A extrema direita fascista e golpista cresceu mundialmente, se organizou e hoje é uma ameaça real.

Vivemos uma tentativa de golpe que não aconteceu como previsto, mas como se fala: “A cadela do fascismo está no cio” e todo cuidado ainda será pouco para que Lula governe em paz e com alguma segurança. Como confiar ele nos estados? É temerário.

Defendemos a imediata prisão do escroto genocida, junto com todos e todas que financiaram, agiram e arquitetaram o golpe, sem nenhum direito a anistia, pelo menos pelo tempo que pague pela morte de milhares de pessoas, além das mortes cometidas por sua trupe do mal. Ainda bem que a barbárie ocorreu alguns dias após a posse.

Chegamos a esse processo eleitoral divididos e divididas em dois mundos e continuaremos assim. Um que vale tudo para se chegar ao poder num processo surreal de desrespeito e ignorância política e o outro no mundo que sempre lutamos, sonhamos e organizamos, rumo a uma sociedade justa, fraterna e igual para todos e todas, menos com todas as pessoas que compactuam com o fascismo e com o golpe de estado.

A grande pergunta é o que fazer daqui para frente. Para a militância política o momento requer um processo de formação na base dos movimentos e com algumas pessoas que se sentem incomodadas e não sabem o que fazer daqui para a frente, lembrando que logo mais teremos mais uma eleição, com muita gente querendo nos representar e grande parte delas sem ter a menor noção de suas tarefas e do partido que representa.

Creio ser essa a grande tarefa. Formar e ajudar no processo de organização da sociedade por direitos, onde seja possível irmos plantando flores nos jardins da vida e deixando as nossas marcas por onde passarmos para que continuemos de mãos dadas rumo a um futuro em que o amor fraterno e a solidariedade sejam as palavras de ordem.

Caminhemos juntos e juntas na defesa do que plantamos, para enfrentarmos as ervas daninhas que nasceram no caminho.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social


quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Um recado aos golpistas e apoiadores de plantão...

 

Já passei da fase de ficar chocado vendo pessoas que foram escrachadas como: mulheres, negros e negras, índios, pessoas homo afetivas e principalmente pobres votando e apoiando um delinquente, genocida que zomba da morte e traz consigo a desavença, a mentira, a morte e a tortura como símbolos. 

Hoje depois da barbárie de domingo, onde um grupo organizado dessa turma, financiados por empresários conhecidos e seguidores do capetão e por certo, apoiados pelos seus eleitores e eleitoras que torciam e assistiam do sofá o desmonte dos organismos da democracia, me pergunto: Será que vocês acham mesmo que ia ficar tudo tranquilo depois disso? Ou ainda que íamos prestar continência para um golpe?

Envergonho-me muito ao ver professores e professoras e tanta gente que passou pela escola e não se deu conta do que está em jogo. Não se trata de não respeitar um “ladrão de nove dedos”, como chamam ser eleito pela maioria do povo e sim vocês pensarem como fascistas e agirem como fascistas. O fascismo é a chama do mal. Não respeita nada e nem ninguém. Respeita apenas seus líderes insanos, que nem de louco devem ser chamados, pois a loucura é uma doença. Eles são possuídos pelas forças do mal.

Politicamente falando, vocês perderam as eleições e perderão até o rumo de casa ao apoiarem todos os atos criminosos e golpistas que foram e vierem a ser praticados, pois a democracia é e será defendida até as últimas consequências como a última ponte entre o bom senso e a barbárie. Nós sempre estaremos do lado da Democracia.

Uma coisa é certa. Os novos moradores da Papuda e tantos outros presídios aprenderão na marra o que são Direitos Humanos, pois mesmo sem merecerem os terão por parte do governo Lula e quem sabe terão tempo de pensar que estarão marcados e marcadas para o resto da vida como golpistas que delapidaram o patrimônio público por um golpe e vão pagar muito caro por isso, sejam pelos bolsos ou ainda pela história.

