Toninha Carrara (PO)
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Toninha Carrara (PO)
Ao fecharmos os
olhos e nos voltar aos nossos pensamentos, promovemos em nossa mente uma pequena
viagem interior, onde todos os EUs contidos dentro de nós entram em ebulição e
juntos promovem momentos de ampla reflexão ou de prazer pela vida.
Para Freud o pensamento é a “ativação” ou “inibição” de
sensações associativas de origem nervosas e neurais. Ou seja, é por onde
transita as nossas emoções. Quem sabe o desafio seja de como lidar com elas ou
como tirar delas seus melhores exemplos.
Hoje me pego pensando
no que diferimos de muitos animais tidos como irracionais. Quem sabe seja a
possibilidade do ato de pensar, que vai nos mostrando o passado, presente e o que
ainda poderá vir ou não. Quando os pensamentos se transformam em ação acaba nos
revelando quem somos, com todas as nossas forças e fraquezas.
Vivemos num
mundo em descompasso, sempre à espera do caos, com pouca luz interior, rodeados
de muitas pessoas perdidas, disputando o nada, buscando confundir as mentes alheias
e brincando de amar, como se o amor fosse apenas um momento e como se existissem
várias vidas, onde fosse possível com um simples toque (a la Midas), emendar um
cenário em plena desconstrução pela ganância e pela disputa de poder.
Que mundo você
projeta para o que ainda lhe resta de vida? Que mundo você constrói em seus pensamentos
ou em suas práticas, mesmo sabendo que estamos divididos no campo dos valores,
princípios e principalmente na luta diária entre o Ter e o Ser?
Quem acha que
pratica o bem convivendo ou dando espaço em seus pensamentos e práticas ao mal,
mais cedo ou mais tarde descobrirá que jogou fora um tempo precioso para a
construção de marcas e ao invés disso vai deixando apenas rastros em sua vida.
Viver é isso. Um
desafio diário em curso. Uma vida a ser vivida. Pessoas que podemos mimar ou magoar.
Conter o ego que quer ser maior que o projeto de vida e uma luz que sempre acende
e que podemos dividir com alguém para iluminar seus caminhos.
Sempre é
possível aprender, crescer e mudar no sentido de nos acomodar melhor nessa vida
e ao migrarmos para uma nova possamos deixar nessa um toque de esperança, o
arrependimento pelos atos em descompasso, a beleza refletida numa planta que cuidamos
e a certeza de que o amor verdadeiro é a única possibilidade de deixarmos vida
em movimento e não matarmos o jardim da alma que tenta se refazer todos os dias
e se não tivermos o cuidado matamos cada flor que poderia embelezar a vida de
alguém.
Antonio Lopes Cordeiro (Toni Cordeiro)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
Autor do Livro: Cabe um Mundo no Mundo das Palavras – Prosas no Jardim da Alma
Hoje 1º de maio é o dia da classe trabalhadora. A classe de
pessoas que tudo produzem e sem as quais quase nada no mundo existiria, pois
tudo que nos rodeia vem do trabalho humano. Sem trabalho não há vida.
A classe trabalhadora sofre exploração, mas é vitoriosa, porque enfrenta sempre qualquer situação de tormento e segue driblando os problemas que são colocados no caminho. Como disse o Papa Francisco, este sistema é insuportável. Só o fato de vivermos em um sistema que não foi feito para nós já é uma vitória. Este sistema é insuportável e nos últimos anos tem mostrado essas suas maldades insuportáveis:
RACISMO, VIOLÊNCIA POLICIAL COM IMPUNIDADE, DISSEMINAÇÃO DE VIOLÊNCIA PELAS REDES SOCIAIS, AGRESSÃO A CRIANÇAS NAS ESCOLAS, POPULAÇÃO DE RUA, ATAQUES À DEFENSORES/AS DOS DIREITOS HUMANOS. EXTERMÍNIO DOS POVOS INDÍGENAS E DOS QUILOMBOLAS, POBREZA E FOME, COVID 19 E RESSURGIMENTO DE DOENÇAS, FALTA DE MORADIAS, DESMATAMENTO SEM MEDIDA, DEGRADAÇÃO DO MEIO AMBIENTE, ATENTADOS CONTRA AS PESSOAS LGBTQIA+, VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES E MENINAS...
É preciso mesmo muita força para enfrentar este sistema com
tantas atrocidades. São muitas coisas ruins, mas ainda assim, a esperança
ressurge. A classe trabalhadora continua viva, de pé e mostra seu poder:
Mostra que é Povo que resiste e alcança conquistas em
centenas de organizações, movimentos sociais e populares, sindicais e
eclesiais, locais e internacionais e que conquista direitos, leis, estatutos,
assentamentos, políticas públicas... e que mesmo passando por percalços,
repressões e violências, vai driblando tudo isto e construindo a sociedade
justa, com a força das lutas:
GREVES COMO FORMA DE RESISTÊNCIA EM VÁRIOS PAÍSES, GREVES DE
VÁRIAS CATEGORIAS NO BRASIL, ORGANIZAÇÕES MUNDIAIS DE TRABALHADORES RURAIS E
URBANAS, MOVIMENTOS E FRENTES DE VÁRIAS FORMAS DE LUTA: associações populares,
grupos de jovens, movimentos de moradia, lutas pela terra, Grupos de luta pela
salvação do meio ambiente.
NOVAS FORMAS DE RELAÇÕES DE TRABALHO: Economia de Francisco e
Clara, economia solidária, agricultura familiar com produção de alimentos
orgânicos.
Por isso, temos esperança. Nossa esperança vem da fé e da
certeza de que o Reino de Deus é presente, porque deste Reino já vemos estes
sinais. E ainda contamos com a Presença
e atitudes do Papa Francisco e de outras lideranças que pregam a justiça e a
paz e que apóiam as lutas da classe trabalhadora.
Antônia
Carrara (Toninha)
É mãe de duas filhas.
Jornalista e professora aposentada.
Escritora e compositora popular. Atua na Pastoral Operária desde os anos
1980.
É trabalhadora voluntária junto aos grupos de economia solidária.
A verdade tal
como a conhecemos morreu? Estamos diante de uma nova edição do livro “A morte
da verdade”? As mentiras diárias chamadas de Fake News são ameaças à verdade. Como
conviver com essa nova realidade que infesta o mundo verdadeiro e alimenta a
mente de gente sem noção, sem projeto de vida e dominada pelo ódio?
Não tenho
dúvidas em afirmar que caso o genocida que desdenha das mulheres, que matou milhares
de pessoas com seu descaso, que foi intolerante com vários setores, que queria
ficar com as joias do Estado recebidas em troca do patrimônio nacional, que
tentou exterminar a nação indígena, o pai da mentira, que fugiu para não estar
perto do dia da posse, se tivesse sido reeleito, a verdade no mínimo, estaria agonizando.
Bem que ele tentou
de todas as formas escrotas para se reeleger, a exemplo mais visível impedindo
dos nordestinos votarem e depois comandando um possível golpe com a invasão do
dia 8 de janeiro, que para ele seria o golpe de estado perfeito. A frase do Ministro
Barroso diz tudo: “Perdeu Mané”! No mínimo vai ficar inelegível...
Um desgoverno
com tenebrosas transações, como dizia Chico Buarque em sua canção. O Brasil
fechado para o mundo e de chapéu na mão para os EUA. Isso só tem apoio de quem
pensa como ele e só não age igual porque não tem coragem e o tem como “mito”.
Achei hilária a
desculpa para postar um vídeo em apoio ao 8 de janeiro e depois apagar. Estava
doidão, sob efeito de remédio. O bom é que não convenceu ninguém que tem o
mínimo de juízo e sabe como ele agiu durante todo tempo que desgovernou o país.
Porém ele não falou atoa, buscava uma tese jurídica com esse procedimento.
Um alerta: Temos
que tomar cuidados com seus seguidores e seguidoras, pois além estarem entre nós
são perigosos e perigosas e agem sob o comando dessa trupe do mal.
O que sobrou
para ser administrado? O bom senso. O cuidado especial com o povo que mais
precisa. O carinho com a classe trabalhadora. O respeito aos índios e aos
quilombolas. O cuidado e o respeito às mulheres e o país saiu das trevas e
passou novamente a ser respeitado pelo mundo.
Um outro mundo
é possível e o construímos diariamente a partir das nossas utopias, sem ódio, andando
de mãos dadas, amando a vida e as pessoas e sonhando com uma sociedade justa,
fraterna e igual para todos e todas, onde a meritocracia seja uma conquista
quando as oportunidades forem iguais e não apenas para um setor abastado.
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
Diante de um mundo em
desalinho, com ausência de amor e picotado pelo ódio pelos habitantes da terra
plana, onde a mentira peita a todo instante a verdade, só mesmo os pensamentos
e o sonhos estão isentos dessas impurezas. Os pensamentos pelo livre-arbítrio de
pensar e os sonhos ao dormir por não termos o menor controle sobre eles.
A partir dessa pequena leitura
sobre uma fresta da vida, sobram ainda as viagens mentais e os sonhos em
pensamentos que nos movem de um ponto ao outro, trazendo histórias cheias de
vida, cheiro de mato molhado da infância e a vontade de que o que nos resta em
vida seja leve e nos leve a um belo arco-íris depois de cada tempestade.
Ao ousar desenhar o futuro, me
vem à mente que formato deveria ter, pois o que serei, o que será, o que
seremos e o que poderemos ser? De quantas retas precisamos? Quantos círculos
para se contornar o passado e o presente? Que canção podemos ir cantarolando
até o fim do desenho, ou o desenho não finda e vive em movimento? Com que cor o
pintaremos? Quem cabe no barquinho de papel que a nossa mente projetou?
De repente uma vista inebriante
vai tomando conta da nossa mente e o coração pulsa mais forte. Brisa de mar. Areia
branca. Céu de verão e uma chuva fina caindo sobre as árvores que parecem dançar
em agradecimento à natureza. Ao longe um pequeno rio que lança suas águas sobre
o solo de um antigo piso batido, onde quem sabe lá habitava alguém que amou
alguém e que hoje virou apenas lembranças a se contar.
Bem me quer sem mal algum. Uma
soma de dias, vidas e sentimentos, onde aprendemos com os erros do passado,
vivemos o presente de forma intensa e sonhamos com o futuro que ainda poderemos
ter. Realidade ou fantasia, é assim que é, pois da mesma forma que podemos
projetar um lindo horizonte, também podemos projetar a escuridão. Só cabe os
sonhos de cada um e uma de nós como acabamento final.