Nós sonhadores e sonhadoras de um novo mundo, seguiremos juntos e juntas, de mãos dadas em luta rumo a uma sociedade justa, fraterna e igual para todos e todas, menos com vocês golpistas e apoiadores do genocida das trevas. Com vocês não!!!

Viva a Democracia!

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

O dia em que Brasília parou para ver a felicidade passar...

 

O dia em que Brasília parou para ver a felicidade passar...

Um mar vermelho apontando para o infinito. Um banho de povo com ar de quem encontra com a felicidade e um calor humano que há muito não se via. De repente Brasília foi tomada por uma alegria composta por gente feliz dos 27 estados, vindas de todas as formas e dispostas a pagar o preço por um grande momento de emoção.

O ato de posse do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um daqueles momentos lindos e marcantes que ficará para a história, como o dia em que Brasília parou para ver a posse do único Presidente da República eleito por três vezes, num cenário de plena paz e um colorido de deixar o coração em plena brisa.

Lula chega cuidadoso, peitando o fascismo, se comprometendo perante uma multidão avaliada em 300 mil pessoas e prometendo apesar dos pesares, governar para todos e todas. Além disso, dizendo em alto e bom tom que cuidará do povo pobre e que não haverá trégua na luta contra o fascismo, a mentira e a intolerância. Todos os desmandos do senhor das trevas fujão serão apurados e postos a público.

Porém, o ponto alto do evento foi a subida da rampa com quem os fascistas odeiam junto com a cachorrinha Resistência e a entrega da faixa de forma coletiva, finalizada por uma mulher negra e catadora, simbolizando o povo brasileiro de bem e que sabe o que quer. Um grupo de invisíveis que juntos fizeram história e hoje estão nas lentes do mundo.

Foi um dia especial para ficar nas nossas mentes e corações, deixando um estadista empossado, que terá que quebrar os muros deixados pelo agente do mal, que até as chaves do Palácio do Planalto levou e com a certeza de que teremos uma nova forma de governar, além da revelação esperada do que o inominável quis esconder por 100 anos.

Que chorem os perdedores fascistas, que neguem o inegável, que sucumbam em seu ódio, que morram de inveja, que nos chamem de ladrões, mas, porém, contudo, por quatro anos verão que ser patriotas não é sequestrar a Bandeira e o Hino Nacional, lutar contra a Democracia e tampouco perseguir petistas. Ser patriota é lutar contra todas as desigualdades, preconceitos, discriminações e ter a coragem de construir um país onde a fome não exista, além de caber todas as pessoas de bem rumo ao futuro.

Caso fosse escolher uma música para dar conta do que aconteceu em Brasília, escolheria a do Caetano: “A minha alegria atravessou o mar e ancorou na passarela. Fez um desembarque fascinante no maior show da terra...”.

A ida à posse de Lula me trouxe uma certeza. Caso eu volte na próxima encarnação, continuarei a ser de esquerda na luta contra todas as injustiças e construindo um caminho de liberdade, além de continuar plantando flores no Jardim da Alma e caminhando de mãos dadas com os sonhadores e as sonhadoras na construção de um novo mundo, onde o humanismo se faça presente e amor fraterno seja a palavra universal. 

Salve o futuro que nos espera!

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social


terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Um tic tac. Um tic toc...

 