Quem sabe sejam os anjos que se
apresentam em sequencias numéricas, que de forma sutil vivem a nos dizer que o
melhor ainda virá quando o amanhã acordar da noite, pois mesmo que o frio seja
intenso, depois de cada inverno virá a Primavera para colorir o tempo, o nosso
jardim e as nossas vidas. Por acreditar que existe uma perfeita sintonia entre
o ser e a natureza em movimento, vou cuidando com carinho de cada plantinha...
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico Pesquisador em Gestão Social
É verdade que existe
no Brasil uma verdadeira overdose de partidos políticos. São 31 no total, onde
a maioria deles são apenas legendas para negócios eleitorais. Normalmente com
donos que compram e vendem partidos como se fossem mercadorias numa prateleira.
Apenas poucos partidos mantém o rito de seguirem uma linha ideológica.
Por outro lado,
quando não existem partidos é porque o país vive uma ditadura, como já vimos no
passado. Aliás o Brasil teve em sua história várias ditaduras e golpes. Em
regras gerais, a democracia representativa é ou seria feita para que o sistema
eleitoral sobreviva, apesar de viver na UTI pelo descaso e pela falta de
politização da população.
No âmbito do
processo eleitoral há uma prática intencional, que a meu ver destrói o mundo da
política e acaba intervindo diariamente nas decisões mais sérias para todos os
setores da sociedade, onde quem perde mais e se torna enganado é justamente quem
diz odiar a política e os políticos. Trabalhadores votando no patrão. Ou seja,
odeiam algo que nem mesmo sabem caracterizar o que seja por pura ignorância política.
Ignora-se totalmente
o legislativo, que é quem faz as leis. Uma prática construída pelo sistema e pela
imprensa golpista pregando a desinformação que todos e todas roubam, por isso
se vota em qualquer um e uma. Vota-se pela boniteza, porque o pastor mandou,
porque fez muitas coisas no passado, enfim, vota-se pelo rótulo e não pelo
conteúdo, que seria ver de que lado essa pessoa existe e que projeto ela defende
que possa melhorar a qualidade de vida da população, principalmente a que mais
precisa.
O que vemos no
momento é o retrato fiel desse processo. Um Congresso composto em sua maioria por
pessoas ricas, grandes empresários, pastores, militares e até pessoas com
passagens pela polícia. Um desastre para a mediação da pobreza e dos conflitos.
Como resultados
recentes vimos um golpe militar sangrento que durou 21 anos, Dilma sofrer um
golpe articulado por seu vice, Lula ser preso para não ganhar a eleição e um
genocida escroto ser eleito, que matou muita gente por descaso. O que estava
por trás dessa história? Entre tantas maldades como exterminar os índios e
outras, uma reforma trabalhista que tirou praticamente todos os direitos da
classe trabalhadora.
Não é atoa que
essa galera do mal implantou as escolas militarizadas, sem partido e de quebra
votaram para tirar as matérias que fazem o povo pensar. É na escuridão da
ignorância política que o fascismo nasce, cresce e toma o juízo de quem não
ler.
Qual o remédio
para esse mal? Leitura constante, participação política e formação. São
ingredientes simples que entram pela mente e vai direto ao coração para os
enfrentamentos necessários na construção de um outro mundo e outro tipo de
vida.
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
Jivaldo Oliveira*
Neste 20 de abril
Queremos muito disseminar
Paz e amor pelo Brasil
E a cultura de paz compartilhar.
Não vamos nos intimidar
Com atos de ódio e violência
Vamos nos solidarizar
Com a prática da benevolência.
É preciso acreditar
Na educação e na ciência
A segurança nos preservar
E avançar na consciência.
A escola é o nosso lugar
Onde produzimos conhecimento
A família a nos apoiar
É conectar engajamento.
O ato de educar
Requer parceria e dedicação
Governantes assegurar
A nossa valorização.
Iremos nessa jornada
Irmanados em gesto de gratidão
Em defesa da vida amada
Pois nossa maior arma é educação.
Lamarão-BA, 21 de abril 2023
*Pedagogo/Uneb; Prof. Rede Municipal e Coord.
Pedagógico Rede Estadual.
O convite e a
provocação feita pelo meu amigo-irmão Elder para produzirmos o segundo livro,
repetindo o grupo de trabalho que produziu e materializou o primeiro, trouxe em
meio à bagagem uma sensação boa de que tudo vale a pena, pois nossas almas não
são pequenas, como dizia Fernando Pessoa e o caminho se encontra livre para
sonharmos.
Eu gostaria de
ser um poeta, mas não sou. Sou apenas alguém que transita no mundo das palavras,
que gosta dos arranjos em prosas produzidos e chega de mansinho nos espaços
literários como escritor, tendo como única preocupação levar nas minhas viagens
ao jardim da alma, quem me presenteia lendo ou se atreve a ler o que escrevo.
A história do
meu primeiro livro solo, pois tenho alguns escritos junto com outras pessoas,
começa com o Blog em 2013, cria sustança com Elder e Ana e se faz vida com a
decisão de fazer. Um dos momentos interessantes na produção, foi a busca para
ser ver se o que eu escrevia era um Conto ou uma Prosa e depois de uma aula da Professora
Delma do Rio de Janeiro, chegou-se à conclusão que tudo que escrevo vira Prosa.
Hoje depois de
lançar o primeiro, creio que escrever se trata de um mundo à parte. Daqueles
que se seleciona, ou pela fama ou pelos recursos que se tem ou não para a
divulgação, mas também de um mundo apaixonante, onde para todos os efeitos quem
escreve vira de alguma forma imortal, pois mesmo quando seguimos viagem a obra
fica, nem que seja nas prateleiras da vida e quem sabe seja essa a
imortalidade.
Mesmo sem o
resultado esperado em vendas que gostaria de ter tido, o livro: Cabe um Mundo
no Mundo das Palavras – Prosas no Jardim da Alma, já faz parte de muitos
momentos vividos que não seria possível sem sua existência e isso me faz
caminhar de forma tranquila rumo ao segundo, onde viajarei junto com as pessoas
que seguirão comigo, por Memórias construídas a várias mãos, onde sonhar sempre
foi possível.
Dizem que é
proseando que se passa a vida, onde a prosa toque almas e os corações atentos.
É assim que continuarei a escrever minha história de vida, junto com sonhadoras
e sonhadores na construção de um novo mundo, onde o ato de viver seja construído
a partir do ato de amar e viver seja melhor que sonhar...
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
Lula é um deus como
os da mitologia? Não mesmo! É do ponto de vista humano um mortal como qualquer
um ou uma de nós. Onde está a diferença para a indignação? Na missão, que
poucos e poucas conseguem enxergar devido aos preconceitos. Com Lula a Senzala
pode entrar sem pedir licença. O mundo da Casa Grande é escroto cheio de
recortes e indiferenças. Chamam isso de meritocracia. Eu chamo de falsa ilusão,
onde nada é para durar...
O pior é que
tem gente da Senzala ou de muito perto dela, que pensa, se comporta e age
exatamente como se fosse um ser da Casa Grande humilhando pessoas. Seja pelo
que acha ser conhecimento ou por desprezo a todos e todas que sobreviveram ao
caos de injustiças.
Partidário que
sou de forma consciente e participativa desde o início do Partido dos Trabalhadores,
mesmo no tempo em que tinha que servir ao Sistema Eleitoral, além de ser pesquisador
em Gestão Social, venho ao longo dos tempos observando, analisando e tentando
entender como agem quem ignora a política ou nem quer entender, em quem votaram
e enxergam de forma geral a política e os políticos. Agem no senso comum por
ignorância política.
Tornam-se ao
longo da vida massa de manobra ou colaboradores e colaboradoras de quem trata o
povo assim. Tamanha é a distância da realidade política e o que se produz nas redes
no dia a dia, por exemplo, onde qualquer mentira vira uma grande verdade. Só criticam,
porém não participam de nada.
Nem estou me
referindo em ser de esquerda ou de direita, porque isso requer entendimento,
opção política ideológica e principalmente lado, pois toda postura política tem
lado. Estou me referindo apenas ao direito de votar e participar em todos os momentos,
desde que não sejam de perfil fascista como foi o que ocorreu nos últimos seis
anos, desde o golpe em Dilma.
Na verdade, nós
militantes de uma causa não fazemos parte do mesmo mundo que essa gente
enfeitiçada pelo ódio e pelo descaso com a política e nem queremos fazer. Viemos
ao mundo para andarmos de mãos dadas com quem pensa como a gente e tem um
propósito para viver além do econômico, que divide as pessoas e o mundo e vira
um preconceito poderoso.
Eu diria até
que é impossível existir amor a partir desses dois mundos, pois ódio e amor jamais
estarão do mesmo lado. Quem não consegue cuidar e curtir uma flor jamais
conseguirá ter um jardim físico, quem dirá um Jardim na Alma...
Juntando tudo que ocorreu de
sinistro nos últimos anos, desde o golpe à Presidenta Dilma, com as milhares de
mortes que podiam ser evitadas, com loucos e loucas armados até os dentes seguindo
o “mito” do mal, além do incentivo à violência por quem devia combater, só
podia resultar nas loucuras com requinte de barbárie e crueldade que estão ocorrendo
no momento.
O que parece é que estamos
diante de uma nova versão do filme: “Deu a louca no mundo”. Uma versão
tupiniquim iniciada há quatro anos, quando um povo sem noção política e cúmplice
resolveu eleger um Anticristo genocida que matou milhares de pessoas com seu deboche
e negacionismo, quando já tinha tomado a vacina escondido de seus seguidores e
seguidoras.
Fico imaginando o que será do
futuro em que os valores e os princípios que defendemos a duras penas moram há
anos luz dessa louca realidade. É certo que vencemos as eleições, mesmo diante
de todas as fraudes geradas, com gente sendo impedidas de votar e o ódio
comento solto por onde passávamos. O “mito” do mal foi derrotado, porém o ódio
de quem o segue não.
Famílias se dividiram,
amizades foram desfeitas, o luto tomou conta do país e a tristeza andou de
passos largos, mas por mais uma vez, o amor venceu o ódio e todos os setores
perseguidos estão buscando sintonia com quem prega a harmonia ao invés de desavença
com armas na mão.
Somos seguidores e seguidoras
de Paulo Freire e de tantos outros pensadores odiados por quem não lê. Lemos sobre
história, filosofia, sociologia, antropologia e tantos outros temas que nos
fazem pensar e foram banalizadas pelo feitor de desavenças e ainda são por quem
o segue. Sabemos que além das tragédias que ocorrem em determinados ciclos, o
bem acaba vencendo.