Um tic tac. Um tic toc...
Uma sopa de letrinhas que se juntam e vão compondo uma forma de pensar, onde o novo e o velho se alinham mirando o passado e o presente, oferecendo a quem nos ler um gosto festivo de vida, porém com a preocupação e o compromisso de não se esquecer de quem passa fome pela ganância e usura humana.
Que gosto tem a sensação de pequenas vitórias, num mundo tão louco como esse? Quem sabe o gosto de missão cumprida, onde mesmo que não seja completa, pois sempre falta alguma coisa ou algum detalhe para o colorido final, podemos deitar a cabeça sobre o travesseiro e dormir em plena paz, pois é sinal que a vida pulsa.
Um olhar ao passado para se aprender com nossas vivências. Um suspiro aliviado no presente nos leva aos agradecimentos e a sensação de uma brisa leve no rosto nos faz lembrar que o amanhã é uma porta aberta enquanto vida tiver e que será o resultado das nossas escolhas de ontem e de hoje, nos levando até aonde podemos chegar.
Um teclado à frente. Um pensamento e pouco a pouco vamos compondo o que os olhos veem, a mente repousa em pensamento e o coração vai impondo seu ritmo.
De repente uma Prosa, que se inicia de forma incompleta e aos poucos as palavras vão contornando o dia a dia, passeando pelas noites e oferecendo a quem nos ler uma pequena viagem rumo a um mundo, onde tudo pode e tudo acontece, pois a imaginação voa e nos permite realizar em sonhos o que ainda poderá vir.
Que seja plena. Que seja luz. Que seja de sonhos. Que seja o texto e o contexto para mais um final de ano, onde possamos celebrar em união, mesmo com a saudade de quem se foi, o Natal, o Ano Novo e a esperança de que vencemos um momento de trevas, afirmando com voz alta que o AMOR VENCEU MAIS UMA VEZ O ÓDIO e nós juntos e juntas brindaremos o belo amanhã que se anuncia...
De fato, o poeta Belchior tinha razão: Viver é melhor que sonhar, porém são os sonhos mantidos vivos e trabalhados como projeto de vida que nos levam às nossas utopias.

Antonio Lopes Cordeiro (Toni) Estatístico e Pesquisador em Gestão Social

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Em que mundo você vive?

 

A vida vai nos ensinando que vivemos em mundos diferentes de muita gente que apenas nos rodeiam, mas não fazem parte do mesmo mundo que sonhamos e lutamos para que um dia as nossas utopias deem conta de criar, junto com sonhadores e sonhadoras que caminham conosco.

Existe uma sabedoria popular que afirma que, tirando as pessoas que vieram para tumultuar o ambiente, como vemos essa geração que nos chama de ladrões, mas cultua um genocida, machista, racista, pedófilo e fascista, a população se divide em quem veio ao mundo a passeio e quem veio a trabalho. Entendendo passeio quem não tem compromisso com nada e trabalho como quem se dedica a uma causa e vai compondo uma história a ser contada no futuro.

Essas variáveis acabam definindo nossas personalidades, compostas por valores e princípios, assim como as nossas formas de pensar e agir. Sejam no trato com as pessoas e suas vivências e principalmente na relação a dois. Amor não se inventa. Assim como uma flor, quem não ama não cuida e tudo acaba morrendo por falta de trato e zelo. Na verdade, quem não consegue amar uma flor, não ama nem a si mesmo ou mesma. Jamais saberá o que seja o Jardim da Alma.

Há muito tempo venho desenhando meu mundo, colorindo a partir da minha forma de ser. Riscando em paredes, desenhando em árvores e espetando pequenos marcos na terra onde piso, sempre com o cuidado de não repetir velhos erros cometidos e que tem um alto preço.

Qual seria esse mundo? Um mundo de paz de espírito para que eu possa continuar lutando pelo que acredito ser um mundo melhor. Apostando nas diversas formas de amar e entendendo que o vamos deixando pelo caminho, só servirão para quem consegue nos enxergar, além da cor, porte físico, conta bancária e que bens possuímos ou queremos possuir.

Um mundo com jeito de hoje, onde se acumula o tempo de vida com suas diversas experiências, com luares, sóis e algumas tempestades, porém com a disposição de procurar após cada uma delas, um arco-íris para colorir o meu dia e cantar uma cantiga acompanhado à espera de um belo pôr do sol.

Tenho certeza de que esse seja um mundo possível de ser vivido. Basta apenas que eu não perca a vontade de continuar sonhando e continue acreditando que o melhor ainda virá...

Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social