A história da humanidade é assim.
O bem e o mal se digladiando. O amor e o ódio medindo forças diariamente e as
pessoas tentando se encontrar sobre quem são, quais suas missões, o que vieram
fazer em vida e o que deixarão como história. Há quem só deixe rastros e há
quem lute todos os dias para construir saídas onde o mal tenta se apoderar. Faço
parte desse mundo.
Nós militantes por uma causa somos
sobreviventes do caos, pois caminhamos de mãos dadas no front onde os desmandos
acontecem, levando esperança onde amor é descartado pelas facilidades expostas
e acreditando em nossas utopias alimentadas pelos sonhos diários de uma nova
vida, onde o amor e o amar sejam protagonistas para o renascer de um novo
mundo.
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
Política, Religião e Futebol se discute sim...
Em respeito a
todos e todas que foram torturadas e mortas pela ditadura militar sangrenta,
além dos que lutaram até o fim contra o golpe de 64: Hoje é um dia para se lutar
e não esquecer. Ditadura nunca mais!
Venho de uma
geração católica que teve a Teologia da Libertação como o fundamento religioso
de fé e resistência às ditaduras sangrentas militares que exterminaram pessoas na
América Latina e teve na igreja progressista um ponto de encontro com a
esperança.
Uma igreja que assumiu
na época a Opção pelos Pobres, a partir dos Encontros de Puebla e Medelim e a
igreja templo movida pelo dinheiro resolveu perseguir os mentores intelectuais
dessa Teologia e os puniu de várias formas, criando uma vertente da igreja light
proibida de falar em política que fica saltitando nas praças em nome de Jesus e
de costas para a exploração e a todas as formas de violência que assola o país.
Essa forma de
ser da igreja católica conservadora direitosa, aliada principalmente às igrejas
pentecostais, odeia o Papa Francisco, odeia política, odeia Lula e o PT e odeia
quem pensa, tudo em nome do comunismo que por total ignorância política, nem imaginam
o que possa ser. Eu tenho é muita pena dessa gente sem história.
O resultado
desastroso disso foi votarem, elegerem e apoiarem um genocida fascista, que não
respeita nem mesmo a filha que tem, mas se tornou o mito dessa gente.
Foi no combate
às ditaduras, na luta contra todas as formas de discriminação, preconceitos e
violências que chegamos até aqui. Ao contrário dessa geração alienada que votou
num monstro como herói, lemos Paulo Freire, estudamos muito os clássicos,
discutimos muito o melhor da política, participamos ativamente dos principais
momentos políticos de enfrentamentos por direitos, justiça e liberdade e
caminhamos para a construção de uma nova sociedade justa, fraterna e igual para
todos e todas.
Mesmo que nos
chamem de utópicos, é a utopia que nos move, alimentada todos os dias pelos
sonhos de um novo mundo. Pelo menos quando não mais existirmos, saberão que
erramos muito e pedimos desculpas a quem magoamos, mas saberão também que
deixamos uma história escrita por várias mãos e sentidas por vários corações.
Creio que viver
seja isso. Não ter a vergonha de ser feliz e estar sempre a serviço das causas
humanistas e que servirão de flores no caminho das lutas que virão para que os
jardins nasçam primeiro nos corações de quem ama a vida e se sensibiliza com milhares
de pessoas que são exploradas e se submetem a viver numa subvida...
Um aviso à
nação alienada seguidora do monstro sem alma e sem luz: Discutir política,
religião e futebol, entre outros assuntos, faz bem à cabeça e principalmente ao
que vocês vão deixar de herança cultural para os filhos e as filhas de vocês.
Que tal?
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
No princípio era só um canto. Uma
cantiga para se cantar sob olhos e carinhos de quem carinho quer dar. Algo que
desse conta de enfeitar uma noite estrelada com luar e tocasse corações levando
o que de mais belo pudesse ser. Desafiando quem sabe cada pessoa presente a
contar um pouco dos seus causos de amor e de amar.
Quando a roda se formou emiti
um grito no ar: “Canta que te quero canto, algo afinado e repleto de sons que
dialoguem com a realidade de cada ser presente. Traga para bem perto dos meus ouvidos,
já um tanto deficientes, para que eu possa acompanhar e sentir o tom suave e o
pulsar forte que vem de cada coração enamorado pela vida...”.
Não estou só presente nesse
estado de espírito. Vou me envolvendo como um menino que perdeu o melhor da
festa por suas traquinagens em vida e para pensar no que se foi, mas sabe que a
festa mal começou e com ela o melhor ainda está por vir”. O sentimento é que tudo
chegará quando a vida der um suspiro e possa devolver em cor a flor que
plantamos no nosso jardim ou a imagem de um beija flor que insiste em ficar...
Quem está de vermelho conte-me
um conto do que melhor aconteceu na última festa. Caso não saiam as palavras,
apenas dedilhe no violão um pequeno acorde que nos faça sonhar. Um tom. Dois
tons. Três tons e a história vai tomando forma na mente e coração de quem se
atreve a viver intensamente essa trilha de vida que é o ato de amar...
Quem está de verde, puxe uma
dança. Desafie os ritmos. Envolva as pessoas. Tire-as para dançar. Não zombe de
quem não sabe. Apenas envolva com carinho quem se dispõe a envolver seu corpo no
batuque ou na melodia e tudo acaba num ritmo só.
Viver é viajar também em
palavras contando o que a mente elabora e o que o coração sente. É assim que a
vida se faz presente e de um se fizeram dois. De dois se fizeram quatro e antes
que de quatro se façam dezesseis espalharei pelo mundo o doce perfume vindo do
Jardim da Alma, pois o melhor da vida acontece quando o verbo é Almar...
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
Hoje Dia Internacional da
Mulher bem que poderia ser um dia só de festas, pela importância que o ser
Mulher tem, porém é dia de muita luta por todas que morreram assassinadas e por
tantas outras que ainda são tratadas como um produto a ser usado e descartado
por uma sociedade machista e ainda com um toque de misoginia, que precisa ser
criminalizado.
Do ponto de vista de uma sociedade machista, racista e patriarcal, observa-se que houve pouca evolução do ser mulher ao longo dos tempos, pois ainda figura quase como um objeto por uma grande parte da sociedade, ganha menos que os homens e principalmente no que se refere ao desrespeito, preconceitos e violências de toda ordem se chegando ao feminicídio como uma “lavagem da honra”, que é algo surreal e por conta disso uma mulher é assassinada a cada seis horas.
Porém do ponto de vista de um
processo de organização e de lutas coletivas, houve nos últimos anos uma grande
evolução. No meu entendimento foi o segmento que mais cresceu em termos de organização,
conquistas e ocupação do seu verdadeiro lugar como protagonistas.
Por outro lado, uma grande parte
delas não se deram e ainda não se dão ao respeito, apoiando um genocida,
pedófilo, racista e fascista, que desdenha do ser mulher e acha que a filha só
nasceu com o gênero feminino devido a uma fraquejada sua. Para essas mulheres nossos
pêsames, sentimentos, revoltas e a certeza de que serão enfrentadas nas lutas
futuras.
Para quem respeita o ser
mulher segue junto, construindo junto, driblando inclusive determinados
comportamentos machistas de se sair cada dia com uma mulher diferente, que na
prática só realça ainda mais o machismo incrustado na sociedade.
Eu continuo torcendo e
vibrando a cada conquista das mulheres que lutam e avaliando todas as
possibilidades futuras, onde imagino que a próxima revolução será feminina e eu
quero estar junto para caminharmos rumo a uma sociedade justa, fraterna e igual
para todas e todos...
Salve toda mulher que
conseguiu entender e assumir que seu lugar é onde ela quiser...
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
Imagem:
Para muitos e muitas apenas
uma festa pagã. Para tantas outras pessoas um momento de pura descontração e também
de protestos nos enredos de algumas escolas de samba. Uma mistura de
sentimentos, fantasias e de ver o povo extravasar suas neuras.
Porém existe algo no ar além
dos aviões de carreira, como dizia o Barão de Itararé, quem banca ou quem
financia a estrutura das escolas de samba? Esse é um tópico que merece um
estudo especial, pois nele está contido dinheiro de toda ordem e origem, sem
contar que algumas escolas ainda têm “dono”, como já foi no passado com o jogo
do bicho...
Conta a história que o evento das escolas de samba começou
na década de 1920 com a popularização do carnaval e do samba e os desfiles oficiais
começaram em 1932, idealizado por Saturnino Gonçalves, sambista e primeiro presidente
da Escola Estação Primeira de Mangueira.
Quem criou o evento como concurso foi Mário Filho,
jornalista e dono de um jornal de esportes o “Mundo Esportivo”. O primeiro
concurso teve 19 blocos e teve a Mangueira em primeiro, Vai como Pode e Linha
do Estácio em segundo e Unidos da Tijuca em Terceiro. Daí em diante foi criado
o universo, com algumas mudanças como vemos hoje.
Voltando ao assunto dos diversos universos que divide esse
mundo da alegria, temos alguns eventos de fundamentais importância para que ele
ocorra, o papel das comunidades organizadas como conteúdo e os blocos
populares, que acaba pondo o povo pobre em contato com o samba e com esse
momento de descontração.
A música “Visual" de Beth
Carvalho, já em sua primeira parte, conta um pouco do que aconteceu com essa festa popular, onde o dinheiro interveio
diretamente:
“Depois que o
visual virou quesito. Na concepção desses sambeiros. O samba perdeu sua
pujança, ao curvar-se à circunstancia imposta pelo dinheiro. E o samba que
nasceu menino pobre, agora se veste de nobre no desfile principal. Onde o
mercenarismo impõe sua gana e o sambista que não tem grana, não brinca mais o
carnaval...”.
Assim como tudo no universo do capitalismo, foram criados
cenários ou faixas de participação, onde na classe especial e primeiro grupo desfila
um tipo de gente e nos demais a população pobre, que acaba ou fazendo sacrifício
para estar entre a “nobreza do carnaval” ou vai com todo amor e carinho para as
escolas menores e para os grupos.
Veja mais
sobre "Escolas de Samba" em: https://brasilescola.uol.com.br/carnaval/escolas-de-samba.htm
Antonio Lopes Cordeiro
(Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
Faz-se necessário separar quem só
votou no genocida, mesmo sabendo de forma clara de todos os seus atos desumanos
e o que ele defendia como projeto, portanto, concordando com eles e as pessoas
que se tornaram adeptas, seguidoras e militantes de suas loucuras
fascistas-golpistas, mesmo que seja difícil entender mulheres, negros e negras
e pobres votando nesse elemento.
Encaro tudo que ocorreu e vem ocorrendo a partir do inominável e seus
seguidores e seguidoras, culminando com os atos terroristas do dia 8 de
janeiro, do genocídio indígena escancarado ao mundo e de tudo que ocorreu nos
quatro anos de desgoverno, como uma grave doença mental, associada ao caráter,
alma e espírito, tamanho é o absurdo contido nesse filme de horrores. Com toda
certeza não somos do mesmo mundo, como nem mesmo da mesma matéria.
Estamos falando de algo cruel que invadiu as igrejas de todas as fés,
arrastando padres e pastores reacionários para um fundamentalismo religioso e
tentando criar uma espécie de deus jagunço que aprova a matança de quem se
puser contra essa trupe do mal. Algo muito distante do Deus da fé, do amor e da
solidariedade, que nos acostumamos a respeitar. Na real esse povo precisa mesmo
é estudar história, pois se tornaram ignorantes políticos, como bem descrevia
Bertolt Brecht.
Como professor de Gestão Pública, não conhecia duas dessas anomalias como
elementos políticos que pudessem decidir uma eleição ou ser elementos diários
na vida dessas pessoas que se deixaram seduzir pelo canto do mal desse
inominável: A mentira, chamada de Fakenews e o ódio mortal ao que chamam de
esquerda e comunismo, que nem mesmo sabem, do que se trata. A ignorância
política não os deixa saber, pois sucumbiram e morreram como seres pensantes.
São apenas pobres criaturas que transitam pela vida chamuscadas de ódio.
Creio que ainda ser possível resgatar desse mundo de trevas, uma pequena parte
dessas criaturas, porém apenas as que votaram e hoje se escondem por vergonha
ou mesmo votaram para não votar em Lula, ao qual declaram ser ladrão. Que bom
seria se o inominável fosse apenas ladrão. Com a quebra do sigilo vergonhoso de
100 anos descobriremos muito mais sobre ele, além do que já sabemos, que do
ponto de vista humano é deplorável.
Para quem me conhece a partir das minhas prosas, no momento, ainda abalado com
tudo que vivemos, ando fazendo pequenas análises, principalmente para por para
fora o que a mente transborda, mas num futuro próximo, baseado em tudo de bom
que venho acompanhando de mudanças, voltarei às minhas prosas, onde coração e
alma darão conta de um novo enredo.
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
Como pesquisador e sonhador, busco sempre um insight que
aponte para a criação de um novo mundo. Um mundo justo, fraterno e igual para
todos e todas. Uma estrutura de vivência, onde o direito de existir com
dignidade seja maior do que o resultado da conta bancária, de que carro possuímos
ou de que tipo de casa e bairro moramos. Porém, longe disso acontecer, para uma
parte da sociedade é assim que somos julgados e que acaba determinando qual é o
nosso lugar na sociedade de desiguais.
É a tal da meritocracia, como se afortunada não fosse, a
culpa seria só da pessoa que não se esforçou ou não se adaptou ao sistema e
merece ser tratado ou tratada como cidadão e cidadã de segunda ou terceira categoria.
São os efeitos do capitalismo, que do ponto de vista humanitário, vem provando
ao longo dos tempos que não deu certo.
Assumir uma postura política defendendo de forma clara contra
o golpismo e a favor da democracia não é fácil, pois as punições chegam, ora
via mensagens e ora em atitudes, como aconteceu recentemente, na recusa de um trabalho
que sempre faço anualmente para uma empresa de São Paulo, com a desculpa que
não fará o serviço esse ano.
É bom que se diga que sempre foi assim, apenas o momento que
vivemos está mais claro e direto, pois estamos divididos em dois mundos, desde
as eleições de 2018 e por certo continuaremos, pois o fascismo entra nas entranhas
de quem se deixa levar e só sai se a pessoa acordar e quiser, ou pior viverá
achando ser esse o mundo ideal.
Do outro lado da ponte mora um monstro chamado “mercado”, que
para que fique bem tranquilo e saudável, qualquer governo deve desprezar as pessoas
pobres, pois representam apenas gastos e fazer todas as suas vontades, caso
contrário o dólar sobe e a bolsa de valores fica em queda. Ou seja, menos lucros
para os capitalistas selvagens.
Assim é a vida na real. Há quem tenha vindo ao mundo à
passeio e há quem veio ao mundo à trabalho, no sentido de deixar sua contribuição
a um mundo possível, onde a solidariedade seja pauta e o amor fraterno o
caminho para todas as formas de amar.
Um
pouco antes da pandemia, eu participei de uma conversa filosófica com base no
livro da escritora americana Michiko
Kakutani: “A morte da verdade”, onde ela desenha com palavras, o mundo
sombrio dos bastidores da eleição do Trump, pois a partir de então, com tantas
manobras, mentiras (Fakenews) e depois golpismo na invasão do Capitólio, para
uma grande parte dos americanos a verdade como a conhecemos tinha morrido.
Mal sabíamos nós que iriamos passar pela mesma
situação. A eleição do inominável Senhor das Trevas, seguindo esse mesmo
roteiro de Trump, nos deixou órfãos de atitudes, vendo parte da população submissa
a um ser sem nenhum escrúpulo, nos dando a entender que ou seria um processo de
alienação em massa ou ainda pior, estamos diante de uma nova geração incapaz de
pensar, comandada por um genocida, fascista que cultua a morte, principalmente
de índios, negros e negras e petistas. No mínimo é de se lamentar e torcer para
a história no futuro contar a verdade.
O que existe na real por trás disso é um ódio
mortal, misturado com preconceitos e muita discriminação, encarnado na figura
de Lula, um nordestino de origem pobre, com nove dedos e que teve a coragem de
governar o país e sair com mais de 80 por cento de aprovação, sob a tutela de
ser ladrão. Alguém que ficou 580 dias preso, sem provas e os petistas não mataram
ninguém, tampouco tentaram um golpe como essa trupe do mal.
Com muita tranquilidade eu hoje tenho muito claro
que votaria mil vezes num ladrão, que até hoje não acharam o que ele roubou em
nenhuma parte do mundo e jamais votaria em alguém genocida, fascista, pedófilo
e principalmente golpista que desclassificou e adulterou a verdadeira política.
Assim caminhamos por dois mundos.
O bom de tudo isso é que acabamos descobrindo num
processo eleitoral, quem é quem no mundo das ideias e atitudes. Eles e elas
acham que somos o joio, mas nós achamos mesmo que somos pessoas normais que
sempre lutamos por um mundo justo, fraterno e igual para todos e todas, onde o
ato de amar o próximo não é uma mera ilusão disfarçada no fanatismo religioso e
sim uma prática saudável de amor fraterno.
Caso eu pudesse dar um conselho a esse povo,
diria que se tratem, pois estão com uma
grave doença, onde o ódio invadiu seus corações e mentes e levaram todos vocês
para um submundo das trevas, onde a felicidade não existe, pois ela é um estado
de espírito para uma alma em brisa que jamais combina com quem vive de ódio.
Deus me livre das pessoas de bem. Aquelas que se
enrolam na Bandeira do Brasil e se acham “patriotas”, que vão às igrejas todos
os domingos e desejam a morte de Lula e de petistas. Prefiro como Raul, ser
essa metamorfose ambulante que se cria e se recria sempre a partir de novos
valores, do que aquela velha opinião formada sobre tudo.
Como gente doente de ódio não gosta nem mesmo
de poesia, quem sabe o antídoto para tudo isso seja a prática de continuarmos
amando como se não houvesse amanhã e irmos escrevendo nossos contos, prosas e
relatos de forma poética, porque viver bem e amar de verdade já é a poesia em
si. Ousar amar como princípio, meio e fim...
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social
Estamos tão tomados ainda pelos últimos acontecimentos, que acaba
nos levando a comentar de forma angustiada ou tentar entender como tudo isso
caminhará daqui para frente. Além disso se faz necessário entendermos qual
poderia ser a nossa contribuição no trato com o golpismo, que continua vivo
lardeado por gente bem próxima de cada de um e uma de nós.
Como início de conversa, precisamos entender que o fato de
Lula ter virado Presidente não significa que ele chegou ao poder, até porque segundo
Marx, num país capitalista quem determina o tom da conjuntura diária é o econômico,
que o diga Josué Alencar presidente da FIESP, que pode ser destituído do cargo apenas
porque defende a Democracia. É a Bolsa de Valores e o Dólar que media o clima
político, apoiados por setores da imprensa golpista.
Porém o fato do fascismo ter governado por quatro anos e o
fanatismo planejado ter chegado ao terrorismo do dia 8 último, pôs nas pautas
diárias a partir de então, a necessidade da defesa intransigente da Democracia,
mesmo que seja a burguesa baseada apenas numa representação falida, onde as
pessoas votam por paixão ou por indicação e não por entendimento político em
quem está votando. Um fenômeno de “massa” a ser usada.
Um alerta que precisa ser vigiado, vem dos corredores do
Congresso, por parte da oposição ao Governo Lula com um discurso por anistia.
Aquela mesma oposição que foi conivente o tempo todo com o golpismo,
negacionismo e toda sacanagem do genocida fascista. Sem anistia a essa trupe do
mal. Lula ficou 580 dias preso, mesmo sem provas do que poderia ter feito.
Claro que não é atoa que os tubarões do golpe voaram para os
EUA para se encontrarem com o capetão, sabemos que estão tramando algo, quem
sabe o próximo golpe. A Flórida é governada por um direitoso o que lhes garante
ficarem ilesos, nem que seja por enquanto.
A prisão de parte do rebanho, a desmontagem das
concentrações golpistas e o cerco aos financiadores, por certo enfraquece por
ora o movimento golpista, porém tem que se chegar aos mentores intelectuais do
golpe, que vai desde os militares omissos até o capetão. Vê-lo preso não é revanchismo
e sim um ato de justiça para que pague pelos crimes cometidos contra a
humanidade, como mortes, descaso e fome, além do rombo aos cofres públicos.
Estaremos vigilantes no acompanhamento e sabemos que ações estão
sendo tomadas, porém não se pode vacilar. O momento é agora de desfazer os
planos até então e punir severamente quem atentou contra a Democracia e contra
o destino popular do resultado das eleições.
Viva a Democracia
Participativa!
Antonio Lopes Cordeiro
(Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social